sexta-feira, agosto 01, 2025

“O RITUAL” (The Ritual)

Foto: Paris Filmes
“O RITUAL”, DIRIGIDO por David Midell, é mais um filme de exorcismo, e acho que o filão está esgotado. Nada mais vai conseguir superar o genial “O Exorcista”, de 1973.
E outra coisa, apesar de esta nova história trazer em sua descrição como ter sido inspirada em um caso de exorcismo ocorrido no meio-oeste americano em 1928, vamos combinar, né, demônios não existem, são apenas invenções ou delírios da mente humana.
A narrativa gira em torno de Emma (Abigail Cowen), uma jovem que começa a manifestar comportamentos inquietantes. Ela é, então, levada para um convento, onde em meio a freiras, ficará encarcerada, até que a igreja decide pelo exorcismo – e mais um questionamento: por que os demônios sempre decidem possuir corpos femininos? Alguém me disse que os roteiristas consideram serem as mulheres seres mais fracos e por isso, passíveis mais fáceis de possessão.
Os homens chamados para realizarem o exorcismo são os padres Joseph (interpretado por Dan Stevens) e Theophilus (vivido por Al Pacino). Os dois vivendo, simultaneamente, momentos complicados de suas vidas. Um deles questiona a sua fé, enquanto o outro vive lidando com consequências surgidas de um passado conturbado.
A história, de original, não traz nada. E a insistência com fotografia escura, corpos se retorcendo, móveis se deslocando. Acho que deu.
Cotação: ruim
Duração: 1h38
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=kiZl6IiYK7c

quarta-feira, julho 30, 2025

CINCO FILMES DISPUTARÃO A MOSTRA SEDAC IECINE DE LONGAS GAÚCHOS EM GRAMADO

Fotos: Divulgação
“Bicho Monstro", “Passaporte Memória”, “Quando a Gente Menina Cresce”, “Rua do Pescador Nº 6”, e “Uma em Mil” são os filmes selecionados para Mostra Sedac Iecine de Longas Gaúchos do 53º Festival de Cinema de Gramado
A PRODUÇÃO AUDIOVISUAL DO RIO GRANDE DO SUL estará representada no 53º Festival de Cinema de Gramado com mais uma realização da Mostra Sedac Iecine de Longas Gaúchos, realizada pelo evento em parceria com a Secretaria de Estado da Cultura, por meio do Instituto Estadual de Cinema.
Ao todo, cinco títulos disputarão o Kikito, assim como premiações em dinheiro, conforme previsto em regulamento: "Bicho Monstro", de Germano de Oliveira; "Passaporte Memória", de Decio Antunes; "Quando a Gente Menina Cresce", de Neli Mombelli; "Rua do Pescador Nº 6", de Bárbara Paz; e "Uma em Mil", de Jonatas e Tiago Rubert.
Marcado para acontecer entre os dias 13 e 23 de agosto, com abertura oficial no dia 15, o 53º Festival de Cinema de Gramado exibirá os longas-metragens gaúchos selecionados para a Mostra Sedac Iecine entre os dias 18 e 22, sempre às 14h, no Palácio dos Festivais.
Já os vencedores serão conhecidos na sexta-feira, dia 22, durante cerimônia na programação noturna do Palácio dos Festivais. O programador Leonardo Bomfim, a jornalista Mônica Kanitz e a cineasta Sabrina Fidalgo foram os responsáveis pela escolha dos títulos que compõem a mostra.
Primeiro longa-metragem dirigido por Germano de Oliveira, “Bicho Monstro” mostra um vilarejo rural em que a pequena Ana se impressiona com uma peça sobre o misterioso Thiltapes. Ao mesmo tempo, o filme também volta duzentos no tempo, quando um botanista alemão ouve uma história sobre esse mesmo animal. Enquanto lidam com dilemas distintos, ambos perseguem a mesma criatura.
Já “Passaporte Memória” acompanha um emigrante brasileiro que vive em Paris e, após a morte da mãe, retorna à sua cidade natal e se defronta com lembranças da infância durante a ditadura militar no Brasil, repensando sua própria história. Também se trata de uma estreia na direção em longas, no caso, de Decio Antunes, diretor artístico da JogoDeCena Companhia Teatral.
Da cidade de Santa Maria vem “Quando a Gente Menina Cresce”, da documentarista, montadora e produtora cultural Neli Mombelli. No filme, um grupo de meninas vive a transição da infância para adolescência em uma escola pública na periferia do município. Elas têm entre 9 e 12 anos e, ao longo do ano letivo, sentem mudanças no corpo, medos, desejos e vivem a expectativa da chegada da primeira menstruação.
Radiografando acontecimentos recentes do Rio Grande do Sul, “Rua do Pescador Nº 6”, da atriz, diretora e produtora Bárbara Paz, traz para a tela as memórias de vidas marcadas pelas enchentes no Estado. Após a baixa das águas, a equipe do longa saiu em busca de histórias, memórias "após o fim", encontrando, na Rua dos Pescadores nº 6, uma comunidade ribeirinha profundamente afetada.
Representando Canoas, “Uma em Mil” é dirigido por dois irmãos: Jonatas e Tiago Rubert, e o mais jovem tem Síndrome de Down, tema que o documentário explora a partir da ideia de que “uma em mil" são as chances de uma pessoa nascer a síndrome. Juntos, os dois tentam entender por que um deles nunca trocou uma lâmpada na vida e acabam descobrindo o que a invenção do rádio tem a ver com a invenção da escada. “Isso mesmo, este não é um filme normal”, avisam os realizadores.
Para a comissão de seleção, os cinco filmes transitam entre "a fabulação e o mistério", "a própria realização de um filme, "a delicadeza extremamente política", "a urgência de um momento do Rio Grande do Sul" e "momentos históricos distintos colocados em diálogo". Todas as cinco obras são inéditas no Rio Grande do Sul, fazendo sua estreia em solo gaúcho diretamente no Festival de Cinema de Gramado. As sessões da Mostra Sedac Iecine de Longas Gaúchos são abertas ao público, com entrada franca.
Veja Trailer “Quando a Gente Menina Cresce” no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=8JyBOaQGB6k

JÁ ESTÁ ROLANDO A VENDA DE INGRESSOS PARA O 53º FESTIVAL DE GRAMADO

Foto: Cleiton Thiele / Pressphoto
AS ENTRADAS PARA AS SESSÕES NOTURNAS do 53º Festival de Cinema de Gramado já estão disponíveis para venda na plataforma Eleven Tickets.
Ao adquirir os ingressos, os espectadores têm acesso à programação noturna no Palácio dos Festivais, incluindo filmes em competição e entrega de homenagens. Já para as exibições pela parte da manhã e da tarde, a entrada é gratuita.
Neste ano, o Festival de Cinema de Gramado conta mais uma vez com a Imply® ElevenTickets na operação de venda de ingressos e controle de acesso ao Palácio dos Festivais. A parceria oferecerá ainda terminais de autoatendimento equipados com segurança, agilidade e tecnologia de ponta ao longo do evento, maximizando a gestão pré e pós-evento e agilizando os acessos durante os dias de exibições e premiações.
A programação do 53º Festival de Cinema de Gramado, que será realizado entre os dias 13 e 23 de agosto na Serra Gaúcha, com abertura oficial no dia 15, está disponível no site www.festivaldecinemadegramado.com.

