quinta-feira, julho 03, 2025

JURASSIC WORLD: RECOMEÇO (Jurassic World: Rebirth)

Foto: Universal Pictures
O MUNDO ESTÁ CANSADO DOS DINOSSAUROS, que viraram figuras carimbadas vivendo ao lado dos humanos desde o filme anterior. Pois agora chega o que é para ser o início de uma nova trilogia, “Jurassic World: Recomeço” (Jurassic World: Rebirth), dirigido por Gareth Edwards ("Rogue One: Uma História Star Wars"), com roteiro assinado por David Koepp, que retorna à franquia após ter escrito o clássico "Jurassic Park" (1993) original e sua continuação, The Lost World: Jurassic Park (1997).
A trama mostra o representante de uma multinacional farmacéutica, Martin Krebs (Rupert Friend), que ao lado do paleontólogo Henry Loomis (Jonathan Bailey), estuda uma droga capaz de revolucionar a medicina cardíaca. Mas o produto só pode ser feito usando o DNA das três dinossauros, que estão isolados na ilha Saint-Hubert, em alguma parte do Caribe. O local, outrora laboratório de uma empresa, foi abandonada às pressas, e os monstros deixados à própria sorte, muitos deles criaturas mutantes, deformadas, depois de experiências falhas.
É então, montada uma equipe com a mercenária Zora Bennett (Scarlett Johansson), o capitão de um barco, Duncan Kincaid (Mahershala Ali) e outros marinheiros. Eles partem para a ilha, mas no meio do caminho trombam com uma família de náufragos, formada pelo pai, duas filhas e o namorado da garota mais velha, que teve o barco afundado por uma criatura marinha – cena fazendo referência ao filme “Moby Dick” (1956). Chegando na ilha, os membros da equipe vão sendo devorados um a um...
Até a cena do naufrágio, “Jurassic World: Recomeço” pega o espectador, com boas cenas de ação e suspense...mas depois, chegando na ilha, os membros da equipe vão sendo devorados um a um...e nada de novo é apresentado. Tudo muito previsível, cenas improváveis e forçadas. É só aquele corre-corre dos personagens fugindo dos enormes monstros.
A ideia era pegar a mesma vibe do filme de 32 anos atrás, com muita correria, suspense e sustos. Porém...falha miseravelmente...mas pelo menos tem a beleza estonteante de Scarlet Johansson. Só que isso não basta...o mundo está cansando dos dinos...
Cotação: ruim
Duração: 2h13
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=M-doRd_FBSs

quarta-feira, junho 25, 2025

“F1”

Foto: Warner Bros.
DIRIGIDO E CO-ESCRITO PELO CINEASTA JOSEPH KOSINSKI, de "Top Gun: Maverick" - Ehren Kruger é o outro roteirista -, “F1” traz para as telonas o mundo da velocidade, tendo sido filmado durante os finais de semana de Grandes Prêmios de Fórmula 1, com cenas nos circuitos durante os intervalos. Pilotos reais, como Lewis Hamilton, que deu consultoria para garantir a autenticidade das cenas de corrida, Fernando Alonso e Max Verstappen, fizeram pequenas pontas.
A trama foca no piloto veterano e rebelde Sonny Hayes (Brad Pitt), que já cinquentão, é convencido por Ruben Cervante (Javier Bardem) a retornar para a Fórmula 1, depois de três décadas, para salvar a equipe, última colocada na competição, e que nunca venceu uma prova. Com mais uma temporada de fracasso, será extinta ao final no campeonato.
Sonny terá de apoiar o jovem piloto Joshua Pearce (Damson Idris), arrogante, mas de futuro promissor, a tentar salvar a escuderia. Só que os dois acabam se confrontando, com o veterano tendo dificuldades de lidar com o novato, que não consegue aceitar alguém mais velho ganhando protagonismo, em detrimento a ele. Aí presente um dos vários clichês do filme, com a velha história de protagonistas que se detestam, mas são obrigados a trabalhar juntos, acabando por criarem uma admiração mútua.
O personagem de Sonny é o estereótipo do veterano rebelde, solitário e esperto, que usa de táticas desonestas para obter sucesso. E Brad Pitt, assim como Idris pilotaram realmente os seus carros durante as filmagens, tornando tudo um teste físico e mental para os dois atores. "É real. Você tem que fazer exercícios para o pescoço. E não estamos nem puxando as forças G que os caras de verdade estão fazendo", afirmou Pitt, de 61 anos.
"É uma loucura", disse Idris. "Às vezes, você dirige a até 180 milhas por hora (290 km por hora). Tenho que dizer as falas em um lugar específico e tenho que me emocionar de uma forma que possa ser traduzida pelos olhos a essas velocidades. Quando você assiste ao filme, sente que está dirigindo como espectador, e essa era a nossa intenção", esclareceu.
Os carros usados no filme eram carros de Fórmula 2, modificados para se parecerem com os verdadeiros carros de corrida do Grande Prêmio.
Porém, o roteiro é repleto de clichês, começando com o antagonismo dos protagonistas, o clima romântico que se cria entre Pitt e a chefe de engenharia da equipe, Kate (Kerry Condon), e a canastrice de Javier Bardem, que é um bom ator, mas que aqui tropeça em suas falas exageradas. E a narração das provas é algo inexistente. Só que “F1” coloca o espectador dentro das pistas, com seu realismo assustador. E antigos pilotos da F-1, como Ayrton Senna, Alan Prost e Michael Schumacher são citados, lembrados como verdadeiros ídolos da categoria.
Cotação: ótimo
Duração: 2h36
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=-jS4778ivqE

