Andrzej Wajda é o grande cineasta polonês da história - supera Roman Polanski porque este fez a carreira quase toda no exterior. E Wajda é um cronista de sua terra natal desde sempre, vide clássicos como "Katyn", "O Homem de Ferro" e "O Homem de Mármore". Em "Walesa", o diretor conta a trajetória política do sindicalista que lutou contra o poder do Partido Comunista Polonês por duas décadas até tornar-se, no começo dos anos 1990, após a queda do regime comunista, em presidente do país.
"Walesa" começa com Lech Walesa concedendo uma entrevista a jornalista italiana Oriana Falacci em 1981. Na conversa, ele relembra como começou sua luta durante uma manifestação em Gdansk em 1970, quando foi preso e obrigado a assinar documento onde passaria informações dos trabalhadores a polícia. E segue década adentro, com as dificuldades financeiras advindas do casamento e seis filhos pequenos. E devido a sua participação sindical, Lech Walesa vivia sendo despedido de seus empregos, que já não pagavam muito.
A história também relata os primeiros passos do sindicato Solidariedade, surgida no final dos anos 1970, e que chegou a ter mais de 10 milhões de filiados, e combateu o PCP, sempre com sucesso. Reconstituição de época, trilha sonora forte, recheada de rock'n'roll polonês e atuações seguras, principalmente de Robert Wieckiewicz como Lech Walesa.
Cotação: bom
Chico Izidro
quarta-feira, junho 04, 2014
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