O escritor inglês John Le Carré é um dos maiores best-sellers da literatura de espionagem no mundo em todos os tempos. Já teve transposto para o cinema obras como O Espião Que Saiu do Frio, O Alfaiate do Panamá e A Casa da Rússia, entre outros. Suas histórias são intrincadas. E o filme O Espião Que Sabia Demais, direção do sueco Tomas Alfredson, não foge da paternidade. Simplesmente é proibido piscar, pois se isso acontecer, já era o entendimento da trama, que traz o alter-ego de Le Carré, o espião George Smiley (vivido por Gary Oldman sob uma forte maquiagem que o envelheceu mais de 15 anos). Oldman, aliás, após muito tempo deixa de interpretar personagens psicóticos e careteiros. Seu Smiley é um cara tranquilo, observador. E retirado da aposentadoria para tentar desmarcarar um traidor infiltrado no Serviço Secreto Inglês. O agente duplo, e são quatro os suspeitos, vem há anos destruindo com as missões inglesas na Europa em plena Guerra Fria. A história passa-se nos anos 1970, e começa em Budapeste, com a morte de um espião inglês, passando por Istambul, e claro a Londres. Tudo numa reconstituição de época surpreendente. O Espião Que Sabia Demais, porém, peca no excesso de cortes, que são bruscos. O diretor tenta, afinal, colocar na tela mais de uma dezena de personagens e suas atividades e seus nomes e codinomes. Virou uma verdadeira salada de frutas. Nos livros, tal estilo de trama funciona, pois as obras de Le Carré são verdadeiros calhamaços. No cinema, o tempo é escasso. Seria mais apropriado uma mini-série ou então reduzir o numero de personagens. O elenco é fortíssimo, e muitos acabam sendo sub-aproveitados, contando com, entre outros, Colin Firth, Tom Hardy e John Hurt. Cotação: regular Chico Izidro
quinta-feira, janeiro 12, 2012
O Espião Que Sabia Demais
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