quinta-feira, dezembro 24, 2015

“As Sufragistas” (Suffragette)




No começo do Século XX, as mulheres viviam como cidadãs de segunda classe na Inglaterra. Apesar da dura jornada de trabalho e ainda cuidar da família, não tinham direitos, apenas deveres. Por isso, um grupo de mulheres decide se unir e lutar pelo direito ao voto, uma forma de se fazer ouvir naquela sociedade controlada pelos homens. “As Sufragistas” (Suffragette), direção de Sarah Gavron, mostra a luta delas sob a visão de uma personagem fictícia, Maud Watts (Carey Mullingan), que meio sem querer entra para o grupo liderado pela personagem real Emmeline Pankhurst (Meryl Streep), em rápida aparição.

Orfã desde pequena, Maud trabalhava numa lavanderia, cujo patrão era um homem que abusava das funcionárias mais jovens. E ainda tinha de cuidar do marido e do filho pequeno. E ela acabaria sacrificando tudo ao entrar na luta das sufragistas, inclusive indo parar na cadeia. As mulheres, como eram ignoradas totalmente em seus objetivos, acabaram partindo para atitudes mais drásticas. Começaram depredando lojas e acabaram explodindo caixas de correspondência e depois casas de políticos.

Depois de muita luta, as mulheres começaram a ser ouvidas, mas é chocante constatar que demorou para elas terem o direito ao voto pelo mundo. No final, é mostrada uma lista, e a progressista Suíça só concederia este direito a elas em 1971, quando o Brasil o fez em 1932. E na Arábia Saudita só agora em 2015 elas conseguiram votar. Um filme para pensar.

Veja o trailer: https://www.youtube.com/watch?v=uiamX7iYdRE

Duração: 1h47min

Cotação: ótimo
Chico Izidro

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