TV OVO ESTARÁ PRESENTE EM GRAMADO COM O LONGA “QUANDO A GENTE MENINA CRESCE”

Texto: Nathália Arantes
Foto: TV OVO
O LONGA-METRAGEM “QUANDO A GENTE MENINA CRESCE”, realizado pela TV OVO, está entre os selecionados para o 53° Festival de Cinema de Gramado, que ocorrerá entre os dias 13 e 23 de agosto, na Serra Gaúcha.
O documentário, dirigido por Neli Mombelli, é um dos cinco títulos escolhidos para a Mostra Sedac/Iecine de Longas Gaúchos, que integra a programação do mais tradicional festival de cinema do país.
Com sensibilidade e leveza, “Quando a Gente Menina Cresce” trata de um tema ainda cercado de tabus: a primeira menstruação. O filme acompanhou a transição vivida por meninas entre 9 e 12 anos ao longo de um ano letivo em uma escola pública da periferia de Santa Maria, no centro do Rio Grande do Sul.
"É uma alegria imensa a seleção para o Festival de Gramado. Será a estreia do filme e pretendemos levar as meninas e familiares para o Palácio dos Festivais para assistirem ele pela primeira vez. Será um dia mágico para todos nós, de diferentes formas. Será o dia em que o filme também se encontrará com o público”, comemorou Neli.
Para abordar um tema historicamente invisibilizado, o filme precisou, antes de tudo, construir um ambiente de escuta e confiança. De acordo com a diretora, o processo começou com o fortalecimento dos laços entre a equipe, as meninas e suas famílias.
“Fizemos reuniões com os familiares e com as personagens e seus colegas de turma, fizemos um mês de oficina de audiovisual para que soubessem como tudo funcionava, desde a câmera até a captação do som pelos diferentes tipos de microfones usados.”
Esse cuidado inicial permitiu que as meninas se sentissem à vontade para compartilhar, em conversas espontâneas, seus sentimentos, desejos, medos e as transformações físicas e emocionais que acompanham essa nova fase de descobertas. Elas revelaram aprendizados herdados de suas mães, mas também se mostraram questionadoras, capazes de romper com padrões e quebrar o ciclo geracional.
A proposta do filme também se reflete na equipe que o realizou: a produção é conduzida majoritariamente por mulheres, com presença feminina em frentes como roteiro, direção, direção de produção, som direto, fotografia e produção executiva. Essa composição fortaleceu a construção de um ambiente de confiança e acolhimento, contribuindo para que as meninas se sentissem à vontade diante das câmeras e participassem ativamente do processo. Além disso, a presença de mulheres em diferentes etapas da produção também funcionou como referência para as meninas, ao evidenciar possibilidades de atuação em áreas do audiovisual ainda marcadas pela predominância masculina.
Ao longo de um ano de trabalho, a equipe mergulhou na rotina da escola e na convivência com as meninas, com os educadores da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Professor Sérgio Lopes e com as famílias do Bairro Renascença. Neli destaca que o envolvimento foi intenso e marcado por trocas significativas com o território que acolheu o projeto. O filme, segundo ela, é uma construção coletiva que revela a pureza, a delicadeza e a potência de Alana, Ana Julia, Emilly, Isadora, Taiane e Thaila, que assumem o centro dessa narrativa de escuta, descoberta e afirmação.
“Esse filme é como uma oração para elas e para que todas as meninas possam viver suas infâncias, conhecer e decidir sobre seu próprio corpo, sonhar e ter a possibilidade de ser o que quiserem ser”, disse a diretora.
Quem acompanhou o cotidiano da escola também celebrou a seleção do filme. É o caso da diretora da Emef Sérgio Lopes, Andreia Schorn, que recebeu a notícia com grande emoção. Para ela, o reconhecimento do documentário evidencia a força de um projeto que vai muito além de registrar a vida das estudantes: ele preserva a memória da escola, dos professores e da comunidade. Andreia destaca o papel transformador do cinema, que acolheu a escola que, mesmo com desafios estruturais, é repleta de potência criativa.
“No nosso projeto pedagógico está escrito que a gente é uma escola feminista, uma escola que valoriza a história das mulheres, um lugar onde as meninas são incentivadas a serem quem elas quiserem ser. E esse filme traz um pouco de tudo isso, sabe? Mostra que não é só uma ideia no papel, que a gente trabalha pra que essas meninas realmente se sintam assim”, enfatizou a diretora da escola.
Ela destacou ainda que, mesmo diante das dificuldades e da sobrecarga enfrentada diariamente pelos educadores, a confiança no projeto se manteve firme.
“Todo o nosso envolvimento valeu a pena. Eu pensava que ia valer a pena só por elas se verem ali, mas ver essa história numa tela de cinema mostra que tudo valeu ainda mais. Não era só mais um dia de trabalho, não era só um projeto. Era a certeza de que estamos fazendo o melhor que podemos nas condições que temos, até termos condições melhores para fazer mais”, comentou Andreia.
Ao finalizar, ela reconheceu que o filme permite que as crianças ultrapassem as fronteiras simbólicas e geográficas que cercam suas trajetórias: “A gente escreveu um projeto pra fazer as crianças voarem. E agora elas vão voar, sem pedir licença”, concluiu.
Primeiro longa-metragem
A seleção do documentário também marca um momento histórico para a TV OVO: este é o primeiro longa-metragem do coletivo, que completa 30 anos em 2026. Com quase três décadas de atuação, a TV OVO construiu sua trajetória com foco na formação em audiovisual para jovens e na produção de conteúdos que retratam a vida das comunidades e a memória local. Para Denise Copetti, integrante da TV OVO e produtora executiva do filme, a conquista é resultado direto dessa caminhada: “Toda a trajetória da TV é marcada principalmente pela formação em audiovisual para jovens e pela produção de documentários retratando as comunidades, a vida desses jovens. A TV OVO veio se aprimorando, amadurecendo a forma de contar essas histórias. Estar no Festival de Gramado com nosso primeiro longa é sinal de que esse processo todo está dando frutos maiores, de reconhecimento”, avaliou.
A participação no festival não é inédita. Em 2020, o curta-metragem “Quando te Avisto”, dirigido por Neli Mombelli e Denise Copetti, foi selecionado para a programação. No entanto, por conta da pandemia, a equipe não pôde acompanhar a exibição presencialmente. Agora, com a nova produção selecionada para a Mostra Sedac/Iecine, a presença em Gramado ganha novo significado.
“Eu acho que é um momento muito feliz para a TV OVO e para todo mundo que faz parte dessa produção. A gente tem percebido um amadurecimento nos trabalhos da TV, nos desafios que nos foram propostos nos últimos anos. Acho que temos melhorado muito a forma como contamos essas histórias”, observou Denise.
As produções gaúchas serão exibidas entre os dias 18 e 22 de agosto, sempre às 14h, no Palácio dos Festivais, com entrada franca.
Veja Trailer “Quando a Gente Menina Cresce” no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=8JyBOaQGB6k

