quinta-feira, julho 19, 2007

TRANSFORMERS





Desculpe o trocadilho, mas transformar uma série animada de sucesso dos anos 80 do século passado em um bom filme para o cinema não é tarefa fácil. Só que Michael Bay topou o desafio e em Transformers, aqueles carrinhos que viravam robôs (os trintões devem se lembrar!), é bom entretenimento, se não pensarmos em questões ideológicas e comerciais. O negócio, como diria aquela ministra, é relaxar e gozar ao se sentar no cinema com seu pote de pipoca e Coca-Cola.É complicado colocar alguns heróis na telona. Geralmente os fãs costumam ficar decepcionados. Com honrosas excessões, vide Batman, Super-Homem, Homem-Aranha e X-Men, as coisas costumam naufragar ou ficam no meio do caminho. O Justiceiro nas suas duas versões foi fraco, mas pior mesmo só He-Man e os Mestres do Universo, com Dolph Lundgreen, que aliás, também estava na primeira versão do Justiceiro, de 1990. Outros filmes nem vale a pena citar, pois ninguém vai assistir mesmo. Voltando a Transformers, o filme de Bay tem duas partes distintas. A primeira é a melhor, com piadas de duplo sentido e politicamente incorretas. Porém na segunda parte, perde fôlego. Na trama, os robôs maus, os Decepticons, chegam à terra em busca do Cubo, que pode dar o controle do universo para eles, além de resgatar o seu líder, Megatron, congelado pelo governo norte-americano desde a década de 1930. Para evitar isso, surgem os bonzinhos Autobots. Eles se unem ao garoto Sam (Josh Duhamel), tímido e apaixonado pela bela Mikaela (Megan Fox). As cenas em que o estudante começa a se envolver "emocionalmente" com o carro são hilárias. Na segunda parte, apesar da presença do ótimo John Turturro, promessa dos anos 1990 e revelado no clássico Faça a Coisa Certa, e que vinha sendo sub-aproveitado ultimamente. Ele é o funcionário mala do governo, que se acha mais importante do que é. Porém, apesar de encher os olhos e serem fantasticamente filmadas, as cenas de batalhas no meio das ruas de Los Angeles cansam um pouco de tão repetitivas. Mas isso nã o importa, é adrenalina pura. Só que, evidente, o filme é extremamente militarista e as inserções de merchandising extrapolam o nível de tolerância. E algumas cenas são descaradamente copiadas de O Exterminador do Futuro. Mas tudo isso não desmerece Tranformers. A pergunta que fica: tá, é um bom filme, e uma segunda parte virá, mas o fôlego será o mesmo?

Um comentário:

Guilherme Póvoas disse...

Aí eu fico na dúvida. O que é melhor: vero filme ou a emoção de ter brincado com os carros-monstro dos transformers...