domingo, abril 20, 2025

“PECADORES” (Sinners)

Foto: Warner Bros.
“PECADORES” (Sinners), dirigido por Ryan Coogler, é uma das melhores surpresas deste ano, em uma trama que transcorre na década de 1930, no Mississippi controlado pelas leis segregacionistas de Jim Crow, e com toques de terror.
O filme tem como protagonista Michael B. Jordan, que interpreta os irmãos gêmeos Fuligem e Fumaça, que voltam à sua segregada cidade natal, dominada pela Ku Klux Klan, depois de alguma forma terem enriquecido na nortista Chicago. Eles pretendem abrir uma boate, onde os negros poderão ir para escutar Blues – a música dos negros escravizados. Para tanto, arregimentam o primo Sammie Moore (o estreante Miles Caton), que é um garoto aspirante a músico, e que sofre a oposição do pai, um pastor, que acredita ser o Blues o som de pecadores, não sendo coisa de deus.
“Pecadores” é tão bem esquematizado, detalhista, que o diretor leva mais de uma hora apenas apresentando os personagens e fazendo o público ter empatia por eles, como Grace e Yao, os donos chineses de uma mercearia, Mary (Hailee Steinfeld), uma garota negra que, por ter a pele mais clara, se passa por branca; a curandeira local Annie (Wunmi Mosaku).
E qual a surpresa do espectador, quando de repente, um filme que fala sobre os cidadãos negros tentando sobreviver ao racismo vigente, a trama apresenta os sanguinários vilões, vampiros, que desejam controla-los. Ou seja, uma alegoria de a população negra nunca ter sossego, tendo de se submeter aos seus senhores, tanto que o vampiro líder é branco, vivido pelo ator Jack O’Connel, do baita seriado sobre a II Guerra Mundial “SAS: Rogue Heroes”.
“Pecadores” tem muito de Quentin Tarantino, com cenas de pura violência e subversão da realidade – quando, por exemplo, um dos irmãos fuzila uma tropa da Ku Klux Klan, emulando “Bastardos Inglórios”.
Mas é uma cena da boate que salta aos olhos, quando os personagens dançam – com a cena transportando para várias etapas da evolução da música negra, do Blues, Rock, chegando até mesmo ao atual Rap e Hip Hop, numa sincronia maravilhosa.
O filme é muito bem executado, apresentando uma riqueza de detalhes da triste época retratada. A direção de arte e o figurino reforçam a ambientação histórica.
A bela trilha sonora, excepcionalmente regida pelo maestro sueco Ludwig Göransson, centrada no Blues, transcorre perfeitamente entre a narrativa, embalando ainda com maestria as cenas de maior tensão. Eu saí do cinema extasiado.
Cotação: Excelente
Duração: 2h17min
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=YK4H0e5v_ko

“NAS TERRAS PERDIDAS” (In The Lost Lands)

Foto: Diamond Films
ADAPTADO DE UM CONTO DE GEORGE R. R. MARTIN (Game of Thrones), "Nas Terras Perdidas" (In The Lost Lands), é dirigido por Paul W. S. Anderson, e tem como protagonista a sua esposa, Milla Jovovich. Ela interpreta a feiticeira Gray Alys, que após escapar de uma execução, precisa fugir da perseguição de soldados de um reino comandado opressivamente pela igreja, em um filme que se passa num futuro pós-apocalíptico, mas com regras.
E a bruxa recebe o pedido da rainha Melange (Amara Okereke), que deseja se tornar um metamorfo (um humano com poderes de se transformar em outros seres). Assim, Alys deve capturar nas distantes Terras Perdidas um lobisomem, que tem a maldição de alterar a sua forma física.
Para poder cumprir a missão, Gray se une ao caçador experiente Boyce (Dave Bautista), que conhece como ninguém os perigos das Terras Perdidas. E os dois partem em uma jornada fantástica em busca da captura da criatura mística.
O filme, evidentemente, é uma fantasia. Porém, é um apanhado de cópias muito ruim de outras obras cinematográficas, como por exemplo “Mad Max” e “Senhor dos Anéis”.
Anderson apresenta uma direção nada inspirada, num pastiche completo, com cenas exageradas, mal filmadas, atuações forçadas dos atores, e um plot-twist completamente inverossímil.
Cotação: ruim
Duração: 1h41min
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=b3ZththVl50

“A MAIS PRECIOSA DAS CARGAS” (La Plus Précieuse Des Marchandises)

