quinta-feira, setembro 01, 2016
"Francofonia - Louvre Sob Ocupação" (Francofonia, le Louvre sous l’Occupation)
Assim como em Arca Russa (2002), Aleksandr Sokúrov realiza, "Francofonia - Louvre Sob Ocupação" (Francofonia, le Louvre sous l’Occupation), uma viagem pela história através da arte. O cineasta russo alia documentário, ficção, teatro, no espírito francês do “Liberdade, Igualmente, Fraternidade“. A trama se foca na ocupação nazista em Paris durante a Segunda Guerra Mundial, tendo como pano de fundo o Museu do Louvre.
Sokurov utiliza gravações de época, destacando imagens da capital francesa em 1940, quando da visita do ditador Adolf Hitler à cidade quando ela foi declarada cidade aberta, para não ser destruída por bombardeios. E vemos a dramatização envolvendo o diretor do Louvre, Jacques Jaujard, diretor do Louvre, e o Conde Wolff-Metternich, general nazista que deveria tomar posse dos milhares de tesouros presentes no museu e enviá-los para o Reich. Mas amante da arte, ele foi figura essencial para que as peças seguissem na França.
A câmera passeia contemplativa pelos corredores do Louvre, mostrando suas pinturas e esculturas. O Hermitage, em São Petesburgo, que havia servido de cenário para Arca Russa (2002), é também lembrando por Sokurov. Uma falha no filme, no entanto, é esquecer a perseguição aos judeus ocorrida em Paris naqueles anos de domínio nazista.
"Francofonia - Louvre Sob Ocupação" (Francofonia, le Louvre sous l’Occupation) não é um filme fácil de ser assistido. Tem um ritmo lento, excesso de narração, imagens congeladas tornam desafiante assistir a Francofonia sem sentir cansaço. Enfim, ele requer concentração, paciência e boa dose de entrega por parte do espectador. Ainda bem que não é uma obra de longa duração.
Duração: 1h24min
Cotação: ótimo
Chico Izidro
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