quinta-feira, novembro 17, 2011

O Porto



O tema imigração não é novo no cinema francês. E recentemente foi tratado com magnificência em Fora da Lei, que trata de argelinos tendo de começar nova vida na França, e Bem-Vindo, sobre um professor de natação que tenta ensinar um jovem a atravessar a nado o Canal da Mancha.
Em O Porto (Le Havre), o assunto é tratado com delicadeza na história do velho engraxate Marcel Marx (André Wilms). Metódico e silencioso, ele decide ajudar o garoto africano Idrissa, que chegou à cidade de forma ilegal ao lado de outros clandestinos, e é procurado incessantemente pela polícia. Idrissa (o cativante Blondin Miguel) quer chegar em Londres, onde mora sua mãe.
O próprio Marcel é casado com uma estrangeira, mas vinda do leste europeu, Arletty, que cuida dele como se fosse um bebê. Os dois moram num pequeno casebre em uma favela de Le Havre, cidade portuária francesa. E nunca sabemos porque Marcel foi parar naquela situação. Uma pista é dada por um garçom que o expulsa da frente de um restaurante: ele poderia ser um ex-terrorista.
O Porto trata de solidariedade e do combate à xenofobia, tão presente na Europa atual.
Cotação: bom
Chico Izidro

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