quinta-feira, setembro 08, 2016

"O Roubo da Taça"



O sumiço da Taça Jules Rimet em 1983 é a inspiração para “O Roubo da Taça”, do diretor Caíto Ortiz. A taça foi dada ao Brasil após a Copa do Mundo de 1970, quando a Seleção Brasileira foi a primeira a se tornar tricampeã do mundo, derrotando no México outro selecionado que também buscava seu terceiro campeonato naquele ano. O troféu foi levado da sede da CBF, no Rio, em 19 de dezembro de 1983. E teria sido derretido pelos ladrões, que não conseguiam vender o objeto.

Nesta comédia de erros, temos o protagonista
Peralta (Paulo Tiefenthaler), que trabalha como vendedor de seguros, mas é um típico malandro carioca, que gasta tudo o que ganha em cassinos clandestinos. Devendo uma grana preta, e com a namorada/esposa Dolores (Taís Araújo) querendo que ele oficialize a união, Peralta decide roubar a réplica da taça junto com o amigo Borracha (Danilo Grangheia), que aceita o convite no ato. A dupla invade a CBD (antiga CBF) no centro do Rio e rouba o caneco.

Mas eles não esperavam é que a taça exposta era a original, com a réplica estava no cofre, uma ideia de girico dos dirigentes da entidade. Assim, o roubo provoca uma grita, e polícia, exército e imprensa querendo descobrir os responsáveis. Peralta e Borracha tentam vender a taça, mas ninguém quer se envolver no esquema.


A escolha dos atores foi perfeita. Tiefenthaler está ótimo como o malandro carioca, que se mete em enrascadas e ao tentar sair delas, se afunda mais ainda. Taís Araújo também vai muito. O elenco ainda conta com o sempre excelente Milhem Cortaz, que interpreta o investigador Cortez. Além disso, o trabalho de direção de arte e fotografia recriam com perfeição o Rio de Janeiro dos anos 1980.

Duração: 1h16min

Cotação: ótimo
Chico Izidro

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