terça-feira, dezembro 27, 2011
Roubo nas Alturas
O cinema americano é rápido em levar às telas momentos marcantes de sua história, sejam para o bem ou o mal. Já escrevi isso em outras oportunidades, mas não me canso de repetir. A última onda, agora, é a crise financeira de 2008, que levou os States à beira do caos. Os filmes têm buscado o lado dramático do evento. Só que em Roubo nas Alturas, de Brett Ratner, é dado espaço para a comédia, mas não a escrachada. Ela beira ao humor negro, apesar de contar com Eddie Murphy, que nos últimos tempos vinha naufragando terrivelmente, e Ben Stiller, rei das comédias abiloladas.
Stiller é Josh Kovacs, o gerente de um prédio residencial em Nova Iorque habitado pelos maiores ricaços da cidade, inclusive o financista Arthur Shaw (Alan Alda). Kovacs aplica o dinheiro dele e de seus colegas num fundo de pensão coordenado por Shaw. E o que acontece? Da noite para o dia a grana desaparece. E todos ficam sem eira nem beira. Alda é uma espécie de Bernard Madoff, o cara que aplicou um dos maiores golpes financeiros da história, e que hoje mofa na prisão. Seu personagem é de um mau-caratismo exemplar. Para tentar recuperar seu dinheiro e o dos colegas, Josh e alguns amigos pedem a ajuda de Slide (Murphy, hilário no papel de um ladrão de parabólicas). Eles tentarão invadir o apartamento do vigarista e arrombar o cofre, onde acreditam estar escondidos 25 milhões de dólares.
A cena em que Slide ensina os projetos de ladrões a roubar algumas lojas de um shopping já pode fazer parte do compêndio humorístico. Assim como a parte em que os caras tentam levar uma Ferrari de um andar ao outro no edifício.
Roubo nas Alturas também resgata Téa Leoni, mulher de David Duchovny, aqui no papel de uma agente do FBI, e que fez relativo sucesso nos anos 1990.
Cotação: bom
Chico Izidro
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