domingo, julho 13, 2025

DOCUMENTÁRIO “AMOR E MORTE EM JULIO RENY” TEM ESTREIA NA CCMQ NA PRÓXIMA QUARTA-FEIRA, DIA 16 DE JULHO

Foto: Facebook
NESTA PRÓXIMA QUARTA-FEIRA, 16 DE JULHO, ACONTECE A PREMIÉRE DO DOCUMENTÁRIO “AMOR E MORTE EM JULIO RENY” NA Casa de Cultura Mário Quintana, a partir das 19h, dentro da A Mostra Especial Rock Gaúcho no Cinema. O documentário levou 10 anos para ser concluído, com direção de Fabrício Cantanhede e produzido por Tamires Kareca (fotógrafo oficial desde os anos 1980 de Julio Reny) e Fernanda Etzberger.
“Amor e Morte em Julio Reny” é um documentário biográfico que adentra na intimidade de um músico para tentar descobrir como ele foi moldado como artista e como a sua vida pessoal pode interferir em sua arte.
Apesar de ser um músico referenciado por toda uma geração, Julio Reny sempre viveu às margens do mainstream, em um caminho considerado tortuoso.
Hoje o filme está em carreira em festivais pelo mundo, e recentemente ganhou a Menção Especial do Júri do festival In-Edit, um dos mais importantes eventos de documentários musicais do mundo. Vale destacar que este prêmio nunca havia sido dado para outro filme, pois ele foi criado para poder premiar o filme “Amor e Morte em Julio Reny”, revelando a força que a “ousada” narrativa do filme tem, segundo o próprio júri.
Falando sobre a narrativa e sobre o filme, alguns adjetivos têm sido mencionados como “perturbador”, “áspero”, “dramático”, conforme o jornalista Augusto Diniz, da revista Carta Capital.
E de certo, o filme merece todos esses adjetivos, inclusive porque o seu personagem carrega em sua história de vida diversos problemas e traumas. Entre elas, a morte prematura de sua primeira esposa e a maioria das pessoas de sua família, uma carreira musical de altos e baixos, acusações que poderiam entrar numa esfera criminal, internações em clínicas, e, é claro, a tríade sexo, drogas e Rock & Roll.
O filme é narrado pelo próprio Julio Reny, que se alterna entre depoimentos extremamente sinceros (por vezes até constrangedores), a leitura de textos seus que estão em seu livro “Rádio Cool”, e cenas do seu dia a dia, que revelam a dura vida do artista. Além de um acervo de fotos e VHS inéditos resgatados dos anos 1980, principalmente.
DISCO NOVO
Além disso, Júlio Reny, está lançando o EP "Someliers de Canções" em parceria com o jovem guitar man e compositor Jeff Gomes.
O disco tem 5 músicas inéditas e uma releitura de Ramones, um lançamento da produtooficial.com.br.
Além de Julio e Jeff, a banda se completa com Guilherme Wurch, contrabaixo, Márcio Camboin na bateria e Gabriel PC no sábado e trompete.
Escute Julio Reny - "Mendigo Perfeito" no Spotify: https://open.spotify.com/intl-pt/track/73yL3YoIgdbYTSjlsaJblv

sábado, julho 12, 2025

MOSTRA REÚNE FILMES SOBRE O ROCK GAÚCHO NA CCMQ

Foto: Jupiter maçã, Gross e Cascaes / Carlos Gerbase
MARCANDO O DIA MUNDIAL DO ROCK, QUE SE COMEMORA NESTE DOMINGO, DIA 13, A CINEMATECA PAULO AMORIM, na Casa de Cultura Mario Quintana, preparou uma programação inédita e com sotaque local para marcar a data: “A Mostra Especial Rock Gaúcho no Cinema”, reunindo quatro documentários recentes e dedicados a artistas e/ou bandas do Rio Grande do Sul, todos ainda inéditos nos cinemas de Porto Alegre.
A programação será realizada de 15 a 18 de julho, na Sala Paulo Amorim, sempre às 19h. A safra de filmes oferece um panorama da Cena Musical, recuperando as trajetórias de artistas icônicos como Julio Reny e Júpiter Maçã e Cachorro Grande, que foi registrada pelo diretor pernambucano Lirio Ferreira.
A mostra se encerra com uma reflexão sobre o sucesso a partir da carreira do compositor e baixista Flávio Chaminé.
Todas as sessões terão a presença de representantes dos filmes, incluindo músicos, diretores e/ou produtores, para uma breve conversa com o público. Considerado o Estado mais Roqueiro do Brasil, o RS tem uma longa lista de nomes influentes no gênero desde os anos 1960 e que vem se renovando a cada geração.
A programação:
Terça, dia 15 de julho, às 19h – Sala Paulo Amorim:
“A ÚLTIMA BANDA DE ROCK” (Brasil, 2024, 120min). Documentário de Lírio Ferreira.
Sinopse: O diretor pernambucano Lírio Ferreira decidiu fazer um filme sobre a banda Cachorro Grande e se viu em uma enrascada: no meio do processo, o grupo se desfez, saturado por anos de turnês, gravações e conflitos. Apontada como grande promessa do rock brasileiro, a Cachorro Grande teve uma carreira ascendente até sua dissolução, em 2019, justamente no ano em que comemoraria duas décadas de formação.
Quarta, dia 16 de julho, às 19h – Sala Paulo Amorim
“AMOR E MORTE EM JULIO RENY” (Brasil, 2025, 93mn). Documentário de Fabrício Cantanhede.
Sinopse: Na cena roqueira gaúcha desde os anos 1970, Julio Reny levou a trilogia sexo-drogas-e-Rock’n’Roll a níveis extremos. Entre palcos, cabarés e funerais, o filme narra sua história através de um longo e revelador depoimento do protagonista, que descobriu recentemente que é esquizofrênico e bipolar.
Quinta, dia 17 de julho, às 19h – Sala Paulo Amorim
“ESSÊNCIA INTERIOR / JÚPITER - GROSS – CASCAES” / 1996-1999. (Brasil, 2025, 71min). Documentário de Roberto Panarotto.
Sinopse: Júpiter Maçã lançou seu álbum de estreia, “A Sétima Efervescência”, em 1997. Para acompanhá-lo em shows, chamou os instrumentistas Marcelo Gross (bateria) e Júlio Cascaes (baixo). Por meio de imagens de arquivo e entrevistas inéditas, "Essência Interior" aborda esse período na trajetória do artista. Traz seis músicas inéditas e imagens de clássicos shows que apenas foram falados em livros, como no Garagem Hermética e MAM – Museu de Arte Moderna.
Sexta, dia 18 de julho, às 19h – Sala Paulo Amorim
“O SUCESSO E O ABSTRATO” (Brasil, 2023, 67min). Documentário de Virginia Simone & Matheus Walter.
Sinopse: A partir da trajetória do músico Flávio Chaminé, o filme retrata a cena musical porto-alegrense - especialmente o rock - dos anos 1960 até os 2000. Entre imagens de arquivo e entrevistas com artistas conhecidos, os diretores investigam o que significa fazer sucesso no mundo artístico.
Os ingressos para as sessões custarão R$ 10,00 (preço único), à venda na bilheteria.

quinta-feira, julho 10, 2025

“SUPERMAN”

Foto: Warner Bros.
“SUPERMAN”, DIRIGIDO POR JAMES GUNN, não tem a pretensão de fazer uma releitura do super-herói vindo de Krypton. Mas ao contrário das últimas versões, que mostravam o poderoso herói meio sorumbático e depressivo, tenta impor agora uma imagem mais colorida e alegre.
Na trama, o mundo conhece e admira Superman (David Corenswet), por sua luta contra as injustiças e em defesa dos humanos, não esquecendo que ele é um ser alienígena. Porém, o vilão Lex Luthor (Nicholas Hout), num misto de inveja e paixão, quer de todas as formas, acabar com a reputação do kryptoniano.
E aproveita uma intervenção não-autorizada de Superman a um conflito entre a Borávia, controlada por um ditador maníaco, que tenta invadir Jahanpur, para colocar as ações do herói em dúvida.
O vilão consegue informações de que Superman foi enviado à Terra para não proteger a humanidade, mas sim se tornar um ser supremo, controlador dos fracos seres humanos. E do dia para a noite, tudo o que o super-herói construí vai por água abaixo.
Então, Superman, ajudado por outros heróis da que virá a ser a Liga da Justiça, o Lanterna Verde (Nathan Fillion), Mulher-Gavião (Isabela Merced) e Mister Terrific (Edi Gathegi), além da namorada Lois Lane (Rachel Brosnahan) e o amigo Jimmy Olsen (Skyler Gisondo), vai lutar contra Lex Luthor e seus capangas, alguns deles humanoides. Ele terá de provar que não é o ser maléfico que os humanos passaram a acreditar que ele estava destinado a se tornar.
O maior acerto, sem sombras de dúvidas, é o elenco, que se mostra quase 100% afiado, desde o herói interpretado por David Corenswet. Provavelmente, o ator mais carismático desde o inesquecível e saudoso Christopher Reeve (1952-2004). E ele consegue uma química sensacional com a bela Rachel Brosnahan, do seriado “The Marvelous Mrs. Maisel”. O trio de protagonistas é completado por Nicholas Hout, figurinha carimbada desde “O Grande Garoto”, e que faz um Lex Luthor insano, megalomaníaco e invejoso – pena que a cena do embate final entre o vilão e o Superman ficou deslocada, devido a um discurso estranho e piegas feito pelo kryptoniano.
Ainda vale a pena destacar a presença, até irritante do supercão Krypto, que ajuda Superman em algumas ações. A presença do animal dá uma palinha do que virá, provavelmente, na sequência, com a participação da Supergirl, que aparece rapidamente no filme.
“Superman”, apesar de ser um filme ágil, sem muita perda de tempo com filosofias baratas e roteiro confuso – sim, o público de heróis vindos das histórias em quadrinhos almeja coisas mais simples, coisa perdida com o universo dos filmes dos Vingadores -, apresenta algumas falhas. Mas critica de forma sútil como as fakes news conseguem contaminar as mentes das pessoas de uma forma rápida e fácil.
E a pergunta: como o repórter Clark Kent some do trabalho por uma semana inteira, e ninguém, ninguém pergunta por onde andará o cidadão? E ele não perde o emprego? Como, como?
Cotação: regular
Duração: 2h09
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=ZlgGewGUu-8

