domingo, novembro 06, 2011
O Palhaço
Um palhaço faz os outros caírem na gargalhada. Mas quem faz o palhaço rir? Pangaré passou a vida rodando o "mundo", no caso o interiorzão do Brasl com sua trupe, liderada pelo seu pai, o também palhaço Puro Sangue. E chegou uma hora em que Pangaré começou a se questionar. Afinal, é um palhaço triste. Que deseja ter uma vida normal, com carteira de identidade, traballho regular e algo simples, um ventilador. Que não consegue adquirir, pois o aparelho está acima de suas posses e só pode comprá-lo através do crediário. Só que ele não possui documentos e nem endereço fixo. O jeito é abandonar a vida circense.
Enfim, O Palhaço, segundo filme dirigido por Selton Mello (o primeiro foi Feliz Natal) é uma comédia dramática, que ao mesmo tempo faz rir e chorar. Pangaré é vivido pelo próprio Selton Mello, ele também um ator desde a mais tenra idade. E que ao lado de Wagner Moura, são os dois melhores em atividade no país. Na pele de Puro Sangue está o veteraníssimo Paulo José, lembrando muito para quem foi criança nos anos 1970 de Shazam, da dupla Shazam e Xerife, que interpretava ao lado de Flávio Migliaccio. Mello e José mostram tremenda sintonia. Os coadjuvantes também tem o tempo certo para se destacar. E vale a pena citar as aparições hilárias de três ícones do humor nacional: Jorge Loredo, o famoso Zé Bonitinho, como um chefe piadista de uma loja, Moacyr Franco no papel de um delegado corrupto e Ferrugem como um funcionário público gozador. Os três viveram seus melhores momentos nos anos 1970, época em que transcorre O Palhaço.
Uma frase resume o destino de Pangaré e de todos nós: "O gato bebe leite, o rato come queijo, o palhaço faz rir. Enfim, todo mundo tem de fazer o que lhe é predestinado".
Cotação: ótimo
Chico Izidro
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