O filme “Renoir”, do diretor Gilles Bourdos, insere-se naquelas cinebiografias nada didáticas. Nada de nasceu, cresceu e morreu. A opção, aqui, foi o de detalhar determinado período na vida do artista francês, mais precisamente naquele que compreende a Primeira Guerra Mundial, quando Pierre-Auguste Renoir encontrou a musa perfeita para pintar suas obras de arte, e se vê obrigado a disputá-la com o filho, Jean Renoir, soldado que recuperava-se em casa, após ter sido ferido no conflito, e que tem planos diferente para sua vida após a guerra, trabalhar com cinema, visto até então como uma arte menor.
A musa, Andrée, é interpretada pela bela Christa Theret, vista anteriormente em "O Corte", de Costa-Gravas. Na trama ela vai mexer com a frieza do pintor, vivido por Michel Bouquet, e com o filho deste, Jean (Vincent Rottiers), que nos anos seguintes viria a se tornar o grande cineasta Jean Renoir, autor de obras magistrais como "A Grande Ilusão" e "A Regra do Jogo". Andrée tem o corpo perfeito, provoca a ciumeira das antigas modelos de Pierre-Auguste Renoir, mas sabe que pode se tornar mais uma na galeria do artista, se aceitar comodamente as manias dele.
"Renoir" é um filme de arte, e se porta como tal. Nada de exageros, com atuações contidas, e esmerada reconstituição de época. Estamos no belo interior da França da década de 1910, tão longe e tão perto da Grande Guerra. Dá vontade de voltar no tempo.
Cotação: ótimo
Chico Izidro
quinta-feira, agosto 08, 2013
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