quinta-feira, julho 03, 2025

JURASSIC WORLD: RECOMEÇO (Jurassic World: Rebirth)

Foto: Universal Pictures
O MUNDO ESTÁ CANSADO DOS DINOSSAUROS, que viraram figuras carimbadas vivendo ao lado dos humanos desde o filme anterior. Pois agora chega o que é para ser o início de uma nova trilogia, “Jurassic World: Recomeço” (Jurassic World: Rebirth), dirigido por Gareth Edwards ("Rogue One: Uma História Star Wars"), com roteiro assinado por David Koepp, que retorna à franquia após ter escrito o clássico "Jurassic Park" (1993) original e sua continuação, The Lost World: Jurassic Park (1997).
A trama mostra o representante de uma multinacional farmacéutica, Martin Krebs (Rupert Friend), que ao lado do paleontólogo Henry Loomis (Jonathan Bailey), estuda uma droga capaz de revolucionar a medicina cardíaca. Mas o produto só pode ser feito usando o DNA das três dinossauros, que estão isolados na ilha Saint-Hubert, em alguma parte do Caribe. O local, outrora laboratório de uma empresa, foi abandonada às pressas, e os monstros deixados à própria sorte, muitos deles criaturas mutantes, deformadas, depois de experiências falhas.
É então, montada uma equipe com a mercenária Zora Bennett (Scarlett Johansson), o capitão de um barco, Duncan Kincaid (Mahershala Ali) e outros marinheiros. Eles partem para a ilha, mas no meio do caminho trombam com uma família de náufragos, formada pelo pai, duas filhas e o namorado da garota mais velha, que teve o barco afundado por uma criatura marinha – cena fazendo referência ao filme “Moby Dick” (1956). Chegando na ilha, os membros da equipe vão sendo devorados um a um...
Até a cena do naufrágio, “Jurassic World: Recomeço” pega o espectador, com boas cenas de ação e suspense...mas depois, chegando na ilha, os membros da equipe vão sendo devorados um a um...e nada de novo é apresentado. Tudo muito previsível, cenas improváveis e forçadas. É só aquele corre-corre dos personagens fugindo dos enormes monstros.
A ideia era pegar a mesma vibe do filme de 32 anos atrás, com muita correria, suspense e sustos. Porém...falha miseravelmente...mas pelo menos tem a beleza estonteante de Scarlet Johansson. Só que isso não basta...o mundo está cansando dos dinos...
Cotação: ruim
Duração: 2h13
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=M-doRd_FBSs

quarta-feira, junho 25, 2025

“F1”

Foto: Warner Bros.
DIRIGIDO E CO-ESCRITO PELO CINEASTA JOSEPH KOSINSKI, de "Top Gun: Maverick" - Ehren Kruger é o outro roteirista -, “F1” traz para as telonas o mundo da velocidade, tendo sido filmado durante os finais de semana de Grandes Prêmios de Fórmula 1, com cenas nos circuitos durante os intervalos. Pilotos reais, como Lewis Hamilton, que deu consultoria para garantir a autenticidade das cenas de corrida, Fernando Alonso e Max Verstappen, fizeram pequenas pontas.
A trama foca no piloto veterano e rebelde Sonny Hayes (Brad Pitt), que já cinquentão, é convencido por Ruben Cervante (Javier Bardem) a retornar para a Fórmula 1, depois de três décadas, para salvar a equipe, última colocada na competição, e que nunca venceu uma prova. Com mais uma temporada de fracasso, será extinta ao final no campeonato.
Sonny terá de apoiar o jovem piloto Joshua Pearce (Damson Idris), arrogante, mas de futuro promissor, a tentar salvar a escuderia. Só que os dois acabam se confrontando, com o veterano tendo dificuldades de lidar com o novato, que não consegue aceitar alguém mais velho ganhando protagonismo, em detrimento a ele. Aí presente um dos vários clichês do filme, com a velha história de protagonistas que se detestam, mas são obrigados a trabalhar juntos, acabando por criarem uma admiração mútua.
O personagem de Sonny é o estereótipo do veterano rebelde, solitário e esperto, que usa de táticas desonestas para obter sucesso. E Brad Pitt, assim como Idris pilotaram realmente os seus carros durante as filmagens, tornando tudo um teste físico e mental para os dois atores. "É real. Você tem que fazer exercícios para o pescoço. E não estamos nem puxando as forças G que os caras de verdade estão fazendo", afirmou Pitt, de 61 anos.
"É uma loucura", disse Idris. "Às vezes, você dirige a até 180 milhas por hora (290 km por hora). Tenho que dizer as falas em um lugar específico e tenho que me emocionar de uma forma que possa ser traduzida pelos olhos a essas velocidades. Quando você assiste ao filme, sente que está dirigindo como espectador, e essa era a nossa intenção", esclareceu.
Os carros usados no filme eram carros de Fórmula 2, modificados para se parecerem com os verdadeiros carros de corrida do Grande Prêmio.
Porém, o roteiro é repleto de clichês, começando com o antagonismo dos protagonistas, o clima romântico que se cria entre Pitt e a chefe de engenharia da equipe, Kate (Kerry Condon), e a canastrice de Javier Bardem, que é um bom ator, mas que aqui tropeça em suas falas exageradas. E a narração das provas é algo inexistente. Só que “F1” coloca o espectador dentro das pistas, com seu realismo assustador. E antigos pilotos da F-1, como Ayrton Senna, Alan Prost e Michael Schumacher são citados, lembrados como verdadeiros ídolos da categoria.
Cotação: ótimo
Duração: 2h36
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=-jS4778ivqE

“MEGAN 2.0”

