"Velozes & Furiosos X" (Fast X), direção de Louis Leterrier, mostra a importância da família na vida de Dom Toretto (Vin Diesel). Com o filho Brian (Leo Abelo Perry) aprendendo a opegar o gosto pelo volante, logo a vida do mocinho/bandido acaba virando de cabeça para baixo quando um mortal vilão surge, querendo vingança. Dante (Jason Momoa) tem o objetivo de destruir destruir tudo e todos que são amados por Toretto.
Dante quer se vingar do corredor e chefe de ladrões profissionais, pois o acusa de ser o responsável pela morte do pai, Hernan Reyes (Joaquim de Almeida), o bandido do quinto filme da franquia. E vamos combinar, já está na hora de estes vilões começarem a buscar tratamento psicológico, pois não conseguem superar a perda de entes queridos. Sendo que estes entes queridos buscaram uma forma de se ferrar. O personagem de Momoa é uma mistura de Coringa, do Cesar Romero (o Batman do seriado dos anos 1960) com o Coringa do Jack Nicholson e o pirata Jack Sparrow (Johhny Depp), histérico, cheio de tiques...completamente irritante.
O filme tem um roteiro completamente absurdo, sem sentido, com cenas sem nenhuma preocupação com a realidade - mas isso não é novidade na franquia. Por exemplo, uma bomba rolando por Roma, que quando explode não provoca nenhuma morte. piadas sem graça e sequências de ação inexplicáveis,
As cenas de ação e de perseguição são absurdas, caríssimas, não fazem o menor sentido – e por isso mesmo são tão divertidas. ‘Velozes e Furiosos 10’ faz a gente revirar os olhos o tempo todo, seja por frases cafonas ditas pelos personagens, seja por movimentos surreais para conseguir fazer com que os personagens se safem de situações impossíveis.
O filme tem um roteiro completamente absurdo, sem sentido, com cenas sem nenhuma preocupação com a realidade - mas isso não é novidade na franquia. Por exemplo, uma bomba rolando por Roma, que quando explode não provoca nenhuma morte. As dezenas de piadas são sem graça e as sequências de ação são inexplicáveis, combatendo todas as leis da física. Sem contar os diálogos, o mais puro clichê, falados de forma quase robótica por atores ruins. Fuja correndo.
Cotação: ruim
Duração: 2h21min
Chico Izidro
Em 2018, o filme "Do Jeito que Elas Querem" se tornou um sucesso inesperado, pois teve um custo de somente 10 milhões de dólates, e acabou fatiurando mais de 100 milhões de dólares em todo o planeta. Naquele primeiro longa-metragem, a trama mostrava um grupo de quatro amigas, Jane Fonda, Diane Keaton, Mary Steenburgen e Candice Bergen, já na Terceira Idade, analisando os livros "50 Tons de Cinza", de E.L. James, e colocando em prática no dia a dia as lições sexuais ali contidas.
Pois bem, agora chega a segunda parte, com as mesmas quatro atrizes cônicas em destaque: "Do Jeito Que Elas Querem – O Próximo Capítulo" (Book Club 2 - The Next Chapter), direção de Bill Holderman. A história começa muito interessante, com as quatro se comunicando remotamente, cada uma em sua casa - afinal, ocorreu a pandemia do Coronavírus.
Quando a crise passou, Vivian (Fonda) está prestes a casar com Arthur (Don Johnson). E as amigas decidem largar tudo o que estão fazendo e se mandar para uam tour pela Itália, afinal de contas são todas ricas e aposentadas.
A viagem, com todos os sobressaltos possíveis e imagináveis, como por exemplo, serem roubadas numa estação de trem e perderem todas as malas, passa pelas exuberantes Roma, Veneza e Florença. A tour acaba sendo uma despedida de solteira para Vivian. E também mostra para as outras que elas podem fazer o que querem, usar a roupa que lhes agradar, transar com quem quiser, e até mesmo se depedir do luto, jogando as cinzas de um ex-marido em um rio e partir para outra.
"Do Jeito Que Elas Querem – O Próximo Capítulo" é um filme leve, e mostra que a vida não acaba aos 70. Que ela deve ser vivida com vontade, que a idade não deve ser um limitador - claro que se você tiver dinheiro melhor, né? Mas é um filme alto astral.
