“ANORA”, DIREÇÃO DE SEAN BAKER, PODE SER CONSIDERADO UMA comédia romântica de final infeliz? No longa-metragem vemos a jovem Anora (a linda Mikey Madison, de Era Uma Vez em Hollywood), que trabalha como prostituta no Brooklyn, em Nova Iorque.
Descendente de russos, certa noite recebe a incumbência de atender um jovem milionário russo, pois conhece o idioma. E acaba tendo uma grande química com Ivan (Mark Eidelshtein), que passa a procurá-la com frequência. Então, decidem casar em Las Vegas, com Ivan pensando também em não retornar para a Rússia. Ele é o típico garoto mimado, que só pensa em aproveitar a vida, usufruindo da fortuna dos pais.
E ela acreditando ter tirado a sorte grande, podendo deixar sua pequena casa, que fica bem em frente a linha do trem, e o emprego na boate – ele tem 21 anos e Anora, que gosta de ser chamada Ani, 23 anos.
Porém, logo a notícia do casamento dos dois chega ao conhecimento dos pais do garoto. E eles, enquanto embarcam para Nova Iorque, exigem que seus capangas na América procurem o casal, para que eles anulem o matrimônio. Aí que a confusão começa, pois Ivan e Anora não querem se separar. Porém, o jovem foge, deixando a garota sozinha, sofrendo forte pressão dos capangas russos, mas resistindo o quanto pode.
A trama, porém, aos poucos vai perdendo fôlego, com uma cansativa parte onde Anora e os capangas vagam pela noite de Nova Iorque atrás do garoto. Aliás, os personagens russos são mostrados estereotipados, violentos, sem o mínimo respeito pelas leis americanas – em determinado momento, vandalizam uma sorveteria e fica por isso mesmo, ninguém chama a polícia, nem nada.
Cotação: Regular
Duração: 2h19
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=HBsM5-G-Wco
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