Foto: Universal Pictures Brasil
“MEGAN 2.0”, COM DIREÇÃO DE GERARD JOHNSTONE, ocorre dois anos após os incidentes do primeiro filme, onde uma boneca cria vida e sai metendo o louco, matando geral.
Agora, a criadora da boneca, Gemma (Allison Williams), segue criando a sobrinha Cady (Violet McGraw), que se revela uma nerd, assim como a tia. Porém, uma nova ameaça surge no horizonte, pois a robô Amelia (Ivanna Sakhno), que tem a mesma tecnologia de Megan, é usada pelo governo americano em missões no Oriente Médio. Só que o robô acaba criando consciência e se rebela, se tornando uma poderosa arma letal em terras americanas, matando empresários, governantes e militares, mostrando o real perigo da tecnologia IA.
Então Gemma, com seus sócios/ajudantes Tess (Jen Van Epps) e Cole (Brian Jordan Alvarez), tem de reativar Megan, pois ela é a única inteligência robótica capaz de confrontar a nova ameaça.
Feito o resumo, “Megan 2.0” cansa o espectador com apenas dez minutos. É um filme de roteiro ruim, desconexo, com diálogos pavorosos e cenas completamente forçadas e sem sentido. Os personagens, por força do roteiro, se mostram perdidos, sem nenhuma empatia, coerência, nada cativantes...e o vilão é completamente apático. “Megan 2.0” acaba sendo uma obra desnecessária.
Cotação: ruim
Duração: 2h
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=-jS4778ivqE

segunda-feira, junho 23, 2025

DOCUMENTÁRIO “DOUTOR ARAGUAIA” SERÁ EXIBIDO NA TERÇA-FEIRA E NA QUARTA-FEIRA NO YOUTUBE

Foto: Divulgação
O DOCUMENTÁRIO “DOUTOR ARAGUAIA”, produzido no Tocantins e dirigido por Edson Cabral, será exibido na terça-feira, dia 24 de junho, e na quarta-feira, dia 25, no YouTube.
O filme resgata a história de João Carlos Haas Sobrinho, médico morto e cujo corpo desapareceu durante a Ditadura Militar no Brasil. Ele foi eternizado como símbolo de coragem, solidariedade e resistência.
Se estivesse vivo, João Carlos Haas completaria 84 anos no dia 24 de junho e “teria salvo ainda mais vidas”, destacou Sônia Haas, irmã do médico. "Conforme a apuração e as entrevistas feitas para o filme, descobrimos que João pôde, mesmo com recursos precários, cuidar e salvar um número incontável de vidas entre 1964 e 1972. Sua atuação fez com que fosse amado e respeitado pelos camponeses que, além da pobreza, também sofriam diretamente com as arbitrariedades e descaso do regime de exceção", ressaltou.
Nascido em São Leopoldo (RS), João Carlos teve formação jesuíta, brilhou como estudante da UFRGS e foi presidente do centro acadêmico. Após o golpe militar, foi preso por sua liderança estudantil e, ao sair da prisão, iniciou uma trajetória de dedicação à medicina social. Viveu em Porto Franco (MA) e Xambioá (TO), onde salvou centenas de vidas com atendimento gratuito e humanizado bem antes da criação do SUS.
Seu engajamento político se intensificou: participou de treinamentos na China e, com o codinome “Dr. Juca”, atuou como o único médico da Guerrilha do Araguaia. Foi morto em 30 de setembro de 1972 em confronto com o Exército. Seu corpo nunca foi localizado. Em 2019, sua família obteve o reconhecimento oficial do Estado brasileiro como responsável por seu assassinato.
“A amizade com Sônia e Odilon foi um divisor de águas para este projeto. O amor deles pelo João Carlos ajudou a transformar dor em memória e saudade em resistência”, afirmou o diretor Edson Cabral.
Ao longo de 36 meses de produção, a obra reúne depoimentos de pacientes, ex-guerrilheiros, camponeses, amigos, estudiosos e lideranças políticas como José Genoíno, Jussara Cony e Zezinho do Araguaia. Mas é Sônia Maria Haas, irmã de João Carlos, que conduz o fio emocional do documentário. Ela se dedica, há quase cinco décadas, à busca pela verdade sobre o irmão desaparecido e se tornou, junto com seu companheiro Odilon Camargo, grande amiga, colaboradora e inspiração para o diretor do documentário.
A trilha sonora original tem composições interpretadas por artistas do Tocantins. Entre elas, a “Canção das Forças Guerrilheiras do Araguaia”, na voz de Nacha Moretto e Jorge Menares. Igualmente o filme conta com músicas gaúchas, de Raul Ellwanger e arranjo de César Haas.
As gravações do documentário ocorreram em São Leopoldo, Porto Alegre, São Paulo, Porto Franco, Xambioá, Palmas e Salvador, com produção TG Economia Criativa e MZN Filmes.
O documentário “Doutor Araguaia” será exibido no YouTube @TGEconomiaCriativa em 24 e 25 de junho, e os interessados poderão assistir gratuitamente nesses dois dias.
Depois disso, o link ficará como não listado e só poderá ser acessado mediante solicitação à produção pelo e-mail: ecabral.to@gmail.com ou pelo WhatsApp: 63 99946-1414.

sexta-feira, junho 20, 2025

“EXTERMÍNIO: A EVOLUÇÃO” (28 Years Later)

Foto: Sony Pictures
“EXTERMÍNIO: A EVOLUÇÃO” (28 Years Later), dirigido por Danny Boyle, é o terceiro filme da franquia lançada em 2002 – o segundo é de 2007.
Neste novo capítulo, 28 anos depois dos eventos iniciais, o mundo parece ter voltado ao normal, livre do vírus, porém a Grã-Bretanha segue ameaçada com os mortos-vivos, e por isso está isolada, em quarentena. Sobreviventes conseguiram encontrar uma pequena ilha, onde tentam levar uma vida um pouco normal, e que só é acessível através de uma ponte, que sempre some quando chega a maré.
E a trama vai acompanhar o jovem pré-adolescente Spike (Alfie Williams), que como num ritual de passagem, é levado pelo pai, Jamie (Aaron Taylor Johnson, ele mesmo, o famoso Kick Ass) a uma incursão ao continente para um teste de coragem, ou seja, encarar zumbis e matar alguns. E também ver o mundo como ele é lá fora da pequena ilhota.
Depois de alguns sustos, Spike descobre indícios de que uma pessoa que viva no continente, um médico, que vai aparecer quase na parte final do filme, interpretado por Ralph Fiennes (em excelente atuação), pode ajudar a sua mãe, Isla (Jodie Comer, de Killing Eve), que se encontra gravemente enferma. Então, o jovem faz de meta de sua vida levar sua mãe ao suposto curandeiro, em busca da cura para Isla.
Neste ponto, ocorre um furo gritante, pois Isla mal conseguia se manter em pé na ilhota, passando os dias na cama, ardendo em febre, mas no continente caminha sem nenhuma dificuldade, corre dos furiosos e famintos infectados – agora turbinados com o surgimento de alguns maiores, mais rápidos e espertos, conhecidos como alfas – e até mesmo enfrentando os monstros.
“Extermínio: A Evolução” tem muito menos zumbis do que os seus predecessores. Mas nem por isso é muito menos assustador. Pelo contrário, é muito, muito assustador, com o terror presente a cada momento, gerando muita tensão. Afinal, o desconhecido é assustador, o medo do que está lá fora, e você não pode ver. O filme apresenta cenas de muito suspense, de desespero.
E os protagonistas, Aaron Taylor Johnson e Jodie Comer, estão muito bem em cena. Já o garoto Alfie Williams é uma ótima surpresa, carregando toda a carga de uma pessoa que viveu toda a vida sem conhecer um mundo visto por seus pais, antes do apocalipse. A sacada de quando ele encontra um militar sueco, que faz a vigilância da costa inglesa, e que carrega consigo um celular – objeto não utilizado pelos moradores da ilha – e o diálogo na sequência, sobre a foto da namorada do soldado é hilária.
Cotação: ótimo
Duração: 1h55
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=4ojL_0uu2qc

“STELLA: VÍTIMA E CULPADA” (Stella. Ein leben.)