Cotação: bom
Duração: 1h48min
Chico Izidro
"O Amor Mandou Mensagem" ( Love Again), é escrito e dirigido por Jim Strouse, adaptado do livro da alemã Sofie Cramer, “SMS Para Você” (SMS für Dich), e fala da história de amor entre Mira Ray (Priyanka Chopra Jonas) e Rob Burns (Sam Heughan), que acabam se conhecendo quase por engano.
Logo no começo, Mira perde o noivo, por quem é muito apaixonada, atropelado. E depois de dois anos de depressão e luto pela perde, ela descobre uma maneira de tentar lidar com a perda, que é mandar mensagens para o número de celular que pertencia ao noivo. Porém, o número antigo foi transferido para o jornalista musical Rob Burns, que ao ler os recados, fica intrigado e ao mesmo tempo se apaixonando pela remetente.
Então Rob recebe a missão de entrevistar a cantora Celine Dion, para fazer um perfil dela, que iniciou uma turnê depois de muito tempo. E a artista acaba virando tipo uma conselheira sentimental do jornalista. E acaba conhecendo Mira, mas não fala para ela sobre as mensagens recebidas no celular.
O filme é uma espécie de "Mensagem Para Você" mais modernizado, destacando as atividades nos aplicativos e redes sociais. Um dos momentos engraçados é que Mira decide investir no Tinder e marca um encontro com um carinha que está mais preocupado com seus músculos e levá-la para a cama do que os sentimentos dela. A brincadeira é que o personagem é o próprio marido da atriz Priyanka Chopra Jonas, o cantor e ator, Nick Jonas, da banda Jonas Brothers.
"O Amor Mandou Mensagem" não pretende reinventar a roda, mas trata bem a q uestão da perda, do luto, da descrença em voltar a se relacionar. Os atores Priyanka Chopra Jonas e Sam Heughan, aliás, mostram enorme química, convencendo totalmente como par romântico. A trama traz ainda Céline Dion, que enfim interpreta ela mesma, até mesmo falando abertamente sobre o amor de sua vida, o seu marido e empresário René Angélil, falecido em 2016, vítima de câncer.
Cotação: bom
Duração: 1h44min
Chico Izidro
"O Homem Cordial" é dirigido pelo brasiliense Iberê Sampaio, e traz uma história sobre fake news, cancelamento nas redes sociais e racismo. A trama foca em Aurélio Sá (Pauilo Miklos, dos Titãs), que é o vocalista de uma banda de rock dos anos 1990 que está tentando retornar à ativa. Porém, na noite em que o seu grupo está se apresentando novamente, viraliza na internet um vídeo que o envolve na morte de um policial. A plateia age furiosamente, atirando coisas no palco e gritando ofensas. Apesar de os fatos serem muito nebulosos, Aurélio passa a ser agredido por muitas pessoas na rua, e até mesmo em frente ao seu apartamento em São Paulo.
A trama transcorre durante praticamente uma única noite, onde Aurélio tentará descobrir a verdade, encontrando a jornalista Helena, determinada a descobrir a verdade dos fatos, e um antigo companheiro de banda, vivido pelo rapper Thaíde, agora dono de um bar.
O incidente que prejudicou a vida do roqueiro é pouco a pouco explicado ao longo do filme. Aurélio tentou defender um menino de 11 anos, acusado de roubar o celular de uma senhora em uma lanchonete, e que estava quase sendo linchado por populares. O músico interveio, o garoto escapou e foi perseguido pelo policial, que acabou sendo morto por marginais.
E toda a confusão teve início quando o garoto negro foi fazer a entrega de roupas para uma mulher em um bairro de classe média alta paulistano. E tudo está errado desde o princípio. O garoto precisa do dinheiro para pegar o ônibus e voltar para casa, na periferia, e a mulher diz não ter os valores no momento. O menino fica perdido pelas ruas da região, sem saber o que fazer, até ser confundido com um ladrão.
"As redes sociais são o ambiente perfeito para que ocorra o efeito manada, ou seja,quando um grupo de indivíduos segue a opinião ou ação de outros de forma irracional, sem analisar os fatos e fundamentos", conta o diretor Iberê Costa. "No filme vemos como cada comentário, cada postagem, cada curtida ou compartilhamento de uma fake news tem um impacto direto na vida de alguém no mundo real. E esse impacto se potencializa dependendo de que grupo social ou étnico você pertence", ressalta.