Foto: Paris Filmes
“A MAIS PRECIOSA DAS CARGAS” (La Plus Précieuse Des Marchandises), direção de Michel Hazanavicius — cineasta de “O Artista”, vencedor do Oscar em 2012, é inspirado no conto homônimo de Jean-Claude Grumberg.
A animação é ambientada durante a Segunda Guerra Mundial, envolvendo os horrores do Holocausto, com Hazanavicius construindo um conto de fadas pesado, tentando mostrar que um ato de piedade e amor pode se tornar um ato de resistência.
Em um país não identificado do leste europeu, onde o genocídio praticado pelos nazistas, foi mais violento e cruel, um humilde lenhador e sua esposa vivem em uma grande floresta, onde em sua fronteira passam, frequentemente, trens – são os infames transportes de judeus para os campos de concentração. O casal leva uma vida sofrida, em constante desafio contra a fome e o frio.
Até que um dia de forte nevasca, a mulher – os personagens não possuem nomes – está na floresta atrás de lenha, quando escuta o choro de um bebê. Ele foi jogado de um trem de prisioneiros, provavelmente por uma mãe desesperada. A mulher acaba pegando a criança e levando para casa, e a princípio o lenhador é contrário à presença daquele pequeno ser na humilde cabana deles, sendo que é uma boca a mais para alimentar. E apesar de sua ignorância, o homem sabe o que pode acontecer com quem ajuda ou esconde judeus, serem eles de qualquer idade.
A batalha da mulher passa a ser alimentar o bebê e escondê-lo das autoridades, enquanto vê uma incrível transformação na sua vida e de seu marido. “A Mais Preciosa das Cargas” acaba sendo um belo filme de resiliência e de esperança no meio de um mundo cruel e sanguinário. Uma animação emocionante.
Cotação: Excelente
Duração: 1h21min
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=SX5P0xkoP64

“SOBREVIVENTES”

Foto: Pandora Filmes
“SOBREVIVENTES” é a obra derradeira do cineasta luso-brasileiro José Barahona, falecido em novembro de 2024, aos 55 anos de idade. A trama acompanha um grupo de sobreviventes de um navio negreiro no Século XIX, que naufraga no Oceano Atlântico. No princípio, duas mulheres brancas e quatro homens brancos se encontram numa praia deserta, e passam dias sem saber o que fazer para tentar escapar da morte.
Até que surge outro náufrago, o negro escravo João, visto por todos apenas como um objeto sem valor, sendo apedrejado, cuspido e amarrado pelos brancos – um padre católico chega a dizer que João é apenas um animal, pois os negros não são seres humanos, numa crendice imposta pela igreja católica através da bíblia.
Porém, em gesto de sobrevivência, João toma o controle do grupo, e é com ele que todos sobrevivem. E tentam chegar a um lugar mais seguro da ilha, onde acabam encontrando outros negros sobreviventes do naufrágio e que estão sedentos por vingança.
“Sobreviventes”, com excelente fotografia em preto e branco, é um retrato cruel e fiel do que passaram milhões de pessoas tiradas de suas terras no Continente Africano, e trazidos à força para a América, vistos apenas como mão de obra.
A história de “Sobreviventes” foi criada por Barahona e desenvolvida em parceria com o escritor angolano José Eduardo Agualusa, autor de livros traduzidos em mais de 30 idiomas e vencedor de prêmios como o Independent Foreign Fiction Prize, no Reino Unido, e o Prêmio Literário Internacional de Dublin.
Agualusa é conhecido por abordar em sua literatura as heranças do colonialismo, os cruzamentos entre memória e identidade e as cicatrizes deixadas pela escravidão. Entre seus títulos estão “Nação Crioula”, que imagina cartas escritas pelo personagem Fradique Mendes sobre sua vivência em Luanda e seu amor secreto pela ex-escravizada africana Ana Olímpia; “O Vendedor de Passados”, que investiga a reinvenção das memórias em uma Angola pós-colonial; e “Teoria Geral do Esquecimento”, ambientado no período da independência angolana e centrado na metáfora do isolamento como reflexo da memória coletiva.
O escritor angolano conta que o que mais lhe interessou quando o diretor José Barahona pediu para que contribuísse para a escrita do roteiro do filme “foi trazer a voz dos africanos, trazer a perspectiva desses africanos sobreviventes. Mostrar que eles nunca foram sujeitos passivos da sua história, foram sujeitos ativos dessa mesma história. Os africanos sobrevivem ao naufrágio, mas sobrevivem, sobretudo, a um processo de sequestro. Então, esse foi todo o meu esforço maior”.
A produtora do filme, Carolina Dias, também companheira de Barahona, explica que o projeto foi filmado entre maio e junho de 2022 em Portugal e que o cineasta “sempre teve uma relação íntima com o Brasil, e se questionava sobre o passado de 'glórias' de Portugal. Ele buscava olhar para o outro lado dessas ‘glórias’. A outra versão da história, aquela não contada oficialmente. Nisso ele teve a ideia do filme, um naufrágio com negros e brancos e a possibilidade de, na luta pela sobrevivência, escolher entre reproduzir comportamentos do passado ou criar uma nova estrutura de sociedade”.
A trilha sonora original é assinada por Philippe Seabra, da banda Plebe Rude, e ganha contornos ainda mais emocionais com a participação especial de Milton Nascimento, que empresta sua voz a uma das faixas do filme, ampliando sua dimensão simbólica e afetiva.
Cotação: ótimo
Duração: 1h11min
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=Zh6Bc_38YqI

