quarta-feira, fevereiro 24, 2016

"Amor em Sampa"



"Amor em Sampa”, direção de Carlos Alberto Ricelli e seu filho Kim Ricelli, é uma amostra de como ainda o cinema nacional não sabe como elaborar um musical. O filme se pretende uma declaração de amor a São Paulo, mostrando cinco histórias paralelas, entremeadas por números musicais, que se mostram completamente constrangedores.

Ricelli interpreta o taxista Cosmo, ex-publicitário, que largou tudo para viver dirigindo pela cidade que tanto ama, e escutando as histórias dos passageiros que atende. Seu par romântico é a interesseira Lara (Miá Mello), personagem completamente insuportável. Cosmo é até o personagem mais tragável. O restante é formado por uma horda de estereótipos, desde a empresária desiludida com o amor vivida por Bruna Lombardi, que aproveita suas passagens para mostrar sua boa forma, aos 63 anos de idade.

Já Rodrigo Lombardi interpreta Mauro, um publicitário que pretende lançar uma campanha mostrando o melhor dos paulistanos, ao mesmo tempo que se apaixona pela traumatizada Tutti (Mariana Lima). Mas se estereótipos têm nome neste filme, eles são apresentados nas figuras do casal gay formado por Raduan e Ravid (Tiago Abravanel e Marcello Airoldi), que escondem a relação dos colegas e amigos. E que proporcionam um número musical dos mais desastrados de todos os tempos. Não precisava.

A história mais engraçada de "Amor em Sampa" talvez esteja na das duas amigas, Mabel e Carol (Letícia Colin e Bianca Müller), que se envolvem com o diretor de teatro Matheus (Kim Ricelli, péssimo).

O roteiro de "Amor em Sampa", escrito pela Bruna Lombardi recorre a clichês desde o princípio, trazendo atuações ruins, músicas ruins. Nada funciona nesta ode fracassada a maior cidade do país.

Veja o trailer: https://www.youtube.com/watch?v=ES-1xeKQOUs

Duração: 1h43min

Cotação: ruim
Chico Izidro

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