Foto: Mares Filmes
"STELLA: VÍTIMA E CULPADA (Stella. Ein leben.)", do diretor e roteirista Kilian Riedhof ("Sua Última Corrida") é baseado em fatos reais, na vida da judia alemã Stella Kübler-Isaacksohn, retratada no filme como Stella Goldschlag (vivida por Paula Beer). Ela era uma jovem nascida em Berlim nos anos 1920 e que sonhava em ser cantora de jazz (ritmo proibido pelos nazistas por ser música feita por negros). Com a ascensão de Hitler e seus asseclas, os judeus foram perdendo seus direitos na Alemanha do III Reich.
Já nos anos 1940, ela e os familiares entraram na clandestinidade na capital alemã, mas foram capturados em 1943. Submetida a tortura e para impedir a deportação dos familiares para Auschwitz, aceitou o papel de ser uma “Apanhadora”, ou seja, uma colaboradora da Gestapo na caça de judeus conhecidos como Submersos (untergetauchter), e que viviam clandestinamente em Berlim. Stella recebia um salário de 300 marcos para cada judeu delatado e capturado.
Em seu trabalho de delatora, Stella conseguiu fazer mais de 600 prisões de judeus – historiadores dizem que o número pode ser bem maior.
Porém, mesmo com a sua colaboração, os nazistas mataram sua família no campo de concentração Theresienstadt. Depois, deportaram seu marido para Auschwitz. Mas isso não parou Stelle, que para sobreviver, manteve-se colaboradora da Gestapo até março de 1945. No fim da guerra, se escondeu, mas logo foi encontrada pelos soviéticos e presa, cumprindo alguns anos de punição.
Solta, foi julgada novamente pelos seus conterrâneos, mas liberada – poucos colaboradores nazistas foram punidos pela Justiça naquelas primeiras décadas seguintes ao final da guerra. Stella ainda se converteria ao catolicismo, e viraria uma ferrenha antissemita até o final da vida.
Ou seja, por mais que tenha sido mostrada no começo de seu calvário como uma vítima, fazendo o que fez para defender seus familiares, Stella acabaria dando razão à aquelas pessoas que a consideraram uma pessoa maligna. O filme deixa o espectador na dúvida, mas basta fazer uma rápida pesquisa e descobrir que Stella foi um verdadeiro monstro, assim como seus algozes nazistas.
Cotação: ótimo
Duração: 2h01
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=VTH8KHQHQOU

“ELIO”

Foto: Disney
EXISTE VIDA FORA DO PLANETA TERRA? A ANIMAÇÃO “ELIO”, dirigido por pelo trio Madeline Sharafian, Domee Shi e Adrian Molina, tenta responder esta questão.
A trama gira em torno de Elio, um garoto de 11 anos que perdeu os pais e foi morar com a tia Olga, uma militar que sonha em ser astronauta. Mas que com a guarda do menino, vira meta quase impossível. E Elio, que possui uma forte imaginação, mas se sente deslocado no mundo e um fardo para Olga, sonha em ser abduzido por extraterrestres.
O que realmente acaba acontecendo, com Elio sendo transportado para um planeta onde se reúne um conselho intergaláctico. E ele é confundido com o porta-voz da humanidade, mas não desmente o erro dos ETS, porém tem que evitar a eliminação do universo, tratando com um poderoso vilão.
No começo, Elio e sua agitação irritam o espectador. Porém, logo ele passa a cativar o público, em sua jornada interplanetária, onde faráz uma grande amizade, se sentindo pertencendo a um lugar. O filme fala de luto, solidão, pertencimento, redenção. E agradará a crianças e adultos.
Cotação: ótimo
Duração: 1h39
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=YdnU1YMNVWo

quinta-feira, junho 12, 2025

“EROS”

Foto: Fistaile
“EROS” É UM DOCUMENTÁRIO DIRIGIDO POR RACHEL DAISY ELLIS. A diretora brasileira/britânica estabelecida em Recife, Pernambuco, decidiu em sua obra investigar a intimidade vivenciada na maior instituição erótica do Brasil: o motel.
A ideia surgiu quando ela teve uma noite frustrada em um quarto de um motel, e passou a escutar as pessoas das suítes vizinhas e imaginar as histórias por trás dos gemidos e conversas. Depois, escutando depoimentos de frequentadores de motel de vários cantos do país, Ellis convidou alguns deles a se filmarem durante uma das suas noites.
O resultado é uma costura de experiências e visões que, por mais distintas que sejam, compartilham entre si olhares profundos sobre as relações de intimidade e afeto.
A intimidade que “Eros” registra não se resume a sexo: há prazer e fantasias sim, mas há também amor, solidão, liberdade, confiança e introspecção. Quer dizer, entre as quatro paredes de um quarto de motel, existe uma vulnerabilidade reveladora muito rica – não só para entender os indivíduos retratados, mas a própria relação do Brasil com estes estabelecimentos tão tradicionais.
“Quando vi as primeiras filmagens dos personagens, fiquei impressionada com a intimidade compartilhada”, recordou a cineasta. “Tinha algo mágico ali, entre o exibicionismo e a partilha íntima, que foi muito especial. Os momentos capturados antes e depois do sexo, onde a intimidade se constrói eram fascinantes”, completou.
O autorregistro se mostrou uma linguagem interessante também do ponto de vista estético: as imagens mudavam não só conforme o aparelho usado para registrá-las, como também pela própria individualidade das personagens. Com a câmera na mão, viravam diretores e gravavam sua experiência como bem entendessem. “Me interessava pensar também até que ponto as pessoas usariam o palco da suíte do motel como espaço de performance de suas histórias e reflexões e como seria a mistura de performance e registro de observação”, explicou Ellis.
Todas as filmagens foram realizadas com os celulares das próprias personagens que foram convidadas a se filmar durante uma estadia, numa suíte de sua escolha. “Escolhi o dispositivo do auto registro como maneira de adentrar a intimidade e explorar a auto-representação. O filme acabou sendo um mergulho nas relações íntimas, a liberdade sexual, o refúgio, a relação corpo-espaço, a auto-representação, a performance, o amor romântico e a solidão.”
“Eles (os motéis) são um prisma das normas e das práticas sexuais e emocionais do país e evidenciam a maneira como as pessoas percebem, perpetuam e desafiam os estereótipos e (pre)conceitos sobre sexo, sexualidade e gênero”, explicou Ellis. “Eles estão associados à transgressão erótica, mas também ao amor romântico. Contribuem para a maneira como as pessoas se relacionam com o amor, a intimidade, a sexualidade e o corpo, mas também revelam algo da nossa relação com o consumo, o gênero e a estética. O motel representa tudo isso”, finalizou.
Cotação: ótimo
Duração: 1h48
Trailer: https://drive.google.com/file/d/1mTRnMSoR-IdDKRhf9SH4ZNvMEOdTcfzm/view

“PRÉDIO VAZIO”

Foto: Retrato Filmes
“PRÉDIO VAZIO”, sétimo longa-metragem de terror do cineasta capixaba Rodrigo Aragão, explora o terror em ambiente urbano, inspirando-se no estilo psicológico dos filmes de horror japoneses para retratar um prédio na cidade litorânea de Guarapari como um local misterioso e mal-assombrado.
Na história, o Edifício Magdalena, na Praia do Morro, tem um visual decadente, parecendo estar abandonado há muitos anos. Ele, porém, é habitado por um casal de idosos – e após a morte deles, fica no prédio apenas a zeladora Dora (Gilda Nomacce), e o local passa a receber apenas turistas temporários durante o carnaval.
E depois do feriado, fica no edifício somente uma turista, Marina (Rejane Arruda), que permaneceu para se recuperar de agressões e traições praticadas pelo namorado, recebendo apoio de Dora. Porém, a turista não manda mais notícias para a filha, Luna, que preocupada com a mãe, viaja com o namorado, de Belo Horizonte para Guarapari em busca de Marina.
Ao chegar no edifício, descobre que o lugar é um lugar misterioso, repleto de espíritos atormentados e que Dora é muito mais do que uma simples zeladora.
E diferente das obras anteriores de Aragão, ambientadas em zonas rurais ou áreas isoladas, como a vila de pescadores de “Mangue negro”, o interior capixaba de “A noite do chupacabras” e “Mar negro”, a floresta de “Mata negra” ou a necrópole de “O cemitério das almas perdidas” –, “Prédio vazio” se passa na Praia do Morro, um bairro urbano de Guarapari.
"Prédio Vazio é minha tentativa de levar o espírito de Dario Argento para o litoral ensolarado de Guarapari”, disse o diretor, que foi considerado por José Mojica Marins, o Zé do Caixão (1936-2020) o seu herdeiro direto.
“Prédio Vazio” é divertido, misterioso, com algumas tiradas de humor, e repleto de sangue e fantasmas, sendo que os efeitos especiais foram feitos artesanalmente pelo próprio Aragão. Enfim, é uma obra autêntica, coisa de guerrilha mesmo, por isso admirável.

