"Downton Abbey: O Grande Final” (Downton Abbey: The Grand Finale), direção de Simon Curtis, promete ser o último capítulo da série de três filmes, que se seguiram ao seriado de grande sucesso, mostrando os bastidores da vida de uma família nobre da Inglaterra nas primeiras décadas do Século XX.
Neste novo capítulo, que exige do espectador, conhecimento prévio da saga dos nobres Crawley, a trama chega aos anos 1930, pré-Segunda Guerra Mundial, pós falecimento da Condessa Violet (Maggie Smith) e mudanças de comportamento da sociedade.
A conservadora Inglaterra ainda se choca quando uma nobre, no caso Lady Mary (Michelle Dockery) se divorcia do marido, e vira uma espécie de pária social – as pessoas a tratam como uma leprosa, ela é expulsa de uma festa e os vizinhos recusam convite para um jantar no castelo Downton Abbey.
O filme também traz os Crowley enfrentando problemas financeiros, surgidos no Crash da Bolsa de 1929, passando a admitir que devem se livrar de propriedades e diminuir seus gastos. Mas como baixar seus padrões?
E nesta terceira parte, ocorre ainda a passagem do bastão dos servidores do castelo. Muitos se aposentando, e sendo substituídos por funcionários mais novos. E mesmo assim, essas pessoas estavam tão acostumadas a serem servis, que não conseguem deixar de admirar seus patrões, que na realidade são seus exploradores.
“Downton Abbey: O Grande Final” sabe explorar muito bem a magnitude da série que precedeu os longa-metragem. Como disse no começo, porém, para melhor compreensão do que se passa na tela, o espectador tem de ter um conhecimento sobre o seriado, que foi ao ar entre 2010 e 2015. Ela mostra uma crítica suave sobre o esplendor da nobreza britânica, que vivia muito de aparência e exploração do proletariado – que, acostumado a servir, não conseguia deixar de admirar aquela gente que se considerava superior, por causa da lenda do “sangue azul”.
Cotação: bom
Duração: 2h05
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=gKcGHyuCVjE
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