Um filme em que quase nada acontece em seus primeiros 60 minutos: "Quando Eu Era Vivo", direção de Marco Dutra, é considerado terror psicológico. Mas o que menos vemos são sustos. Aliás, eles inexistem. Mas existe uma tensão crescente em saber qual será o destino do personagem principal, Júnior (Marat Descartes), que após uma separação dolorosa, volta a morar com o pai, Zé (Antônio Fagundes), no antigo apartamento da família, no centro de São Paulo. Porém, ao chegar lá encontra seu quarto de infância ocupado por uma estudante de música, Bruna (Sandy Leah, ela mesma, a cantora).
Aos poucos, Júnior vai fuçando nas coisas velhas deixadas pela sua falecida mãe, e começa a pirar. Sua atitude passa a incomodar profundamente seu pai, que começa a desejar que ele caia fora. Marat Descartes tem a cara ideal para representar um cara que vai enlouquecendo pouco a pouco com as lembranças do passado, e Sandy não se sai mal como a jovem ocupante do quarto de xcxxx. Mas claro que ela não poderia passar em branco, e deixar de mostrar seus dotes musicais. Antônio Fagundes, por sua vez, tira de letra no papel de um aposentado incomodado com a presença de alguém que traz o passado que ele pretende esquecer, vir à tona.
Pena que o filme não chegue a lugar nenhum, depois de tanto mistério e expectativa pelos sustos, que nunca chegam. O filme é baseado no livro " A Arte de Produzir Efeito sem Causa", de Lourenço Mutarelli, que faz breve aparição como um motorista de táxi.
Cotação: regular
Chico Izidro
quinta-feira, fevereiro 13, 2014
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