"O Homem Cordial tem como um de seus temas principais o racismo, a partir de um ponto de vista que busca discutir a branquitude como uma raça. Discutir a branquitude me parece fundamental dentro de uma postura antirracista. E a polícia, no Brasil, é a instituição criada para garantir, com o uso da força, o privilégio da branquitude", completa Iberê.
Cotação: ótimo
Duração: 84min
Chico Izidro
"Renfield: Dando o Sangue Pelo Chefe" (Renfield), dirigido por Chris McKay e escrito por Ryan Ridley, é baseado em uma ideia de Robert Kirkman, a mente por trás de "The Walking Dead". O filme foca no personagem que é o ajudante do Conde Drácula, o cara que ajuda no deslocamento do vampiro, traz as vítimas para ele se alimentar, cuida da mansão, ou seja, o mordomo. A trama acontece nos dias atuais, e Robert Montague Renfield (Nicholas Hoult) busca a ajuda de um grupo de apoio, pois se vê no meio de uma relação tóxica com o patrão.
Sim, "Renfield: Dando o Sangue Pelo Chefe" é uma comédia escrachada, com Nicholas Cage interpretando o Drácula, e revivendo os trejeitos de Bela Lugosi (1882-1956), que viveu o vilão nos cinemas lá nos anos 1930. E Cage, que nos últimos tempos virou um pastiche de si mesmo, aparecendo em filmes para lá de suspeitos, está excelente, sabendo estar caricato, mas propositalmente. Já Hoult convence muito como o ser oprimido que é abusado verbal e fisicamente por seu mestre. Renfield tenta se redimir de seus atos, se sentindo extremamento afetado pelos diversos crimes que cometeu.
Até aí o filme funciona muito bem. Porém perde muita força quando tenta misturar terrir com ação policial e tráfico de drogas. Um roteiro, digamos, que fica sem pé nem cabeça. Reinfeld, que ganha superpoderes quando come um inseto, ele precisa lutar contra tudo, principalmente contra o abuso do Conde Drácula, e pela máfia local e pela polícia corrupta. "Renfield: Dando o Sangue Pelo Chefe" ainda traz várias cenas com desmebramento de corpos, sangue jorrando em profusão. Mas diverte com um apanhado de piadas sobre a mitologia dos vampiros e gags visuais.
Cotação: bom
Duração: 1h33min
Chico Izidro
AIR: A História Por Trás do Logo (Air), direção de Ben Affleck, é baseado na história real do chefe da marca esportiva e de calçados Nike, Sonny Vaccaro (Matt Damon), e do fundador da Nike, Phil Knight (Ben Affleck). A hoje multibilionária marca era pouco conhecida no começo dos anos 1980, e tentava entrar no mercado, dominado pela Adidas e pela Converse, através da NBA, a liga de basquete norte-americana. Eis que então ocorre a ideia de tentar patrocinar um garoto prodígio, que ainda nem se imaginava onde poderia chegar, Michael Jordan - que se transformaria no Pelé do basquete, hexacampeão pelo Chicago Bulls nos anos 1990.
Jordan queria assinar com a alemã Adidas, mas Vaccaro criou uma estratégia, para convencer outros diretores da Nike a destinar uma verba milionária, tentando atrair Michael Jordan para ser o principal nome das campanhas da fabricante no esporte. E uma das ideias foi criar o famoso tênis Air Jordan, que hoje mobiliza bilhões de dólares, e é objeto de consumo de fãs do basquete.
Além de Matt Damon, quem brilha muito no filme é Viola Davis, que interpreta Deloris Jordan, a mãe de Michael, e que agiu com firmeza nas negociações, sendo determinante para que a Nike aceitasse as exigências, de que o garoto levasse porcentagens nas vendas. Já o ator que interpreta" Michael Jordan nunca tem o rosto mostrado, sendo possível escutar duas frases dele em toda a trama.
Claro que muitas das situações foram dramatizadas, diálogos inventados. Mas para quem gosta de basquete e de bastidores dos negócios, é um prato cheio. O porém que o título nacional seja equivocado, pois passa a impressão de tratar sobre a criação do logo da Nike, mas fala sobre o surgimento de um dos tênis mais icônicos da história, e no final, sim, é mostrado como apareceu o logo do tênis, que é uma imagem de Michael Jordan fazendo uma de suas enterradas.
Cotação: bom
Duração: 1h52min
Chico Izidro