Cotação: bom
Duração: 1h20
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=MB6K4dI0tEg

“COMO TREINAR SEU DRAGÃO” (How to Train Your Dragon)

Foto: Universal Filmes
“COMO TREINAR SEU DRAGÃO” (How to Train Your Dragon) chega agora em versão live-action, dirigido por Dean Deblois. Esta adaptação é vista como fiel à história original, da animação lançada em 2010.
A trama é centrada no adolescente viking Soluço (Mason Thames, de O Telefone Preto), que vive na Ilha de Berk e é filho do chefe do local, Stoico (Gerard Butler). E os habitantes sofrem com ataques frequentes de dragões, por isso são treinados desde para combater os animais. Porém, Soluço não leva jeito nenhum para lutar com os dragões, sendo motivo de chacota para os moradores da aldeia.
A vida do garoto, no entanto, muda quando após um novo ataque à ilha, ele consegue capturar uma das criaturas conhecida como Fúria da Noite e a batiza de Banguela. Os dois desenvolvem, após driblarem as desconfianças iniciais, uma forte relação de amizade, descobrindo que pode haver harmonia entre humanos e animais.
O diretor do remake é o canadense Dean DeBlois, que também escreveu e dirigiu os três primeiros filmes de animação da franquia. O protagonista do filme, no papel de Soluço, é Mason Thames, de apenas 17 anos, apresentando um ótimo trabalho na pele de um garoto inseguro. Já Nico Parker (The Last of Us), faz a destemida garota viking Astrid Hofferson.
No entanto, acho que faltou empatia entre alguns personagens coadjuvantes, como os quatro adolescentes que, ao lado de Soluço e Astrid, tentam se tornar matadores de dragões: Julian Dennison (Perna-de-Peixe Ingerman), Gabriel Howell (Melequento Jorgenson), Bronwyn James (Cabeçaquente Thorston) e Harry Trevaldwyn (Cabeçadura Thorston). Eles não tem nenhuma graça, e conseguem estragar as cenas em que aparecem.
Por sua vez, Gerard Butler está quase irreconhecível no papel de Stoico, embaixo de muita barba e músculos. Ele já havia feito a dublagem do chefe viking nas animações, e consegue na live-action incorporar perfeitamente o personagem ignorante e violento.
O filme erra, no entanto, no roteiro, mostrando de forma errônea e repetitiva, como o jovem Soluço é sempre considerado culpado pelos acontecimentos que acontecem na ilha. Isto é um clichê recorrente no cinema, e irrita profundamente.
Porém, “Como Treinar o Seu Dragão” emociona o espectador em sua versão live-action, assim como na animação. O visual do longa-metragem é sensacional, desde a ilha, as roupas dos vikings – que erra, porém, nos capacetes, pois esses não possuíam chifres, uma invenção do cinema. Os dragões ganham forma por CGI, com eles ficando muito realistas. O trabalho é tão perfeito, mostrando os músculos dos animais se movimentando, as texturas da pele, os olhares dos dragões. Enfim, o remake em live-action consegue, apesar de alguns tropeços, ser encantador.
Cotação: ótimo
Duração: 2h05
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=khMphQy4xCM

quarta-feira, junho 04, 2025

“BAILARINA – DO UNIVERSO DE JOHN WICK” (Ballerina)

Foto: Paris Filmes
“BAILARINA – DO UNIVERSO DE JOHN WICK” (Ballerina), com direção de Len Wiseman, como diz o título nacional, é uma espécie de spin-off da cinessérie protagonizada pelo assassino vivido por Keanu Reeves. E tem no papel principal a bela atriz cubana Ana de Armas, como Eve Macarro, que viu o pai ser assassinado por tentar deixar uma organização criminosa.
Ela acaba sendo adotada por outra organização, a Ruska Roma, e desde pré-adolescente estuda balé e também é treinada para ser uma assassina – e no seu íntimo, sonha em se vingar daqueles que mataram o seu pai.
A trama de “Bailarina” ocorre entre os eventos de “John Wick 3: Parabellum (2019)” e antes de “John Wick 4: Baba Yaga (2023)”, quando o herói acaba morrendo. Eve e John quase se cruzam pela primeira vez quando o assassino vai à sede da Ruska Roma, para conseguir uma ajuda para sair de Nova Iorque, depois que um prêmio milionário por sua cabeça é disparado – ele se torna a mira alvo dos maiores criminosos do mundo.
O filme ainda traz outros personagens do universo John Wick, como Winston (Ian McShane), o gerente do hotel que abriga assassinos e o recepcionista Charon (Lance Reddick, que faleceu logo depois das filmagens).
O filme é repleto de ação, com muitos tiros, explosões, sangue, assim como os longas-metragens protagonizados por Keanu Reeves. Porém, o roteiro não traz nenhuma surpresa, e até abusa da inteligência do espectador, tal a quantidade de cenas absurdas e irreais mostradas a cada minuto (não que os quatro filmes que o antecederam estivessem livres dos exageros).
Ana de Armas, atual namorada de Tom Cruise, se sai bem no papel da assassina vingativa, mostrando agilidade em algumas cenas – em algumas é visível o uso de dublê. Se a gente não exigir muito, dá para curtir as bobagens mostradas na tela.
Cotação: regular
Duração: 2h05
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=EU1w96zPaFw

“OH, CANADÁ”

Foto: California Filmes
“OH CANADÁ”, DIRIGIDO PELO VETERANO Paul Schrader, é baseado no livro Foregone, do norte-americano Russell Banks, autor cujas obras inspiraram filmes como “O Doce Amanhã” (1997), de Atom Egoyan, e “Temporada de Caça” (1997), adaptado pelo próprio Schrader.
A história fala sobre tomada de consciência tardia. E foca no documentarista norte-americano Leonard Fife (Richard Gere, excelente), que está muito doente e vendo a morte iminente, decide conceder uma última entrevista, sem qualquer censura, para um ex-aluno, Malcolm (Michael Imperioli).
Ao lado da esposa, Emma (Uma Thurman), ele recebe a equipe de Michael em sua mansão, em Montreal, no Canadá. E então vai respondendo as perguntas e desmontando toda a sua vida, que foi repleta de mentiras e invencionices, para espanto de Emma – ela acreditava saber tudo da vida do marido.
Filho de uma família abastada, Leonard era um privilegiado nos anos 1960, mas mesmo assim, com medo de ser convocado para a Guerra do Vietnã (a história é clara quando relata que jovens ricos conseguiam escapar da convocação). Mesmo assim, Leonard fugiu para o Canadá para evitar ir lutar na Ásia, e também revela como usou, traiu e descartou amigos e familiares ao longo de toda sua vida.
Autor dos roteiros de “Taxi Driver” e “Touro Indomável”, Schrader conta que decidiu filmar “Oh, Canadá” quando descobriu que Russell Banks estava doente (o autor morreu, vítima de um câncer, em janeiro de 2023). “Eu estava considerando outras possibilidades de história para um filme. Aí, percebi que a mortalidade deveria ser o tema. Ainda saudável, Russell tinha pesquisado e escrito um livro sobre morrer, intitulado Foregone. Ele queria chamá-lo de Oh, Canadá, mas havia outro livro com um título parecido, e me perguntou se eu usaria seu título original. Então Foregone virou Oh, Canadá”, lembrou Schrader.
E “Oh, Canadá” é um filmaço, com excelentes atuações, reconstituição de época. E reflexivo. Muito reflexivo.
Cotação: ótimo
Duração: 1h35
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=FAgum-8uyfQ

