quarta-feira, novembro 02, 2016
"A Luz Entre Oceanos" (The Light Between Oceans)
O filme começa contemplativo, lembrando aquelas belas produções dos anos 1950 e 1960, onde não havia pressa em suas cenas, em como contar uma história. Estamos em "A Luz Entre Oceanos" (The Light Between Oceans), dirigido por Derek Cianfrance, onde seguimos a trajetória do ex-soldado da I Guerra Mundial Tom Sherbourne (Michael Fassbender). Abalado pelos quatro anos tentando sobreviver ao conflito, ele decide se afastar do mundo, aceitando um emprego como faroleiro numa ilha afastada da Austrália. Mas antes de começar o trabalho, ele conhece a jovem Isabel Graysmark (Alicia Vikander).
Os dois iniciam uma correspondência e depois de algum tempo, decidem casar, com Isabel indo morar na ilha com Tom. Aos poucos, a garota vai fazendo com que ele vá reencontrando o gosto pela vida. E decidem ser pais. Porém Isabel tem problemas e perde dois bebês durante a gestação ao longo dos anos. Quando estão desistindo, encontram numa manhã um bebê e um homem num barco que estava à deriva.
O homem está morto, mas a criança é saudável e bela. Só que por obrigação, Tom tem de avisar as autoridades. Só que ele acaba aceitando os argumentos da esposa de que podem manter a posse da criança em segredo, afinal ninguém desconfiará, já que ela estava grávida. O problema é que Tom nunca conseguirá dormir tranquilo com a decisão.
E isso vai acarretar futuras incomodações. E é quando o filme perde o brilho. De uma obra romântica e reflexiva, acaba se transformando num dramalhão. Ainda mais quando aparece a figura da mãe do bebê, interpretada por Rachel Weisz.
Mas ressalta-se o ótimo trabalho de Fassbender, que apresenta uma entrega emocional excepcional. "A Luz Entre Oceanos" tinha tudo para ser um grande filme sobre o amor, mas no final das contas, acaba sendo apenas regular.
Duração: 2h13min
Cotação: regular
Chico Izidro
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