Os filmes protagonizados pelo argentino Ricardo Darín costumam ser exemplares de bom cinema, vide O Segredo dos Seus Olhos, Abutres, O Clube da Lua e por aí vai. Não podemos esperar o mesmo de A Dançarina e o Ladrão, dirigido por Fernando Trueba, não é ruim, mas não empolga muito. Na história, dois ladrões recém-saídos da prisão no Chile querem mudar suas vidas.
Um deles é o famoso ladrão de bancos Nicolás Vergara Grey (Ricardo Darín), que pretende recuperar a sua família e pagar uma grana que um antigo sócio lhe deve. Já Ángel Santiago (Abel Ayala) pretende dar um grande golpe e deixar a vida miserável. Ele tenta convencer, a todo custo, que Vergara se una a ele. E seu objetivo vira quase obsessão ao conhecer e se apaixonar pela bela bailarina Victoria (Miranda Bodenhofer), que é muda por causa de um trauma.
Sim, a trama transcorre nos anos 1990, quando o governo chileno concedeu anistia a vários presos comuns. Pouco antes acabara a ditadura de 17 anos de Pinochet. E Victoria teve os pais mortos pelos agentes repressores, fechando-se em seu mundo particular. A dança é seu modo de expressão. E ela vive na escola de dança da professora Danza (uma bela participação da veterana dançarina brasileira Marcia Haydée).
O problema de A Dançarina e o Ladrão é a atuação exagerada e caricata de Abel Ayala, que acaba estrangando belas cenas. O filme tem seu lirismo, como o passeio a cavalo do casal protagonista pelas ruas de Santiago do Chile. E o realismo também é deixado de lado, ao misturar o passado e o presente, através de máquinas de escrever, celulares de última geração e carros dos anos 2000.
Cotação: regular
Chico Izidro
quinta-feira, abril 19, 2012
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