“LOONEY TUNES - O DIA QUE A TERRA EXPLODIU” (The Day the Earth Blew Up: A Looney Tunes Movie)

Foto: Paris Filmes
“LOONEY TUNES - O DIA QUE A TERRA EXPLODIU” (The Day the Earth Blew Up: A Looney Tunes Movie), direção de Peter Browngardt, traz para as telonas a essência dos insanos personagens da turma do Pernalonga, Gaguinho e Patolino. Mas para curtir o filme, você tem de pensar como uma criança de dez anos, para poder curtir a história. Caso contrário, esqueça.
O longa-metragem, tendo como protagonistas os irmãos de mães diferentes Patolino e Gaguinho, se vem a volta com ameaças extraterrestres, em trama que bebe diretamente de clássicos da ficção científica dos anos 1950, “O Dia em que a Terra Parou” e “Invasores de Corpos”.
A história conta como os dois foram criados como irmãos por um fazendeiro, que morre quando os dois já estão crescidos. E eles precisam de dinheiro para reformar a casa herdada do pai adotivo, ou serão despejados.
Assim, depois de várias tentativas frustradas, acabam arranjando emprego numa fábrica de chicletes, mas acabam tentando combater um alienígena que quer controlar os corpos e mentes dos terráqueos. No meio de toda a confusão, surge ainda o interesse amoroso de Gaguinho, a porquinha Petunia.
A graça na história está nos histrionismos dos personagens, principalmente Patolino, que parece sempre estar ligado em 220 volts. Os dois irmãos adotivos sempre procurando conviver sem que um enlouqueça o outro. Filme para ver com as crianças.
Cotação: regular
Duração: 1h31
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=JBT-iG_B-00

“BOLERO: A MELODIA ETERNA” (Bolero)

Foto: Mares Filmes
COM EXCEPCIONAL RECONSTITUIÇÃO DE ÉPOCA E TRAZENDO A ORIGEM DE UMA DAS MAIS belas músicas de todos os tempos, “BOLERO: A MELODIA ETERNA” (Bolero), é obra da diretora e roteirista Anne Fontaine ("Coco Antes de Chanel", "Agnus Dei" e "Branca como a Neve"). A trama reconstitui o surgimento da suíte Bolero, que todo mundo conhece como “Bolero de Ravel”.
A história, porém, não parte simplesmente da criação da música, mas percorre boa parte da vida de seu compositor, o francês Maurice Ravel (vivido por Raphaël Personnaz), que até criar sua masterpiece teve vários percalços – inclusive com uma crise de inspiração.
Até que em 1928, a coreógrafa Ida Rubinstein encomendou para Maurice Ravel uma música para seu próximo balé. O músico, sofrendo por seu amor impossível por sua musa, a piaista russa Misia Sert, decidiu se dedicar à criação de sua obra-prima universal, o Bolero.
O filme também mostra sua passagem para a fama, e também seus últimos anos de vida. Ele morreria em 1937, em consequência de doença cerebral orgânica (PiD), agravada por um acidente de trânsito ocorrido em 1932. Durante o período que precedeu a sua morte, havia perdido parte da sua capacidade de compor devido às lesões cerebrais causadas pelo acidente. A sua inteligência se manteve intacta, mas o corpo não conseguia responder adequadamente. Ele tinha apenas 62 anos de idade.
Cotação: ótimo
Duração: 120 min
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=Rr6rKjKl_IQ
Escute “Bolero” no Spotify: https://open.spotify.com/intl-pt/track/3KtsRijwp8KunCRYlOdWEi

quarta-feira, abril 09, 2025

“DROP – AMEAÇA ANÔNIMA” (Drop)

