"Barbie", dirigido por Greta Gerwig e roteiro dela com seu companheiro Noah Baumbach, é um filme live-action da boneca mais famosa e vendida do mundo, criada em 1959 nos Estados Unidos. E elas, em todas as suas versões (magras, gordas, loiras, morenas, negras) vivem em um mundo mágico, a Barbieland, todo cor de rosa, em perfeita harmonia. As únicas preocupações das bonecas é o que vestir e curtir intermináveis festas.
Até que uma delas, vivida por Margot Robbie, começa a ter dúvidas sobre a sua existência e questiona até a morte. Ela é a Barbie estereotipada, ou seja, aquela criada para estar sempre linda, loira, magra, sem rugas, sem celulites, está mudando. A boneca já vinha ignorando quase por completo o namorado Ken (Ryan Gosling), e decide encontrar um sentido para a sua vida, deixando a Barbieland e escapando para o mundo real. Mas ao sair, Ken acaba seguindo a boneca, se escondendo no carro conversível dela, e isso vai gerar uma espécie de efeito borboleta.
No mundo real, Barbie toma conhecimento de uma empresa, a Mattel, que lucra milhões vendendo suas bonecas. O CEO é um personagem de tiradas cômicas (Will Ferrell). E esta Barbie também vai descobrir o porque de terem surgido dúvidas em sua mente - elas são propiciadas pela mãe solteira Gloria (America Ferrara), que fica questionando a sua vida vazia e relembrando quando era uma criança.
Ao retornar para Barbieland, Barbie descobre que o seu mundo mágico está dominado pelos Kens. Quando o Ken vivido por Ryan Gosling seguiu a boneca ao mundo real, tomou conhecimento de um mundo dominado pelos homens, e tenta implantar isso na terra dos bonecos.
"Barbie" é uma grande sátira sobre os papéis de gênero no mundo, flertando com a diversidade. No elenco aparecem todos os tipos de Barbie, inclusive uma cadeirante. A Mattel também entrou na brincadeira, pois embora também patrocine o filme, aceitou ser criticada por seu machismo - embora fabrique bonecas, ela é contolada exclusivamente por homens.
E tanto Margot Robbie quanto Ryan Gosling agradam nos papéis de Barbie e Ken. Ele passa muito carisma, e se destaca ainda nas partes musicais. Enfim, é um filme divertido, e que sim, tem seu espaço para a reflexão.
Cotação: bom
Duração: 1h54min
Chico Izidro
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