quinta-feira, janeiro 11, 2007

O SEGREDO DE BEETHOVEN


O SEGREDO DE BEETHOVEN

Bom, o filme já começa a dar errado em sua equivocada nomeação brasileira...pois você vai se perguntar após assistir O Segredo de Beethoven...afinal, que segredo??? O nome original é Copying Beethoven, algo como copiando...
Pois bem, Beethoven está a poucos dias de estrear a fantástica e insuperável Nona Sinfonia e seu auxiliar, o copista (ah, está explicado), não se sente mais em condições de acompanhar o trabalho do mestre. Que além da surdez é de um "gênio" dos mais complicados. Então surge a figura fictícia de Anne Holtz, uma licença poética da diretora polonesa Agnesczka Holland, que convenhamos, já fez filmes melhores, como Europa, Europa e O Jardim Secreto.
Holtz (a alemã Diane Krüger, pronuncia-se Diane Kriga) vive num convento, com a tia, que é a madre superiora, e tem o desejo de ser compositora, algo impensável para uma mulher nos idos de 1826...e aí que a coisa começa a escorregar.
Beethoven é o ídolo pop daquela década e a atuação de Ed Harris fica um pouco a desejar, pois é por demais forçada. Ele que se dá muito bem sempre, ainda mais interpretando artistas, como, por exemplo, o pintor Pollock. O problema é que seu Beethoven é demais avançadinho para a época, mostrando as nádegas para a ajudante, fazendo sinais obscenos (que certamente não eram realizados em 1826) ou sendo chamado de "Louie" pelo dono do boteco onde jantava e tomava seus porres, além do que, a sua peruca... Tenha santa paciência.
Ainda ocorrem alguns erros, como mostrar Ed Harris de boca aberta e com sua dúzia de obturações. O único momento eletrizante do filme é quando da realização de A Nona Sinfônia para uma platéia boquiaberta, mesmo que o fato de Beethoven ter sido ajudado a reger por Holtz, o que todos sabem, nunca ocorreu. Deturpação brutal da história.

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