quinta-feira, fevereiro 22, 2018

"Pantera Negra" (Black Panther)



O "Pantera Negra" (Black Panther), direção de Ryan Coogler, é o segundo herói negro a pintar nas telas, depois de Blade, que foi lançado em 1998. Mas nas histórias em quadrinhos, o africano é anterior, surgido nas revistinhas em 1966, enquanto que o caçador de vampiros é de 1973. Depois disso, vamos lá, apesar de toda a grita que se está fazendo em cima do personagem, ele não me representa. Tá, tudo bem, resgata o orgulho africano, num filme que tem quase 98% de atores afro-americanos, e mostrando um país prá lá de evoluído, ao contrário da realidade da pobreza do continente, muito por causa da colonização e também de governos corruptos.

Neste filme, vemos a luta de T‘Challa (Chadwick Boseman), que herdou o trono do reino fictício de Wakanda após a morte do pai, T’Chaka - evento visto em “Capitão América: Guerra Civil”, assume o poder do país. A riqueza local é o poderoso metal Vibranium, mas cujo conhecimento o mundo não tem, afinal se descobrisse, o país seria alvo de especuladores. Para o mundo, Wakanda se mostra pobre, mas atrás de suas montanhas e vales, encontra-se uma civilização moderna e além de seu tempo, com muito conhecimento tecnológico.

Claro que as coisas não serão fáceis para T'Challa, que ao assumir o trono, começa a descobrir um passado de pecados de seu pai, e o surgimento de um parente, o jovem Erick Killmonger (Michael B. Jordan), que quer assumir o reinado, se vendo como herdeiro legítimo. Os dois acabam entrando em conflito, assim como todas as tribos que formam Wakanda.

Ao contrário de outros filmes da Marvel, "O Pantera Negra" carece de humor. Os personagens passam o tempo todo sisudos. Mas é uma obra com bons diálogos e boas atuações, com destaque para o elenco feminino, com destaque para Letitia Wright (Black Mirror), que interpreta Shuri, a irmã do protagonista e gênio da tecnologia, uma espécie de Q dos filmes do James Bond, a bela Lupita Nyong’o e Danai Gurira, de "The Walking Dead", como guerreiras.

O figurino é ok, mas para que mostrar africanos o tempo todo dançando e tocando tambor e aquela música tribal infernal como pano de fundo? Africanos só dançam e fazem magia? Putz...

Duração: 2h15min
Cotação: bom

Chico Izidro

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