quinta-feira, janeiro 12, 2012

Tomboy

Em 1999, Hillary Swank levou o seu primeiro Oscar ao interpretar a garota que se passava por homem em Meninos Não Choram. Agora, no francês Tomboy, de Céline Sciamma, a atriz-mirim Zoé Héran mostra talento impar ao viver a garota que deseja ser do sexo oposto. Laure e sua família chegam a um novo condomínio, e ela faz amizade com as crianças do local. No entanto, Laure apresenta-se como Michaël. Bom de briga, de futebol e ainda ganha a atenção especial da garota Lisa. Evidente que situações constrangedoras podem estragar o disfarce de Laure. Por exemplo, como urinar quando toda a gurizada faz o mesmo ao lado da quadra de futebol, ou tirar a camisa para jogar no time dos descamisados? E as aulas se aproximam. O que Laure fará quando chegar na classe e a professora chamá-la pelo seu nome de batismo? Outro grande achado de Tomboy, que significa moleca, é a da irmã menor de Laure, a graciosa Jeanne (Malonn Lévana). A menininha de seis anos rouba cada cena em que participa. É hilária a parte em que Jeanne conversa com os pais sobre o novo amigo que fez, Michaël, olhando debochada para a mana mais velha, que acredita terá seu segredo revelado. Ou quando conversa com outra garotinha sobre a expectativa de ir à escola. Tomboy trata com ternura e também com um pouco de crueldade a questão do homossexualismo. E tenta mostrar que as crianças, como se sabe, podem ao mesmo tempo ser adeptas do bullying como igualmente ser tolerantes com seus iguais. Cotação: ótimo Chico Izidro

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