quinta-feira, novembro 16, 2017

"Uma Razão Para Viver" (Breathe)



Este é o filme de estreia como diretor de Andy Serkis - conhecido por fazer papeis digitais em "Senhor dos Anéis" e "Planeta dos Macacos": "Uma Razão Para Viver" (Breathe), cujo título brasileiro já é um equívoco, pois o personagem principal, Robin Cavendish, passa boa parte do tempo querendo morrer.

Vamos lá: o filme foi realizado graças ao produtor Jonathan Cavendish, que quis homenagear seus pais, que viveram um forte drama humano. Ou seja, a trama é baseada em fatos reais. E ela narra a história do comerciante inglês Robin Cavendish (Andrew Garfield), que durante uma estadia na África no final dos anos 1950 acaba contraindo pólio, ficando paralisado do pescoço para baixo, ou seja, tetraplégico. À época, a medicina ainda não era tão avançada e o prognóstico era o de poucos meses de vida.

No início, Robin ficou internado em um hospital e perdeu até a voz. E só respirava graças a um respirador artificial. Seu desejo era o de morrer. Mas ele tinha ao lado uma bela mulher, linda Diana (Claire Foy, a rainha de “The crown”), que estava grávida exatamente de Jonathan.Com muita persistência e contra todas as perspectivas, Robin foi sobrevivendo e até criou uma cadeira de rodas para se locomover além de sua cama - o invento acabou ajudando muitas outras vítimas do mesmo infortúnio.

A história é inspiradora, mas tudo parece tão clean. Apesar da intenção de morrer de Robin, não existem conflitos maiores. Todo mundo vive feliz, com um sorriso nos lábios. Porém Serkis fugiu de uma armadilha comum a este tipo de filme: ele não apela para o choro fácil do espectador. Já é uma boa coisa.

Duração: 1h57min

Cotação: bom
Chico Izidro

Nenhum comentário: