quarta-feira, agosto 27, 2025

CLUBE DE CINEMA FAZ SESSÃO DE “MAMÃE FAZ CEM ANOS” NESTE SÁBADO, NO CINE BANCÁRIOS

Fotos: Manga Films
NESTE SÁBADO, DIA 30 DE AGOSTO, o Clube de Cinema de Porto Alegre apresenta, em parceria com o Instituto Cervantes de Porto Alegre, o filme “Mamãe Faz Cem Anos (Mamá cumple 100 años, 1979)”, de Carlos Saura, no Cine Bancários, na Rua General Câmara, 424, no Centro Histórico. A exibição começa às 10h15min, com entrada franca.
A obra dá sequência, em tom irônico e surreal, ao clássico “Ana e os Lobos (1973)”, retomando a personagem Ana (Geraldine Chaplin), que retorna à casa da matriarca prestes a completar um século de vida. Entre reencontros e tensões familiares, Saura constrói uma alegoria sobre a Espanha pós-Franco, marcada por transformações políticas e sociais, mas ainda assombrada pelos fantasmas do autoritarismo e das estruturas conservadoras.
Com uma atmosfera que mistura crítica social, humor ácido e elementos do fantástico, o filme foi indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro em 1980 e permanece como uma das obras-primas da cinematografia de Saura, que dialoga intensamente com a tradição surrealista espanhola.
Mais informações sobre o CCPA e suas atividades podem ser obtidas durante a sessão ou pelos canais oficiais. A entrada é gratuita, sujeita à lotação da sala.
Serviço
Filme: “Mamãe Faz Cem Anos (Mamá cumple 100 años, 1979)”
Direção: Carlos Saura
98 minutos
Legenda em português
Local: Cine Bancários
Endereço: Rua General Câmara, 424, Centro Histórico, Porto Alegre
Data: Sábado, 30 de agosto
Horário: 10h15
Veja o trailer: https://www.youtube.com/watch?v=K49Zo3ms7JI

domingo, agosto 24, 2025

FESTIVAL DE GRAMADO CHEGA AO FINAL COM “CINCO TIPOS DE MEDO” ELEITO O MELHOR FILME

Foto: Xamã e Bella Campos em “Cinco Tipos de Medo” / Divulgação
“CINCO TIPOS DE MEDO” FOI ELEITO o melhor filme da 53ª edição do Festival de Gramado. Com direção Bruno Bini, que levou para casa quatro Kikitos: Melhor Filme, Melhor Roteiro e Melhor Montagem para Bini, além do prêmio de Melhor Ator Coadjuvante para Xamã.
O longa proveniente de Mato Grosso conta a história de cinco vidas que se conectam. Murilo, um jovem músico em luto, que se envolve com Marlene, enfermeira presa a um relacionamento abusivo com um traficante. Suas histórias cruzam as de Luciana, policial movida por vingança, e Ivan, advogado com intenções ocultas.
Laís Melo venceu o prêmio de Melhor Direção por "Nó" (PR), longa que também conquistou o Kikito de Melhor Fotografia (Renata Corrêa) e foi eleito o Melhor Longa-metragem Brasileiro pelo Júri da Crítica. "Papagaios" (RJ), de Douglas Soares conquistou o prêmio de Melhor Longa-metragem Brasileiro pelo Júri Popular e também venceu os Kikitos de Melhor Direção de Arte (Elsa Romero), Melhor Desenho de Som (Bernardo Uzeda, Thiago Sobral e Damião Lopes) e Melhor Ator para Gero Camilo. O Kikito de Melhor Atriz foi para Malu Galli, por "Querido Mundo" (RJ), de Miguel Falabella.
"A Natureza das Coisas Invisíveis" (DF), de Rafaela Camelo, garantiu os prêmios de Melhor Atriz Coadjuvante para Aline Marta Maria e Melhor Trilha Musical para Alekos Vuskovic, além do Prêmio Especial do Júri. Já "Sonhar com Leões" (SP), de Paolo Marinou-Blanco, ganhou uma Menção Honrosa.
Foto: “Lendo o Mundo” venceu o prêmio de Melhor Longa-metragem Documentário / Divulgação
Na Mostra Competitiva de Documentários, o grande vencedor foi o filme “Lendo o Mundo" (RN), de Catherine Murphy e Iris de Oliveira. O documentário acompanha o início dos anos 1960, quando Paulo Freire liderou um projeto experimental no nordeste do Brasil, permitindo que centenas de adultos lessem, escrevessem e votassem. A agitação política levou ao exílio de Freire, durante o qual ele se tornou um ícone global, promovendo a democracia por meio da educação. O longa-metragem "Para Vigo Me Voy!" (RJ), de Lírio Ferreira e Karen Harley, conquistou uma Menção Honrosa.
"Até Onde a Vista Alcança" (SP), de Alice Villela e Hidalgo Romero, e "Os Avós" (AM), de Ana Ligia Pimentel, também foram exibidos na Mostra Competitiva de Documentários.
O 53º Festival de Cinema de Gramado chegou ao fim na noite de sábado, 23 de agosto, depois de movimentar a Serra Gaúcha com 11 dias de evento, que reuniu cineastas, artistas, jornalistas, estudantes e um público estimado em 40 mil pessoas. O maior festival de cinema do Brasil exibiu 74 filmes, entre curtas e longas-metragens, com destaque para as cinco mostras competitivas — longas brasileiros de ficção, documentários, curtas brasileiros, longas gaúchos e curtas gaúchos — além de produções universitárias, títulos fora de competição, pré-estreia de série e sessões especiais. Ao todo foram entregues 52 prêmios, sendo 40 Kikitos.

“PAPAGAIOS” É ELEITO MELHOR FILME PELO JÚRI POPULAR EM GRAMADO

Fotos: Edison Vara e Cleiton Thiele/Ag.Pressphoto
O LONGA-METRAGEM “PAPAGAIOS”, do diretor Douglas Soares, conquistou a escolha do público do 53º Festival de Cinema de Gramado como “Melhor Longa-metragem Brasileiro pelo Júri Popular”, além do protagonista, o ator Gero Camilo, que dá vida a Tunico, o mais famoso “papagaio de pirata” do Rio de Janeiro, como “Melhor Ator”.
O filme ainda venceu os Kikitos - troféus que representam a maior premiação do cinema nacional - de Melhor Direção de Arte, por Elsa Romero, e de Melhor Desenho de Som, por Bernardo Uzeda, Thiago Sobral e Damião Lopes, completando no total quatro categorias.
“Muito feliz com essa premiação que é a resposta do público para o filme e, realmente, nós buscamos fazer uma produção que dialogasse com o espectador. Foi muito legal perceber que ‘Papagaios’ foi bem comentado pelo público e pela crítica no Festival de Gramado. Eu quero agradecer a toda a nossa equipe, pelo empenho e pela brilhante entrega”, comenta o diretor Douglas Soares.
“Papagaios” traz uma sátira social sobre os limites éticos da fama, em um suspense marcado por mistérios e uma pitada de comédia, indagando sobre o que o ser humano está disposto a fazer para aparecer na televisão. O ator Gero Camilo dá vida a Tunico, o mais famoso “papagaio de pirata” do Rio de Janeiro, um grande representante da classe e que sempre está perseguindo repórteres para aparecer na TV, seja em tragédias, velórios de famosos ou nos noticiários. Depois de uma matéria sobre um grave acidente em um parque de diversões da cidade, ele conhece Beto, interpretado por Ruan Aguiar, um jovem misterioso que se torna seu aprendiz. Esse encontro revelará a face oculta da busca pela fama a qualquer custo, em um Brasil com mais de 70 milhões de televisores ligados todos os dias.
“O trabalho com Gero Camilo vem de uma paixão de anos. Ele completa agora 25 anos de cinema e eu sempre quis fazer esse filme com ele, proporcionando também que ele participasse ativamente em uma construção coletiva”, explica o cineasta.
Premiado como o Melhor Ator na 53ª edição do Festival de Cinema de Gramado, Gero Camilo, que participou pela primeira vez do evento, agradeceu o destaque do seu trabalho pelo júri da edição e referiu o seu Kikito para toda a equipe do filme. “Não existe ‘melhor ator’, existem destaques, que são apoiados em um coletivo de trabalhos. O cinema é uma arte coletiva. Eu não sou o melhor, eu sou um destaque, que representa uma voz comunitária, de uma indústria e de uma equipe que busca a sua narrativa e fortalece a cinematografia brasileira. Estou muito feliz com a honraria que recebemos”, comenta o ator.
O Júri Oficial de longas-metragens de ficção da edição de 2025 do Festival de Cinema de Gramado foi composto pelo ator Edson Celulari, pela atriz Isabel Fillardis e pelos cineastas Sergio Rezende, Fernanda Lomba e Petrus Cariry.
Veja Trailer de “Papagaios” no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=n2vT_2QJNwM

sábado, agosto 23, 2025

“QUANDO A GENTE MENINA CRESCE” VENCE A MOSTRA DE LONGAS GAÚCHAS EM GRAMADO

Foto: Longa gaúcho “Quando a Gente Menina Cresce” / Equipe TV OVO
O DOCUMENTÁRIO “Quando a Gente Menina Cresce”, de Neli Mombelli, foi o vencedor do Kikito de Melhor Longa-metragem Gaúcho do 53º Festival de Cinema de Gramado. O filme que também conquistou uma Menção Honrosa para o elenco feminino e o prêmio de Melhor Filme pelo Júri Popular.
A cerimônia de premiação da Mostra SEDAC/Iecine de Longas-metragens Gaúchos e da Mostra Competitiva de Curtas-metragens Brasileiros, no Palácio dos Festivais ocorreu na sexta-feira, dia 22 de agosto, à noite.
O longa mostra um grupo de meninas que vive a transição da infância para adolescência em uma escola pública na periferia de Santa Maria, no Rio Grande do Sul. Elas têm entre 9 e 12 anos e, ao longo do ano letivo, sentem mudanças no corpo, medos, desejos e vivem a expectativa da chegada da primeira menstruação.
O prêmio de Melhor Direção foi para Jonatas e Tiago Rubert, por “Uma em Mil”, dupla que também levou para casa o prêmio de Melhor Roteiro. O longa garantiu ainda o troféu de Melhor Montagem para Joana Bernardes e Thais Fernandes. Já o filme “Passaporte Memória”, de Decio Antunes, arrebatou os dois prêmios de atuação, para Stephane Brodt e Lara Tremouroux; “Bicho Monstro”, de Germano de Oliveira, conquistou os Kikitos de Melhor Fotografia (Bruno Polidoro) e Melhor Direção de Arte para Gabriela Burck. O longa de Bárbara Paz “Rua do Pescador n° 6” venceu os prêmios de Melhor Desenho de Som (Rodrigo Ferrante e André Tadeu), e de Melhor Trilha Musical para Renato Borghetti.
O jornalista e crítico Daniel Fernandes, a atriz e produtora Gabrielle Fleck e a produtora Keyti Souza foram os jurados responsáveis pela escolha dos vencedores da Mostra SEDAC/Iecine de Longas-metragens Gaúchos.
Foto: Curta brasileiro “FrutaFizz” / Divulgação
Na Mostra Competitiva de Curtas-metragens Brasileiros o grande vencedor foi “FrutaFizz”, de Kauan Okuma Bueno. O curta também se qualifica para a 1ª edição do Ibershorts Award 2025, prêmio organizado pelo Festival de Málaga em colaboração com a Festhome que busca fortalecer os laços culturais entre países ibero-americanos, incluindo Portugal e excetuando a Espanha. O curta conta a história de Mauro que, durante uma brecha numa viagem de trabalho ao interior, visita a cidade que marcou sua infância, confrontando memórias distantes que parecem ganhar vida a cada esquina.
O prêmio de Melhor Direção foi para Adriana de Faria, por “Boiuna”, longa que também venceu por Melhor Atriz (Jhanyffer Santos e Naieme) e Melhor Fotografia (Thiago Pelaes). Pedro Sol Victorino ganhou o Kikito de Melhor Ator por “Jacaré”, de Victor Quintanilha. Já “Samba Infinito”, de Leonardo Martinelli, garantiu os troféus de Melhor Filme pelo Júri Popular, Melhor Montagem (Lobo Mauro) e Melhor Direção de Arte para Ananias de Caldas e Brian Thurler. O Kikito de Melhor Roteiro foi para Ítalo Rocha, por “Réquiem para Moïse”, de Caio Barretto Briso e Susanna Lira.
O curta “As Musas”, de Rosa Fernan, venceu o prêmio de Melhor Trilha Musical, e “Jeguatá Xirê”, de Alan Alves-Brito, Ana Moura e Marcelo Freire, venceu Melhor Desenho de Som para Freire. "Aconteceu a Luz da Lua", de Crystom Afronário, garantiu o Prêmio Especial do Júri de Melhor Curta-metragem. E "Quando Eu For Grande", de Mano Cappu, conquistou uma Menção Honrosa de Melhor Curta-metragem. A mostra nacional de curtas-metragens foi avaliada pelo produtor Ailton Franco Jr., pela crítica de cinema Dríade Aguiar e pela atriz Polly Marinho. Doze produções de oito estados diferentes integraram a mostra competitiva.
Foto: A cerimônia de premiação da Mostra SEDAC/Iecine de Longas-metragens Gaúchos / Edison Vara
Veja o trailer de “Quando a Gente Menina Cresce” no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=8JyBOaQGB6k&t=1s

segunda-feira, agosto 18, 2025

MOSTRA INFANTIL PETROBRAS LEVA FILMES NACIONAIS ÀS ESCOLAS DE GRAMADO

Foto: Bruno Wilke
O FESTIVAL DE CINEMA DE GRAMADO, que chega a sua 53ª edição em 2025, conta com mais espaço na programação: Mostra Infantil Petrobras, que faz parte da programação de cinema nos bairros, com entrada gratuita, que leva cultura através do lúdico, a centenas de crianças da rede municipal da cidade. As escolas serão transformadas em cinemas, materializando o conceito de sustentabilidade, gerando impacto social. Entre os dias 18 e 22 de agosto, em dois horários, manhã e tarde, serão apresentadas animações e oficinas que geram reflexões sobre cuidados e responsabilidade com o meio ambiente.
As escolas municipais Henrique Bertoluci Sobrinho, Senador Salgado Filho, Mosés Bezzi, Nossa Senhora Fátima e Maximiliano Hahn estão no circuito do cinema nos bairros e vão receber os títulos dos Curtas Metragens oferecidos pela Petrobras: “PiOinc”, “Teca e Tuti: Uma noite na Biblioteca”, “Tom Tamborim”, “Música das Esferas” e o curta metragem vencedor do Educavídeo e também o longa-metragem “A Arca de Noé”, través da parceria do Festival de Cinema de Gramado com a Globo Filmes. As sessões para os alunos ocorrem em dois horários, às 9h e 14h.
A mostra é realizada em parceria com o Ecocinema, uma produtora de filmes especializada em retratar histórias que geram consciência e mudanças positivas na sociedade. A iniciativa leva cinema a espaços públicos, democratizando o acesso à sétima arte em alinhamento com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU). Anualmente, o Ecocinema realiza atividades em diferentes partes da América Latina e da Espanha, totalizando milhares de oficinas educativas e exibições anualmente, atingindo diretamente quase dois milhões de pessoas.
Em Gramado, serão utilizadas unidades móveis, chamadas de “Naves Solares”, que possuem sistema de energia solar fotovoltaica para a projeção dos filmes. A plataforma Ecocinema é um exemplo prático da utilização de energias renováveis, popularizando o seu conhecimento junto de toda a população.
PROGRAMAÇÃO MOSTRA PETROBRAS
* SEGUNDA FEIRA - 18/08
Ginásio da EMEF Henrique Bertoluci Sobrinho (Rua Antonio Henke, 100 - Casagrande)
14h – Programação
Cinema nos bairros sessão 1
“PiOinc”, de Alex Ribondi e Ricardo Makoto
“Teca e Tuti: Uma Noite na Biblioteca”, de Eduardo Perdido, Tiago MAL e Diego M. Doimo
Oficina Interativa na Nave Solar
* TERÇA FEIRA - 19/08
EMEF Senador Salgado Filho (R. Côrte Real, 235 - Piratini)
9h- Programação
Cinema nos bairros sessão 2
“Celeste”, de Fernando Macedo
“Teca e Tuti: Uma Noite na Biblioteca”, de Eduardo Perdido, Tiago MAL e Diego M. Doimo
Oficina Interativa na Nave Solar
14h- Programação
Cinema nos bairros sessão 3
“PiOinc”, de Alex Ribondi e Ricardo Makoto
“A Arca de Noé”, de Sérgio Machado
Oficina Interativa na Nave Solar
* QUARTA FEIRA - 20/08
Ginásio da EMEF Mosés Bezzi (Rua Altivo Zucoloto, 71 - Várzea Grande)
9h- Programação
Cinema nos bairros sessão 4
“Tom Tamborim”, de Igor Souza e Maria Carolina da Silva
“Teca e Tuti: Uma Noite na Biblioteca”, de Eduardo Perdido, Tiago MAL e Diego M. Doimo
Oficina Interativa na Nave Solar
* QUINTA FEIRA - 21/08
EMEF Nossa Senhora de Fátima (R. Adelino Moschen, 189 - Vila do Sol)
9h- Programação
Cinema nos bairros sessão 5
“Música das Esferas”, de Marco A. R. Alves, Luiz César Arashiro e Fernando Uehara
“A Arca de Noé”, de Sérgio Machado
Oficina Interativa na Nave Solar
14h – Programação
Cinema nos bairros sessão 6
“PiOinc”, de Alex Ribondi e Ricardo Makoto
“Teca e Tuti: Uma Noite na Biblioteca”, de Eduardo Perdido, Tiago MAL e Diego M. Doimo
Oficina Interativa na Nave Solar
* SEXTA FEIRA - 22/08
EMEF Maximiliano Hahn (R. Cerro Largo, 80 - Carniel)
9h- Programação
Cinema nos bairros sessão 7
Filme Curta-Metragem vencedor no EDUCA VÍDEO
“A Arca de Noé”, de Sérgio Machado
Oficina Interativa na Nave Solar
Veja o trailer de “Teca e Tuti: Uma Noite na Biblioteca” no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=86JHWFQhlas

domingo, agosto 17, 2025

QUATRO FILMES FAZEM PARTE DA MOSTRA DO CINEMA FRANCÊS NO FESTIVAL DE GRAMADO

Foto: Palavra Assessoria
A MOSTRA DO CINEMA FRANCÊS NO 53º FESTIVAL DE GRAMADO TERÁ início na quarta-feira, dia 20, com quatro filmes: “Suprêmes”, de Audrey Estrougo; “Cão Danado”, de Jean-Baptiste Durant; “Os Piores”, de Lise Akoka e Romane Gueret; e “O Último Moicano”, de Frédérici Farrucci, este último inédito no Brasil, com lançamento comercial marcado para o dia 21 de agosto. A curadoria da mostra é de Katia Adler, diretora da Jangada e realizadora do Festival de Cinema Brasileiro de Paris.
O primeiro filme da mostra, “Suprêmes”, de Audrey Estrougo, será exibido na quarta-feira (20), às 14h, no Teatro Elisabeth Rosenfeld. O longa se passa nos subúrbios desfavorecidos de Paris, em 1989, quando um grupo de amigos encontra uma maneira de se expressar graças ao movimento hip-hop que acabava de chegar à França. Depois de dançar e fazer grafite, JoeyStarr e Kool Shen começaram a escrever letras de rap mergulhadas na raiva que estava se formando nos subúrbios. Seus ritmos febris e suas letras rebeldes logo cativaram as multidões e entraram em choque com as autoridades.
Em seguida, será exibido “Cão Danado” (‘Chien de la casse’), de Jean-Baptiste Durand. No longa, Dog e Mirales são amigos de infância. Eles vivem em uma pequena aldeia no sul da França e passam a maior parte de seus dias vagando pelas ruas. Para matar o tempo, Mirales desenvolveu o hábito de provocar Dog mais do que o necessário. A amizade deles será abalada pela chegada de uma jovem, Elsa, ao vilarejo, com quem Dog terá um romance. Consumido pelo ciúme, Mirales terá que se livrar de seu passado para poder crescer e encontrar seu lugar.
Na quinta-feira (21), “Os Piores” (‘Les Pires’), de Lise Akoka e Romane Gueret, será exibido na Mostra Cinema Francês, às 14h. No longa, as filmagens de um filme em produção estão prestes a acontecer na Cité Picasso, em Boulogne-sur-Mer, norte da França. Durante a seleção de elenco, quatro adolescentes, Lily, Ryan, Maylis e Jessy, são escolhidos para estrelar o filme. No entanto, todos na vizinhança se questionam por que os "os piores" foram escalados.
“O Último Moicano” (‘Le Mohican’), de Frédéric Farrucci, será exibido na sequência, no Teatro Elisabeth Rosenfeld. Na Córsega, o pastor de cabras Joseph resiste à máfia que quer tomar suas terras. Ao, acidentalmente, matar um mafioso, ele torna-se alvo de uma caçada implacável pela ilha. Sua fuga transforma-o em "O Último Moicano", um símbolo de resistência corsa.
Mostra Cinema Francês
Teatro Elisabeth Rosenfeld - Rua São Pedro, 369
Entrada franca
20/08
14h – “Suprêmes”, de Audrey Estrougo
15h40 - “Cão Danado” (‘Chien de la Casse’), de Jean-Baptiste Durand
21/08
14h - “Os Piores” (‘Les Pires’), de Lise Akoka e Romane Gueret
15h40 - “O Último Moicano” (‘Le Mohican’), de Frédéric Farrucci
Veja o trailer de “O Último Moicano”:

