sexta-feira, novembro 09, 2018

"Operação Overlord" (Overlord)



Nazistas e suas experiências com cobaias humanas foi uma realidade cruel e gritante na II Guerra Mundial. Pois "Operação Overlord" (Overlord), produzido por J.J. Abrams e dirigido pelo estreante Julius Avery, tenta levar esta máxima ao pé da letra nesta obra de ficção, diria, científica. Já vimos nazistas zumbis, nazistas vampiros, enfim, nazistas de todos os tipos nas telas do cinema. No projeto deste filme, os asseclas de Hitler tentam criar super-soldados imortais, que manteriam o III Reich vivo por mil anos, como era o sonho do ditador.

A trama se passa durante o Dia D, quando da invasão aliada na França, em 6 de junho de 1944. E aí já tem erro histórico gritante - dois dos paraquedistas que saltariam sobre o litoral francês são negros, um deles sargento, sendo que à época as tropas eram segregadas. E nunca um sargento afro-americano teria liberdade para gritar com soldados brancos! Bom, eles têm a missão de derrubar uma torre de rádio instalada em uma igreja, para facilitar a chegada dos aviões americanos e ingleses ao local. O que a reduzida tropa aliada não esperava encontrar, além dos furiosos soldados da SS, é um laboratório de experiências genéticas sob à igreja.

Então o que de início parecia ser um pesado drama de guerra, que lembra muito "O Resgate do Soldado Ryan", se transforma em um filme de suspense e terror gore - ou seja, muito sangue e tripas escorrendo pela tela. Não são cenas fáceis de se assistir a partir de sua segunda parte, quando os americanos adentram os subterrâneos nazistas.

No elenco se destacam o soldado negro Boyce (Jovan Adepo), o cabo Ford (Wyatt Russell), o oficial nazista Wafner (Pilou Asbæk) e a jovem Chloe (a atriz francesa Mathilde Ollivier). "Operação Overlord", enfim, é um filme violento, com muitas cenas de terror que realmente nos fazem pular da poltrona, e que diverte, apesar de seus exageros.

Duração: 1h50
Cotação: ótimo

Chico Izidro

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