quinta-feira, fevereiro 15, 2018

"Eu, Tonya" (I, Tonya)




"Eu, Tonya" (I, Tonya), direção de Craig Gillespie, mostra de forma quase cômica a trajetória da patinadora olímpica Tonya Harding, que tentou de todas as formas o sucesso em sua carreira, mas sempre tropeçou por não se enquadrar no sistema exigido pelo esporte. Além disso, sua vida ficou marcada por seu marido ter organizado um atentado contra a principal concorrente de Tonia, Nancy Kerrigan, às vésperas das Olimpíadas de Inverno de 1994.

Tonia é interpretada de forma magistral, primeiro na infância por Mckenna Grace, e depois na adolescência e fase adulta por Margot Robbie. A garota, desde pequena, mostrou grande capacidade para patinadora, mas isto fez com que sua mãe, LaVonna (Allison Janney) agisse de forma quase brutal com ela, exigindo o máximo e até mesmo a tirando da escola. Sua vida deveria ser toda focada na patinação. Aos 15 anos, Tonia conseguiu se livrar das garras abusivas da mãe, mas acabou num casamento mais abusivo ainda com Jeff Gillooly (Sebastian Stan), que anos depois seria o provocador de um dos maiores escândalos esportivos.

"Eu, Tonya" é uma cinebiografia criativa, onde os personagens, muitas vezes, falam direto para a câmera numa espécie de mockumentary (documentário falso), mas também interrompem a atuação, para falar diretamente com a plateia.

O desempenho de Margot Robbie, atriz australiana, de 27 anos, é de extremo talento, ela conseguindo fazer a personagem com 15 anos e depois com 40, seja com desespero, graça, sapequice (se é que existe esta palavra!). Allison Janney no papel da mãe abusiva de Tonia, também está excelente. A gente não sabe se a odeia, ou se sente pena daquela mulher patética.

Duração: 2h
Cotação: ótimo

Chico Izidro

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