DOCUMENTÁRIO “QUANDO A GENTE MENINA CRESCE” TERÁ EXIBIÇÃO NESTA TERÇA-FEIRA, NO FESTIVAL DE GRAMADO

Texto: Nathália Arantes / TV OVO
Foto: TV OVO
O LONGA METRAGEM "QUANDO A GENTE MENINA CRESCE", realizado pelo coletivo TV OVO e selecionado para o 53° Festival de Cinema de Gramado, tem exibição agendada para esta terça-feira, dia 19, às 14h, no Palácio dos Festivais. O documentário, dirigido por Neli Mombelli, integra a Mostra Sedac/Iecine de Longas Gaúchos, junto com outros quatro filmes.
Com sensibilidade e leveza, a produção audiovisual trata de um tema ainda cercado de tabus: a primeira menstruação. O filme acompanha a transição vivida por meninas entre 9 e 12 anos ao longo de um ano letivo em uma escola pública da periferia de Santa Maria, no centro do Rio Grande do Sul. A seleção do documentário também marca um momento histórico para a TV OVO, pois é o primeiro longa do coletivo, que completa 30 anos em 2026.
"É uma alegria imensa a seleção para o Festival de Gramado. Será a estreia do filme e pretendemos levar as meninas e familiares para o Palácio dos Festivais para assistirem ele pela primeira vez. Será um dia mágico para todos nós, de diferentes formas. Será o dia em que o filme também se encontrará com o público”, comemorou Neli.
Para abordar um tema historicamente invisibilizado, o filme precisou, antes de tudo, construir um ambiente de escuta e confiança. Segundo a diretora, o processo começou com o fortalecimento dos laços entre a equipe, as meninas e suas famílias: “Fizemos reuniões com os familiares e com as personagens e seus colegas de turma, fizemos um mês de oficina de audiovisual para que soubessem como tudo funcionava, desde a câmera até a captação do som pelos diferentes tipos de microfones usados.”
Esse cuidado inicial permitiu que as meninas se sentissem à vontade para compartilhar, em conversas espontâneas, seus sentimentos, desejos, medos e as transformações físicas e emocionais que acompanham essa nova fase de descobertas. Elas revelaram aprendizados herdados de suas mães, mas também se mostraram questionadoras, capazes de romper com padrões e quebrar o ciclo geracional.
A proposta do filme também se reflete na equipe que o realizou: a produção é conduzida majoritariamente por mulheres, com presença feminina em frentes como roteiro, direção, direção de produção, som direto, fotografia e produção executiva. Essa composição fortaleceu a construção de um ambiente de confiança e acolhimento, contribuindo para que as meninas se sentissem à vontade diante das câmeras e participassem ativamente do processo. Além disso, a presença de mulheres em diferentes etapas da produção também funcionou como referência para as meninas, ao evidenciar possibilidades de atuação em áreas do audiovisual ainda marcadas pela predominância masculina.
Ao longo de um ano de trabalho, a equipe mergulhou na rotina da escola e na convivência com as meninas, com os educadores da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Professor Sérgio Lopes e com as famílias do Bairro Renascença. Neli destaca que o envolvimento foi intenso e marcado por trocas significativas com o território que acolheu o projeto. O filme, segundo ela, é uma construção coletiva que revela a pureza, a delicadeza e a potência de Alana, Ana Julia, Emilly, Isadora, Taiane e Thaila, que assumem o centro dessa narrativa de escuta, descoberta e afirmação.
“Esse filme é como uma oração para elas e para que todas as meninas possam viver suas infâncias, conhecer e decidir sobre seu próprio corpo, sonhar e ter a possibilidade de ser o que quiserem ser”, declara a diretora.
