quinta-feira, novembro 17, 2011

O Preço do Amanhã



O Preço do Amanhã, de Andrew Niccol, tinha tudo para ser um filmaço de ficção científica. Porém o diretor se perde no meio para o final, tornando-o um filme qualquer, chupando à demasia o clássico Bonnie e Clyde, Uma Rajada de Balas. E olha que ele traz elementos de Fahrenheit 451, Gattica, Soilent Green e Robin Hood.
O tema é interessante. Num futuro não determinado, as pessoas param de envelhecer aos 25 anos. Isso traz o problema da superpopulação. Assim o tempo passa a ser o dinheiro do dia a dia. Exemplo: uma passagem de ônibus custa duas horas. Um café dez horas. Tudo é controlado através de um relógio magnético colocado no antebraço das pessoas ao nascer.
Aos 25 anos, elas morrem. Mas os ricos conseguem tempo suficiente para viver eternamente e sempre com rostos jovens. Já os pobres...bem, os pobres vivem em guetos e aos 25 anos têm a vida terminada.
O jovem operário Will Salas (Justin Timberlake, cada vez a cara de Brian Austin Green, o David de Barrados no Baile), tem apenas 18 horas de vida, quando é presenteado com mais de cem anos por um milionário cansado da vida. Só que ninguém acredita que ele tenha sido recompensado e passa a viver como fugitivo, raptando a ricaça Sylvia Weis (Amanda Seyfried, de Mamma Mia e Garota Infernal e com o pior penteado feminino de 2011). A garota, filha do maior ricaço do planeta, acaba sendo vítima da Síndrome de Estocolmo. Assim, Will e Sylvia se apaixonam e transformam-se num casal que rouba horas dos ricos para dar aos pobres.
Ou seja, o que era uma grande ideia cai no lugar comum de pega-pega, com tiroteios e a tradicional e indefectível perseguição de carros.
Cotação: regular
Chico Izidro

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