“AINDA NÃO É AMANHÔ

Foto: Embaúba Filmes
“AINDA NÃO É AMANHÔ, dirigido por Milena Times, é um forte retrato de como sonhos podem ser quebrados por causa de um deslize.
A trama segue a jovem Janaína (Mayara Santos), jovem negra de 18 anos criada pela mãe (Clau Barros) e pela avó (Cláudia Conceição) em um conjunto habitacional da periferia do Recife.
Ela é bolsista em uma faculdade de Direito, e tem como objetivo se tornar a primeira pessoa da família a obter um diploma universitário. Só que seus planos começam a correr riscos ao descobrir que está grávida.
Então Janaína começa a refletir se conseguirá seguir adiante, e até mesmo discutir um assunto que é praticamente tabu no Brasil: o aborto. Afinal, vivemos em uma sociedade conservadora, que acha ter poder sobre o corpo de uma mulher, em um pensamento hipócrita e religioso.
A diretora disse que “pessoas optam pela interrupção voluntária da gravidez em qualquer lugar do mundo, por inúmeras razões, independentemente de ser permitido. As restrições sociais e legais só contribuem para que seja uma prática insegura e desassistida, especialmente para quem tem menos instrução e poder aquisitivo. Boa parte dos efeitos individuais e sociais mais danosos são resultado da própria criminalização, do silêncio, da falta de informação”.
“Ainda Não É Amanhã” ganhou o prêmio de melhor direção para Milena Times e melhor atriz para Mayara Santos na mostra Sob o Céu Nordestino do Fest Aruanda, e melhor atriz na mostra Novos Rumos no Festival do Rio.
Cotação: ótimo
Duração: 77 min
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=F1t-J8SUNZ4

“VENCER OU MORRER” (Vaincre ou Mourir)

Foto: Kolbe Arte
“VENCER OU MORRER” (Vaincre ou Mourir), direção de Vincent Mottez e Paul Mignot, relata um momento verídico da França pós-revolução de 1789. Camponeses resolveram ir à guerra, depois de se acharem perseguidos pelo novo governo da República instalada após a queda do Rei.
O filme conta a verdadeira história de François de Charette (interpretado por Hugo Becker) e do povo da região da Vendeia, que se revoltou após uma convocação de jovens feita por sorteio, para defender o país, que lutava contra invasores. Um filho de um camponês é morto, e é o estopim que dá início ao movimento de resistência.
Eles, então, procuram o nobre François de Charette (Hugo Becker), que era general da Marinha e não tem mais intenção de lutar novamente — principalmente em batalhas em terra firme, já que estava habituado ao combate no mar -, para liderá-los. Após inicialmente recusar a missão, ele acaba entrando de corpo e alma na luta, motivada muito pela religiosidade dos camponeses, que lutaram sob o símbolo do Sagrado Coração de Jesus. Sob o comando de Charette, os camponeses obtém vitórias inesperadas contra o forte exército francês.
“Vencer ou Morrer” recria aquela época pós Revolução Francesa com muito cuidado aos detalhes. E foi filmado nos próprios locais onde os eventos ocorreram, com excelentes cenas de guerrilha. Mas se pensarmos bem, os camponeses lutavam por algo que era contrário ao interesse deles, como a volta da monarquia, tão nocivo a eles, assim como a religião, impregnada de forma nociva e enganosa.
Mas é impressionante pela reconstituição histórica. Por isso já vale.
Cotação: bom
Duração: 1h40
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=8nEC6nx3yiQ

segunda-feira, junho 02, 2025

CAXIAS DO SUL RECEBE A PARTIR DE HOJE PROJETO QUE LEVA CRIANÇAS AO MUNDO DO CINEMA

Foto: Wagner Woelke
A PARTIR DE HOJE ATÉ O DIA 13 de junho, Caxias do Sul será palco do projeto “Oficina de Cinema no Sul”, realizado pela produtora Conceitoh Filmes. A iniciativa, com aprovação pela Lei Rouanet e apoio de empresas locais, é voltada à formação de jovens talentos no setor audiovisual.
A oficina oferece uma imersão no mundo do cinema para 100 crianças e adolescentes de 7 a 15 anos, estudantes da rede pública municipal da cidade da Serra Gaúcha.
Divididos em turmas nos turnos da manhã e tarde, os participantes terão acesso gratuito a aulas práticas e teóricas, conduzidas por profissionais renomados do audiovisual brasileiro. A proposta da oficina é apresentar, de forma acessível e inspiradora, todas as etapas de uma produção cinematográfica — da criação de roteiros à gravação de dois curtas-metragens.
Entre os nomes confirmados estão o ator Sidney Costa, conhecido por seus trabalhos no SBT, o diretor Jorge Bareto, além do carismático “Stallone do Brasil”, o jovem destaque da Serra Gaúcha, o Youtuber Pedro Pastore, e outros convidados de diferentes regiões do país.
As oficinas serão voltadas especialmente a crianças em situação de vulnerabilidade, ligadas ao Projeto Mão Amiga, do Frei Jaime Bettega, reforçando o compromisso com a inclusão cultural e o desenvolvimento humano por meio da arte.
Mais do que ensinar sobre cinema, a “Oficina de Cinema no Sul” busca despertar sonhos, fomentar novas perspectivas e estimular a criatividade de jovens que, muitas vezes, não têm acesso a esse tipo de experiência.
Veja JORNAL AG NEWS - “Oficina de Cinema no Sul” no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=JhEJrsyzb4A

quarta-feira, maio 28, 2025

“A LENDA DE OCHI” (The Legend Of Ochi)

Foto: Paris Filmes
“A LENDA DE OCHI” (The Legend Of Ochi), direção de Isaiah Saxon, é uma daquelas fábulas ao estilo “ET”, “Lillo & Stitch”, onde uma criança solitária se apega a uma criatura estranha, se identificando.
Mas aqui, ao invés de um ser alienígena, Yuri (Helena Zengel), uma garotinha que vive num vilarejo remoto e isolado na ilha de Carpathia, no Mar Cáspio, se apega a uma criatura das profundezas de uma floresta.
Os moradores da localidade têm uma regra, de que nunca devem sair de casa após a chegada da noite, já que a floresta vizinha a pequena vila é habitat de seres perigosos, conhecidos como Ochi. Eles são vistos como criaturas perigosas e malignas, mais violentas do que lobos e ursos, e constantemente perseguidos e mortos pelos moradores, liderados por Maxim (Williem Dafoe).
Porém, em certa noite, Yuri desobedece as normas e sai à floresta, encontrando um pequeno Ochi, na realidade um filhote abandonado por sua matilha. A partir dali, a menina passa a cuidar da pequena criatura, e aos poucos se afetuando mais a ela.
Yuri, então, conclui que deve devolver o pequeno Ochi aos seus iguais, partindo em uma jornada pelas montanhas e florestas da ilha. Ao mesmo tempo, Maxim, acompanhado por vários garotos, parte atrás da garota, não entendo a missão da qual ela se incumbiu e pensando em exterminar o pequeno monstro.
“A Lenda de Ochi” não é original, mas mostra uma bonita história de amor, carinho, empatia, coragem e a importância de se proteger a natureza. Sim, é um filme fofinho, sensível, que vai agradar a pessoas de todas as idades. Este sim, um pequeno conto de fadas moderno.
Cotação: ótimo
Duração: 1h35
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=jxG6uJgkhaE

“O RITUAL” (The Ritual)

Foto: Paris Filmes “O RITUAL”, DIRIGIDO por David Midell, é mais um filme de exorcismo, e acho que o filão está esgotado. Nada mais vai co...