“LILO & STITCH”, DIREÇÃO DE DEAN FLEISCHER CAMP, é a versão live action da animação que foi sucesso lá no começo do Século XXI. A história conta a improvável amizade de uma menina havaiana de 6 anos de idade Lilo (Maia Kealoha) e um extraterrestre caçado por seus inventores, por ser considerado uma criatura perigosa, o experimento 626, batizado pela garota de Stitch.
Não posso fazer uma comparação entre os dois filmes, pois confesso não ter assistido a animação de 2002. Mas o filme com humanos ficou muito bem feito, sem contar o local mostrado – na tela o Hawai, mas filmado realmente na Austrália.
Lilo vive com a irmã Nani (Sydney Elizabeth Agudong), sendo que as duas são órfãs, após terem perdido os pais – o filme nunca explica qual a causa da morte deles. Enquanto Nani passa os dias se virando para pagar as contas da casa, Lilo, solitária, vive fazendo estripulias pela ilha, sendo considerada esquisitona pelas meninas locais, que não desperdiçam oportunidades de praticar bullying com ela.
E para piorar, as irmãs correm o risco de serem separadas pelo Conselho Tutelar, que monitora a vida das duas, e cobra medidas absurdas para que sigam juntas – a conselheira, Mrs. Kokoa, é vivida pela musa noventista Tia Carrere (de “Quanto Mais Idiota, Melhor”).
É quando o experimento 626 cai na Terra e acaba sendo adotado por Lilo, que o considera, assim como os demais personagens, um cão. Deste momento em diante tive de acionar meu piloto “mente de criança” para entrar na história, pois não é possível que um ser como Stitch possa ser visto como um animal caseiro. E o monstrinho é terrível, colocando terror em todas as suas ações.
E Stitch está sendo caçado pelos agentes da Federação Galáctica Unida, interpretados por um quase irreconhecível Zach Galifianakis e Billy Magnussen, que usam formas humanas para a caça ao pequeno ser, mostrando o lado cômico da história. Do outro lado da trama mostrando Lilo, Stitch e Nani, apesar de algumas cenas mais aceleradas, o foco é no significado de ser uma família que impera.
Stitch acaba roubando o foco sempre que aparece, com seu visual peludo azulado e suas caras e caretas, que revelam muito bem o que ele está pensando em determinado momento. Eu diria até que “Lilo & Stitch” tem muito, muito de “ET – O Extraterrestre”. A similaridade é grande. Um pequeno ser do espaço, uma criança solitária e carente pela ausência dos pais.
E eu tive de embarcar na história para poder entender o significado dela para a criançada e até mesmo para muitos adultos. Afinal, é difícil acreditar que as pessoas consigam acreditar que Stitch é uma espécie de cachorro, que coisas absurdas ocorram na pequena comunidade da ilha, que ninguém note um cara carregando um outro, desacordado, pelas ruas e não chame a polícia...e por aí vai. Mas se eu fosse marcar cada coisa exagerada do roteiro, não haveria filme, e nem alegria da garotada. E a filha de oito anos de meus vizinhos chegando em casa no final da tarde carregando um enorme boneco do Stitch, maior do que ela, mas feliz pelo presente.
Cotação: bom
Duração: 1h48
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=oLnS1Ij9-Kk
Nenhum comentário:
Postar um comentário