Sofia Coppola quase arruinou com O Poderoso Chefão III ao interpretar um dos personagens principais da trama. Porém ela decidiu passar para trás das câmeras e se mostrou uma afinada diretora - também, com o pai como mestre!!! Virgens Suicidas foi o seu cartão de apresentação, Encontros e Desencontros a fez entrar pela porta da frente na maioridade. E com Maria Antonieta, Sofia coloca seu nome na parede. Ela é sensível e original ao mostrar com muita graça e humor e a vida tediosa da rainha da França Maria Antonieta, que "perdeu a cabeça" durante a Revolução Francesa.
Kirsten Dusten, revelada em Entrevista com o Vampiro e que já havia trabalhado com Sofia Coppola em Virgens Suicídas e conhecida como a paixão do Homem-Aranha, tem atuação para tirar o chapéu. Na pele da rainha, nascida na Áustria e prometida para o futuro rei da França, Luis XVI, para selar a união entre os dois países, Dusten transmite toda a desilução, desespero e solidão da, talvez, mulher mais odiada de seu tempo. O filme é lento, devagar quase parando. Mas tente se transportar...A vida era assim, chata, os dias longos e na corte, como diz em certa parte do filme a rainha: "Isto é ridículo". Sofia Coppola, no entanto, poderia ter sido um pouco didática para aqueles que não conhecem história e que podem se perder ao longo do filme. Só que ela acerta em determinadas cenas, ao colocar músicas pop na ação, sendo que elas não ficam deslocadas e não desvirtuam um "filme de época" como se dizia há um tempo. Os roquezinhos, afinal, revelam o lado infanto-juvenil daqueles jovens que eram obrigados a governar um país, sem ter a mínima noção de como fazê-lo. E por favor: não vão reclamar de que contei ter sido Maria Antonieta guilhotinada no final! Tem leitor que já reclamou de eu ter contado de o Titanic ter afundado, de Anne Franck e Sophie Scholl mortas pelos nazista e que a Princesa Diana ter perecido em acidente automobilístico....
Um comentário:
Mas não guilhotinaram ela no filme... fiquei frustrada!
Postar um comentário