quinta-feira, março 28, 2019

"Um Ato de Esperança" (The Children Act)



Não gosto de religião, e muito menos de fanatismo religioso. Aí quando assisto a um filme como “Um Ato de Esperança” (The Children Act), dirigido por Richard Eyre (“Notas Sobre um Escândalo”), me incomodo ainda mais sobre esta coisa de seguir regras estúpidas, que muitas vezes nem estão registradas naquele livro de ficção chamado de biblia.

No caso deste filme, se discute a intransigência das pessoas que fazem parte das Testemunhas de Jeová. Um garoto de 16 anos, Adam Henry (Fionn Whitehead, de “Dunkirk”), sofre de leucemia, um câncer que afeta a produção comum das células sanguíneas, e terá mais chances de melhorar e combater a doença se for submetido a transfusões de sangue. Não haveria impasse algum, não fossem ele e seus pais Testemunhas de Jeová, religião na qual os praticantes consideram proibida a mistura de sangue. Quem o faz geralmente vira um pária - e como diz um dos advogados do hospital que pretende fazer a transfusão: "Como assim a bíblia rejeita isso, pois na época em que ela foi escrita nem se sabia nada sobre transfusão de sangue?". Mas vai querer coerência desta gente?

Então cabe a juiza Fiona Maye (Emma Thompson), que trabalha sempre em casos delicados, lidar com a situação. Mas a vida dela não está nada agradável no momento em que surge o caso de Adam - seu casamento de mais de duas décadas com Jack Maye (Stanley Tucci) está em crise, sendo que ele apareceu com uma proposta de abrir o relacionamento, pois deseja dormir com outras mulheres. Pois bem, não vou contar aqui o que se sucede. Mas a vida de Fiona e Adam acabam se ligando, e o jovem passa a ser um estorvo para a juíza, que não sabe como mantê-lo longe.

"Um Ato de Esperança" é eficaz em discutir vários temas impactantes. E tem mais uma atuação impecável de Emma Thompson, que com o tempo ficou mais bonita.

Duração: 1h45
Cotação: ótimo

Chico Izidro

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