“MEGAN 2.0”

Foto: Universal Pictures Brasil
“MEGAN 2.0”, COM DIREÇÃO DE GERARD JOHNSTONE, ocorre dois anos após os incidentes do primeiro filme, onde uma boneca cria vida e sai metendo o louco, matando geral.
Agora, a criadora da boneca, Gemma (Allison Williams), segue criando a sobrinha Cady (Violet McGraw), que se revela uma nerd, assim como a tia. Porém, uma nova ameaça surge no horizonte, pois a robô Amelia (Ivanna Sakhno), que tem a mesma tecnologia de Megan, é usada pelo governo americano em missões no Oriente Médio. Só que o robô acaba criando consciência e se rebela, se tornando uma poderosa arma letal em terras americanas, matando empresários, governantes e militares, mostrando o real perigo da tecnologia IA.
Então Gemma, com seus sócios/ajudantes Tess (Jen Van Epps) e Cole (Brian Jordan Alvarez), tem de reativar Megan, pois ela é a única inteligência robótica capaz de confrontar a nova ameaça.
Feito o resumo, “Megan 2.0” cansa o espectador com apenas dez minutos. É um filme de roteiro ruim, desconexo, com diálogos pavorosos e cenas completamente forçadas e sem sentido. Os personagens, por força do roteiro, se mostram perdidos, sem nenhuma empatia, coerência, nada cativantes...e o vilão é completamente apático. “Megan 2.0” acaba sendo uma obra desnecessária.
Cotação: ruim
Duração: 2h
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=-jS4778ivqE

