quinta-feira, outubro 05, 2017

"O Melhor Professor da Minha Vida" ( Les Grands Esprits)




No mesmo clima de "Ao Mestre com Carinho", que pega a educação como foco central e há um professor que se diferencia dos demais - e nesta linha dá para citar ainda "Sociedade dos Poetas Mortos", "Escritores da Liberdade" e "Escola do Rock", chega o francês "O Melhor Professor da Minha Vida" ( Les Grands Esprits), dirigido por Olivier Ayache-Vidal. O longa faz ainda uma reflexão sobre o ensino na França, e como ele é diferente para os bens-nascidos e os despossuídos (uma semelhança gritante com o Brasil).

Na trama, o professor François Foucault (Denis Podalydès, de “Chocolate”), que leciona no renomado colégio parisiense Henri IV, em Paris, acaba sendo transferido, quase sem querer, para a periferia parisiense, onde os alunos são na maioria negros e filhos de imigrantes, ao contrário dos elitizados estudantes do instituto anterior. No novo emprego, a situação é complicada, com os jovens nem um pouco interessados em estudar, pois acreditam eles, nada vai mudar em suas vidas.

François Foucault, sem saber o que fazer e desanimado, escuta da irmã: os alunos não querem aprender ou o professor é que não torna a matéria interessante? Assim, decide mudar seus métodos. O foco fica principalmente no jovem Seydou (vivido por Abdoulaye Diallo), garoto quase selvagem, e que desafia completamente Foucault.

O filme não consegue fugir muito dos clichês, mas apresenta momentos interessantes, como por exemplo uma visitação ao Palácio de Versalhes, que proporciona uma cena hilária. As atuações de Denis Podalydès e Abdoulaye Diallo também são muito boas - o personagem do professor beira o hilário, com sua cara de pateta. E "O Melhor Professor da Minha Vida" acerta, ainda, ao não apelar para o sentimentalismo. Agradável.

Duração: 1h46min
Cotação: bom
Chico Izidro

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