Foto: Universal Pictures
“DROP – AMEAÇA ANÔNIMA” (Drop), do diretor Christopher Landon, é daqueles filmes que entram na categoria de “como destruir algo que até ia bem em apenas cinco minutos”.
A trama não tem muito de original, mas é afeito aos dias atuais, onde os celulares e as redes sociais fazem parte do cotidiano.
A terapeuta Violet (Meghann Fahy) é viúva, e mãe de um garotinho de cinco anos. Ela marca um encontro por um site de namoro e, nervosa por não ter um relacionamento há vários anos, vai encontrar o date. Porém, mal sabe que a noite será um pesadelo. O filme transcorre em tempo real.
No restaurante, a jovem passa a receber mensagens em seu celular. E são orientações que afetam o fotógrafo Henry (Brandon Sklenar) que é o seu encontro romântico. Caso não cumpra as exigências do hacker, seu filho e a sua irmã, que está cuidando do garoto, serão mortos – ela recebe imagens de sua casa, onde pode ver a presença de um intruso armado.
Violet passa a observar quem pode ser a pessoa que está lhe chantageando no restaurante, ao mesmo tempo que precisa cometer um crime. Filmes deste estilo são comuns, como por exemplo “Pacto Sinistro”, de Alfred Hitchcock, ou “Tempo Esgotado”, com Johnny Depp, de 1995, e até “Vidas em Jogo”, com Michael Douglas, de 1997.
O suspense até se sustenta, mantendo a tensão. Porém em sua última parte, o roteiro se torna preguiçoso, com tudo sendo resolvido às pressas. E de forma completamente inverossímil.
Cotação: regular
Duração: 1h40
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=vfTu_byKwEE

“OPERAÇÃO VINGANÇA” (The Amateur)

Foto: 20th Century Studios
O OSCARIZADO RAMI MALEK SE RENDE AOS FILMES DE AÇÃO NO THRILLER “OPERAÇÃO VINGANÇA” (The Amateur), direção de James Hawes, tem trama remete aos filmes estrelados por Liam Neeson, Jason Statham, entre outros, cujas famílias são ameaçadas, sequestradas ou mortas, e os protagonistas partem em uma jornada de vingança pessoal.
Aqui a diferença que o vingador é o magrinho Rami Malek, vivendo o analista de sistemas da CIA Charles Heller, cuja mulher, Sarah (Rachel Brosnahan, do sensacional seriado The Marvelous Mrs. Maisel ) é morta em um atentado terrorista em Londres. Arrasado, Charlie pede aos chefões da sua agência para partirem em busca dos assassinos, que ele identificou. Porém, ao ouvir a negativa, decide ele mesmo partir para a vingança.
O problema é que Charlie é visto como um nerd de escritório, sem as mínimas condições de correr atrás de terroristas preparados e fortemente armados. Só que com um QI de 170, Charlie não desiste da empreitada, utilizando a inteligência para matar os criminosos e obter a sua vingança.
E o QI é o que os realizadores do filme decidiram ignorar dos espectadores. Simplesmente, “Operação Vingança” é repleto de cenas absurdas, furos de roteiros...forçaram a barra em todos os aspectos.
Rami Malek, nota-se, está completamente desconfortável no papel do vingador franzino. O nosso oscarizado Freddy Mercury podia passar sem esta. Além de Rami Malek, o elenco conta também com Laurence Fishburne (Matrix), Rachel Brosnahan (Maravilhosa Sra. Maisel), Jon Bernthal (Justiceiro), Holt McCallany (Mindhunter), Julianne Nicholson (Paradise), Evan Milton (Magic Mike: A Última Dança) e Caitriona Balfe (Outlander).
Mas se você curte ação e não quer pensar muito...
Cotação: ruim
Duração: 2h03
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=8Wvs6tmmTyQ

“REGRAS DO AMOR NA CIDADE GRANDE” (Love in The Big City)