segunda-feira, junho 23, 2025

DOCUMENTÁRIO “DOUTOR ARAGUAIA” SERÁ EXIBIDO NA TERÇA-FEIRA E NA QUARTA-FEIRA NO YOUTUBE

Foto: Divulgação
O DOCUMENTÁRIO “DOUTOR ARAGUAIA”, produzido no Tocantins e dirigido por Edson Cabral, será exibido na terça-feira, dia 24 de junho, e na quarta-feira, dia 25, no YouTube.
O filme resgata a história de João Carlos Haas Sobrinho, médico morto e cujo corpo desapareceu durante a Ditadura Militar no Brasil. Ele foi eternizado como símbolo de coragem, solidariedade e resistência.
Se estivesse vivo, João Carlos Haas completaria 84 anos no dia 24 de junho e “teria salvo ainda mais vidas”, destacou Sônia Haas, irmã do médico. "Conforme a apuração e as entrevistas feitas para o filme, descobrimos que João pôde, mesmo com recursos precários, cuidar e salvar um número incontável de vidas entre 1964 e 1972. Sua atuação fez com que fosse amado e respeitado pelos camponeses que, além da pobreza, também sofriam diretamente com as arbitrariedades e descaso do regime de exceção", ressaltou.
Nascido em São Leopoldo (RS), João Carlos teve formação jesuíta, brilhou como estudante da UFRGS e foi presidente do centro acadêmico. Após o golpe militar, foi preso por sua liderança estudantil e, ao sair da prisão, iniciou uma trajetória de dedicação à medicina social. Viveu em Porto Franco (MA) e Xambioá (TO), onde salvou centenas de vidas com atendimento gratuito e humanizado bem antes da criação do SUS.
Seu engajamento político se intensificou: participou de treinamentos na China e, com o codinome “Dr. Juca”, atuou como o único médico da Guerrilha do Araguaia. Foi morto em 30 de setembro de 1972 em confronto com o Exército. Seu corpo nunca foi localizado. Em 2019, sua família obteve o reconhecimento oficial do Estado brasileiro como responsável por seu assassinato.
“A amizade com Sônia e Odilon foi um divisor de águas para este projeto. O amor deles pelo João Carlos ajudou a transformar dor em memória e saudade em resistência”, afirmou o diretor Edson Cabral.
Ao longo de 36 meses de produção, a obra reúne depoimentos de pacientes, ex-guerrilheiros, camponeses, amigos, estudiosos e lideranças políticas como José Genoíno, Jussara Cony e Zezinho do Araguaia. Mas é Sônia Maria Haas, irmã de João Carlos, que conduz o fio emocional do documentário. Ela se dedica, há quase cinco décadas, à busca pela verdade sobre o irmão desaparecido e se tornou, junto com seu companheiro Odilon Camargo, grande amiga, colaboradora e inspiração para o diretor do documentário.
A trilha sonora original tem composições interpretadas por artistas do Tocantins. Entre elas, a “Canção das Forças Guerrilheiras do Araguaia”, na voz de Nacha Moretto e Jorge Menares. Igualmente o filme conta com músicas gaúchas, de Raul Ellwanger e arranjo de César Haas.
As gravações do documentário ocorreram em São Leopoldo, Porto Alegre, São Paulo, Porto Franco, Xambioá, Palmas e Salvador, com produção TG Economia Criativa e MZN Filmes.
O documentário “Doutor Araguaia” será exibido no YouTube @TGEconomiaCriativa em 24 e 25 de junho, e os interessados poderão assistir gratuitamente nesses dois dias.
Depois disso, o link ficará como não listado e só poderá ser acessado mediante solicitação à produção pelo e-mail: ecabral.to@gmail.com ou pelo WhatsApp: 63 99946-1414.

sexta-feira, junho 20, 2025

“EXTERMÍNIO: A EVOLUÇÃO” (28 Years Later)

Foto: Sony Pictures
“EXTERMÍNIO: A EVOLUÇÃO” (28 Years Later), dirigido por Danny Boyle, é o terceiro filme da franquia lançada em 2002 – o segundo é de 2007.
Neste novo capítulo, 28 anos depois dos eventos iniciais, o mundo parece ter voltado ao normal, livre do vírus, porém a Grã-Bretanha segue ameaçada com os mortos-vivos, e por isso está isolada, em quarentena. Sobreviventes conseguiram encontrar uma pequena ilha, onde tentam levar uma vida um pouco normal, e que só é acessível através de uma ponte, que sempre some quando chega a maré.
E a trama vai acompanhar o jovem pré-adolescente Spike (Alfie Williams), que como num ritual de passagem, é levado pelo pai, Jamie (Aaron Taylor Johnson, ele mesmo, o famoso Kick Ass) a uma incursão ao continente para um teste de coragem, ou seja, encarar zumbis e matar alguns. E também ver o mundo como ele é lá fora da pequena ilhota.
Depois de alguns sustos, Spike descobre indícios de que uma pessoa que viva no continente, um médico, que vai aparecer quase na parte final do filme, interpretado por Ralph Fiennes (em excelente atuação), pode ajudar a sua mãe, Isla (Jodie Comer, de Killing Eve), que se encontra gravemente enferma. Então, o jovem faz de meta de sua vida levar sua mãe ao suposto curandeiro, em busca da cura para Isla.
Neste ponto, ocorre um furo gritante, pois Isla mal conseguia se manter em pé na ilhota, passando os dias na cama, ardendo em febre, mas no continente caminha sem nenhuma dificuldade, corre dos furiosos e famintos infectados – agora turbinados com o surgimento de alguns maiores, mais rápidos e espertos, conhecidos como alfas – e até mesmo enfrentando os monstros.
“Extermínio: A Evolução” tem muito menos zumbis do que os seus predecessores. Mas nem por isso é muito menos assustador. Pelo contrário, é muito, muito assustador, com o terror presente a cada momento, gerando muita tensão. Afinal, o desconhecido é assustador, o medo do que está lá fora, e você não pode ver. O filme apresenta cenas de muito suspense, de desespero.
E os protagonistas, Aaron Taylor Johnson e Jodie Comer, estão muito bem em cena. Já o garoto Alfie Williams é uma ótima surpresa, carregando toda a carga de uma pessoa que viveu toda a vida sem conhecer um mundo visto por seus pais, antes do apocalipse. A sacada de quando ele encontra um militar sueco, que faz a vigilância da costa inglesa, e que carrega consigo um celular – objeto não utilizado pelos moradores da ilha – e o diálogo na sequência, sobre a foto da namorada do soldado é hilária.
Cotação: ótimo
Duração: 1h55
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=4ojL_0uu2qc

“STELLA: VÍTIMA E CULPADA” (Stella. Ein leben.)