Foto: A2 Filmes
“REGRAS DO AMOR NA CIDADE GRANDE” (Love in The Big City), com direção de E.oni, é inspirado no romance de Sang Young Park, lançado pela editora Record. O filme é narrado pelo olhar de Jae-hee, uma jovem destemida e sem medo das opiniões alheias, que vê sua vida virar de cabeça para baixo ao descobrir um segredo de Heung-soo, alguém que nunca despertou seu interesse.
Essa revelação inesperada aproxima os dois, que descobrem não ser o "par ideal" um do outro, mas compartilham momentos especiais que mais ninguém entenderia. Decididos a ignorar os rumores que os cercam, Jae-hee e Heung-soo optam por viver e amar em seus próprios termos, iniciando uma jornada de convivência intensa e autêntica. Uma história que revela que o amor verdadeiro não segue padrões e que só eles podem entender o que vivem juntos.
Duração: 118 min
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=KZeCvphzfI0

“CONFINADO” (Locked)

Foto: Diamond Films
“CONFINADO” (Locked), do diretor David Yarovesky (“Brightburn - Filho das Trevas”), é um thriller estrelado por Bill Skarsgård e Anthony Hopkins.
A trama acompanha Eddie (Skarsgård), um ladrão buscando uma maneira fácil de ganhar dinheiro. Quando se depara com uma SUV de luxo e nota que não há sinal do seu proprietário, o assaltante acredita ter encontrado a sorte grande. No entanto, o que ele não sabe é que o carro é, na verdade, uma armadilha mortal: uma prisão sobre rodas, criada por William (Hopkins), um homem misterioso que não tem nada a perder. Diante de um inimigo frio e calculista, Eddie não terá outra saída a não ser tentar sobreviver a um jogo implacável, em que ele e todos à sua volta correm perigo.
Inspirado em uma história real, que aconteceu há quase uma década na Argentina.
A história é muito parecida com o roteiro do filme brasileiro “A Jaula”, lançado em 2022. Isso suscitou a suspeita de plágio.
Os roteiristas do longa norte-americano explicaram que o roteiro é uma releitura de um filme latino. O roteiro original é do longa-metragem argentino 4X4, de 2019. Escrito por Mariano Cohn e Gastón Duprat, 4X4 conta a história de um bandido que arromba um carro especializado com um sistema especial que o mantém preso em seu interior sem que ninguém possa ouvi-lo chamar por ajuda.
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=Db6JmtSGPiU

“NOVO PROJETO DA EMBAÚBA FILMES QUE BUSCA LEVAR O CINEMA BRASILEIRO PARA MAIS LUGARES”

Foto: Embaúba Filmes
A partir de maio, a EMBAÚBA FILMES dará início ao CIRCUITO EMBAÚBA, iniciativa que visa levar os lançamentos da distribuidora a um circuito ampliado de exibição em todo o país. A proposta é alcançar cineclubes, escolas, universidades, salas independentes e cidades que, muitas vezes, ficam fora do circuito tradicional de estreias.
O Circuito Embaúba funciona como uma turnê dos filmes, promovendo exibições em espaços que compartilham o compromisso com a pluralidade do cinema brasileiro. Além de democratizar o acesso, o projeto aposta na experiência coletiva da exibição pública como ponto central de conexão entre obra e público. Por isso, as entidades parceiras são incentivadas a organizar conversas e debates após as sessões, enriquecendo o diálogo em torno das obras.
Entre os primeiros títulos disponíveis para exibição no circuito estão “Lispectorante”, de Renata Pinheiro, estrelado por Marcélia Cartaxo e premiado no Fest Aruanda, e “Ainda Não é Amanhã”, de Milena Times, que recebeu múltiplos prêmios no Festival do Rio e no Fest Aruanda.
As sessões podem ocorrer na semana anterior à estreia nacional e se estender até três semanas após o lançamento comercial, respeitando as datas previamente acordadas. Os parceiros do circuito se comprometem a exibir ao menos 50% dos filmes programados pela distribuidora no ano. Como forma de fortalecer a rede e registrar as ações do circuito, os parceiros serão incentivados a enviar um relato simplificado após cada sessão, com dados de público, fotos e informações que ajudem a contar a história daquele encontro.
“A ideia do Circuito Embaúba surge de uma inquietação nossa em relação aos limites do circuito exibidor. Lançamos vários filmes que fazem muito sucesso em festivais, com enorme repercussão crítica, mas que encontram um espaço restrito nos cinemas convencionais. Ao mesmo tempo, temos observado um crescimento dos cineclubes e exibidores alternativos, com grande interesse pela produção brasileira. Com esse projeto, acreditamos que poderemos encontrar novos caminhos para a ampliação do público, que é o que mais nos interessa - mesmo que esse público não seja contabilizado oficialmente”, afirma Daniel Queiroz, fundador da Embaúba.
Para participar, instituições e exibidores devem se cadastrar exclusivamente por meio do formulário: https://forms.gle/AyYw7iVmve5zS1Mm7.

“SERRA DAS ALMAS”

Foto: Imagem Filmes
“SERRA DAS ALMAS”, do diretor pernambucano Lírio Ferreira, chega aos cinemas em 24 de abril. O filme, que é uma coprodução entre Carnaval Filmes e Urso Filmes e conta com distribuição da Imagem Filmes, mergulha no universo de conflitos existenciais e desafios pessoais, contando com um elenco de peso, que inclui os talentos Mariana Oliveira, Julia Stockler e Ravel Andrade.
“Serra das Almas” tem sua trama ambientada em uma cidade do interior de Pernambuco e mistura ação, drama e terror. A narrativa segue uma emboscada envolvendo bandidos, uma investigação jornalística e políticos corruptos, em torno de um roubo de joias que desencadeia uma série de eventos catastróficos. Em meio a um golpe e um sequestro, dois grupos de pessoas – incluindo jornalistas, um casal e criminosos – se veem presos em uma casa, forçados a confrontar o tempo e seus próprios passados. Com toques de humor, o thriller promete surpresas e um desfecho inesperado.
Mariana Oliveira, atriz conhecida por seu talento e versatilidade, vive uma das personagens centrais do filme. Com uma carreira marcada por papéis de grande intensidade emocional, ela traz para “Serra das Almas” uma interpretação envolvente e cheia de nuances. A atriz já entregou performances marcantes no teatro e na TV, como em “Elas por Elas” e “Nanã.
Julia Stockler, que já se destacou em importantes produções como a recente novela “Beleza Fatal”, e o filme escolhido para representar o Brasil no Oscar® “A Vida Invisível”, dá vida a uma personagem que oscila entre a fragilidade e a força. Sua capacidade de transitar entre diferentes estados emocionais a torna uma das atrizes mais talentosas de sua geração. Em sua atuação, Stockler incorpora com maestria a complexidade de sua personagem, criando um contraste entre a delicadeza e os conflitos internos que a trama propõe.
“A minha experiência de fazer Serra das Almas foi uma experiência muito bonita, porque trabalhar com Lírio Ferreira é muito especial, ele é um diretor muito sensível, muito generoso, muito atencioso, um diretor que privilegia a improvisação. A minha personagem é a Samantha, ela é uma jornalista que se vê diante de uma falcatrua, de um processo corrupto e decide investigar pelos próprios caminhos e acaba acontecendo uma tragédia. É um filme que traz a força e a potência do feminino, porque acontece através do feminino. Através dessas mulheres que o filme pode se transformar. Então foi uma experiência muito feliz pra mim.”, revela Stockler.
Ravel Andrade, conhecido por seu trabalho no cinema e na TV, completa o elenco com uma atuação intensa e cheia de carisma. O ator, que já impressionou o público com sua habilidade de entregar personagens multifacetados, como Raul Seixas em “Raul Seixas: Eu Sou”, brilha em Serra das Almas em uma personagem que vive intensos conflitos.
Sob a direção de Lírio Ferreira, “Serra das Almas” se apresenta como um filme tenso e sensível, capaz de tocar nas emoções mais profundas do espectador. Com um olhar único, o cineasta pernambucano cria uma atmosfera que prende a atenção do público, ao mesmo tempo em que oferece uma reflexão sobre a vida, as escolhas e as consequências dessas escolhas.
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=ptGo_NRcdxU

"MEMÓRIAS DE UM CARACOL" (Memoir of a Snail)