Foto: Mares Filmes
"STELLA: VÍTIMA E CULPADA (Stella. Ein leben.)", do diretor e roteirista Kilian Riedhof ("Sua Última Corrida") é baseado em fatos reais, na vida da judia alemã Stella Kübler-Isaacksohn, retratada no filme como Stella Goldschlag (vivida por Paula Beer). Ela era uma jovem nascida em Berlim nos anos 1920 e que sonhava em ser cantora de jazz (ritmo proibido pelos nazistas por ser música feita por negros). Com a ascensão de Hitler e seus asseclas, os judeus foram perdendo seus direitos na Alemanha do III Reich.
Já nos anos 1940, ela e os familiares entraram na clandestinidade na capital alemã, mas foram capturados em 1943. Submetida a tortura e para impedir a deportação dos familiares para Auschwitz, aceitou o papel de ser uma “Apanhadora”, ou seja, uma colaboradora da Gestapo na caça de judeus conhecidos como Submersos (untergetauchter), e que viviam clandestinamente em Berlim. Stella recebia um salário de 300 marcos para cada judeu delatado e capturado.
Em seu trabalho de delatora, Stella conseguiu fazer mais de 600 prisões de judeus – historiadores dizem que o número pode ser bem maior.
Porém, mesmo com a sua colaboração, os nazistas mataram sua família no campo de concentração Theresienstadt. Depois, deportaram seu marido para Auschwitz. Mas isso não parou Stelle, que para sobreviver, manteve-se colaboradora da Gestapo até março de 1945. No fim da guerra, se escondeu, mas logo foi encontrada pelos soviéticos e presa, cumprindo alguns anos de punição.
Solta, foi julgada novamente pelos seus conterrâneos, mas liberada – poucos colaboradores nazistas foram punidos pela Justiça naquelas primeiras décadas seguintes ao final da guerra. Stella ainda se converteria ao catolicismo, e viraria uma ferrenha antissemita até o final da vida.
Ou seja, por mais que tenha sido mostrada no começo de seu calvário como uma vítima, fazendo o que fez para defender seus familiares, Stella acabaria dando razão à aquelas pessoas que a consideraram uma pessoa maligna. O filme deixa o espectador na dúvida, mas basta fazer uma rápida pesquisa e descobrir que Stella foi um verdadeiro monstro, assim como seus algozes nazistas.
Cotação: ótimo
Duração: 2h01
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=VTH8KHQHQOU

“ELIO”

Foto: Disney
EXISTE VIDA FORA DO PLANETA TERRA? A ANIMAÇÃO “ELIO”, dirigido por pelo trio Madeline Sharafian, Domee Shi e Adrian Molina, tenta responder esta questão.
A trama gira em torno de Elio, um garoto de 11 anos que perdeu os pais e foi morar com a tia Olga, uma militar que sonha em ser astronauta. Mas que com a guarda do menino, vira meta quase impossível. E Elio, que possui uma forte imaginação, mas se sente deslocado no mundo e um fardo para Olga, sonha em ser abduzido por extraterrestres.
O que realmente acaba acontecendo, com Elio sendo transportado para um planeta onde se reúne um conselho intergaláctico. E ele é confundido com o porta-voz da humanidade, mas não desmente o erro dos ETS, porém tem que evitar a eliminação do universo, tratando com um poderoso vilão.
No começo, Elio e sua agitação irritam o espectador. Porém, logo ele passa a cativar o público, em sua jornada interplanetária, onde faráz uma grande amizade, se sentindo pertencendo a um lugar. O filme fala de luto, solidão, pertencimento, redenção. E agradará a crianças e adultos.
Cotação: ótimo
Duração: 1h39
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=YdnU1YMNVWo

JURASSIC WORLD: RECOMEÇO (Jurassic World: Rebirth)

Foto: Universal Pictures O MUNDO ESTÁ CANSADO DOS DINOSSAUROS, que viraram figuras carimbadas vivendo ao lado dos humanos desde o filme ant...