Foto: Mares Filmes
A ANIMAÇÃO AUSTRALIANA EM STOP-MOTION "MEMÓRIAS DE UM CARACOL" (Memoir of a Snail) chegará aos cinemas brasileiros no dia 1º de maio de 2025.
Com direção e roteiro de Adam Elliot (vencedor do Oscar de melhor curta-metragem de animação por “Harvie” e diretor do premiado e aclamado “Mary e Max: Uma Amizade Diferente”), o animado coleciona mais de 70 prêmios internacionais, entre eles o de Melhor Direção na 48ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo e Melhor Filme no Festival de Annecy, uma das maiores premiações dedicadas ao cinema de animação.
Na trama vamos conhecer Grace Pudel, uma garota solitária que coleciona caracóis ornamentais e tem um enorme amor pelos livros. Ainda muito jovem, Grace foi separada do irmão gêmeo, o pirofagista Gilbert, e a partir daí, entrou em uma espiral contínua de ansiedade e angústia.
Apesar dessas inúmeras dificuldades, a menina volta a encontrar inspiração e esperança quando inicia uma amizade duradoura com uma idosa excêntrica chamada Pinky, repleta de coragem e desejo de viver.
Duração: 94 min
Trailer: https://youtu.be/vffb57YG2Tw

“CIDADE DOS SONHOS” (Mulholland Drive) RESTAURADO EM 4K VOLTA AOS CINEMAS

Foto: Retrato Filmes
Em 17 de abril, "CIDADE DOS SONHOS", um dos filmes mais emblemáticos de David Lynch, retorna aos cinemas brasileiros com uma nova versão restaurada em 4K. O relançamento, que chega às telas com distribuição da Retrato Filmes, oferece uma rara oportunidade para os cinéfilos de revisitar esse marco do cinema contemporâneo em toda sua complexidade visual e sonora, agora em altíssima definição.
Lançado originalmente em 2001, o longa-metragem se tornou uma das obras mais aclamadas de Lynch, consolidando sua posição como um dos maiores cineastas da História do cinema. A trama, que segue a história de Betty (Naomi Watts), uma jovem atriz que chega a Los Angeles com grandes sonhos de fama, e Rita (Laura Harring), uma mulher que perde a memória após um acidente, se desenrola em uma espiral de mistério, surrealismo e introspecção psicológica.
A restauração em 4K não se limita a uma simples atualização tecnológica, mas é um trabalho minucioso que recupera cada detalhe da cinematografia e das cores de Lynch. A profundidade visual, agora mais vibrante e precisa, dá nova vida aos aspectos mais sombrios e sublimes do filme, enquanto a tensão crescente e o suspense psicológico ganham um impacto ainda maior.
Para aqueles que já conhecem a obra, essa versão oferece a chance de redescobrir minuciosos detalhes que passaram despercebidos por muitos. "A restauração em 4K de Cidade dos Sonhos permite a experiência cinematográfica que a obra-prima merece! A cópia está linda e a Retrato está muito feliz em poder dar esse presente para os cinéfilos poderem redescobrir a obra e novos públicos tenham contato com a genialidade de David Lynch", relatam Daniel Pech e Felipe Lopes, fundadores da Retrato Filmes.
Além da ousada e enigmática narrativa, CIDADE DOS SONHOS também se destaca por sua crítica à indústria cinematográfica de Hollywood. Através de uma abordagem irônica e muitas vezes perturbadora, Lynch revela os bastidores sombrios de Los Angeles, a “cidade dos sonhos”, e os enganos e desilusões que cercam aqueles que buscam o estrelato. Em uma época em que o glamour e o sucesso são frequentemente vendidos como promessas inalcançáveis, o filme serve como um lembrete pungente sobre as desventuras de quem se arrisca nesse jogo de ilusões.
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=adCEuXANKbc

“JUNE E JOHN”

Foto: Diamond Films
“JUNE E JOHN” é o novo longa-metragem do cineasta Luc Besson. O filme traz uma história sobre um homem ordinário que encontra em um romance o propósito que transforma sua vida.
Protagonizado por Matilda Price e Luke Stanton Eddy, a obra chega aos cinemas dia 24 de abril.
A trama de “June e John” segue John (Eddy), um homem comum cuja vida é marcada pela monotonia. Tudo muda quando ele conhece June (Price), uma mulher enigmática que rouba sua atenção. Fascinado por ela, John se vê imerso em um romance intenso, que o arrasta para uma jornada imprevisível, repleta de reviravoltas e surpresas. A cada dia, ele se vê diante de novas situações e desafios, e começa a descobrir um lado de si mesmo que jamais imaginou que existisse.
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=U-Bfsbs5XKo

“PECADORES” (Sinners)

Foto: Warner Bros. “PECADORES” (Sinners), dirigido por Ryan Coogler, é uma das melhores surpresas deste ano, em uma trama que transcorre na...