Quem acompanha o cotidiano da escola também celebrou a seleção do filme. É o caso da diretora da Emef Sérgio Lopes, Andreia Schorn, que recebeu a notícia com grande emoção. Para ela, o reconhecimento do documentário evidencia a força de um projeto que vai muito além de registrar a vida das estudantes: ele preserva a memória da escola, dos professores e da comunidade. Andreia destaca o papel transformador do cinema, que acolheu a escola que, mesmo com desafios estruturais, é repleta de potência criativa.
“No nosso projeto pedagógico está escrito que a gente é uma escola feminista, uma escola que valoriza a história das mulheres, um lugar onde as meninas são incentivadas a serem quem elas quiserem ser. E esse filme traz um pouco de tudo isso, sabe? Mostra que não é só uma ideia no papel, que a gente trabalha pra que essas meninas realmente se sintam assim”, enfatiza a diretora da escola.
Ela destaca ainda que, mesmo diante das dificuldades e da sobrecarga enfrentada diariamente pelos educadores, a confiança no projeto se manteve firme.
“Todo o nosso envolvimento valeu a pena. Eu pensava que ia valer a pena só por elas se verem ali, mas ver essa história numa tela de cinema mostra que tudo valeu ainda mais. Não era só mais um dia de trabalho, não era só um projeto. Era a certeza de que estamos fazendo o melhor que podemos nas condições que temos, até termos condições melhores para fazer mais”, comenta Andreia emocionada.
Ao concluir, ela reconhece que o filme permite que as crianças ultrapassem as fronteiras simbólicas e geográficas que cercam suas trajetórias: “A gente escreveu um projeto pra fazer as crianças voarem. E agora elas vão voar, sem pedir licença.” Com quase três décadas de atuação, a TV OVO construiu sua trajetória com foco na formação em audiovisual para jovens e na produção de conteúdos que retratam a vida das comunidades e a memória local.
Para Denise Copetti, integrante da TV OVO e produtora executiva do filme, a conquista é resultado direto dessa caminhada: “Toda a trajetória da TV é marcada principalmente pela formação em audiovisual para jovens e pela produção de documentários retratando as comunidades, a vida desses jovens. A TV OVO veio se aprimorando, amadurecendo a forma de contar essas histórias. Estar no Festival de Gramado com nosso primeiro longa é sinal de que esse processo todo está dando frutos maiores, de reconhecimento”, avalia.
A participação no festival não é inédita. Em 2020, o curta-metragem “Quando te Avisto”, dirigido por Neli Mombelli e Denise Copetti, foi selecionado para a programação. No entanto, por conta da pandemia, a equipe não pôde acompanhar a exibição presencialmente. Agora, com a nova produção selecionada para a Mostra Sedac/Iecine, a presença em Gramado ganha novo significado.
“Eu acho que é um momento muito feliz para a TV OVO e para todo mundo que faz parte dessa produção. A gente tem percebido um amadurecimento nos trabalhos da TV, nos desafios que nos foram propostos nos últimos anos. Acho que temos melhorado muito a forma como contamos essas histórias”, completou Denise.
Veja o teaser: https://vimeo.com/1070606482

53º FESTIVAL DE GRAMADO TEVE INÍCIO COM HOMENAGEM A RODRIGO SANTORO

Rodrigo Santoro e Denise Weinberg estrelam “O Último Azul”
Foto: Guilhermo Garza
TEVE INÍCIO NA sexta-feira, 15 de agosto, a abertura oficial do 53º Festival de Cinema de Gramado. A programação oficial foi marcada pela sessão de gala, que teve homenagem a Rodrigo Santoro e a exibição do filme ‘O Último Azul’, de Gabriel Mascaro. Antes, os dois dias anteriores foram dedicados às produções estudantis — com a 1ª Mostra Nacional de Cinema Estudantil Educavídeo, na quarta-feira (13), e a Mostra Educavídeo, na quinta-feira (14).
Mas antes da sessão de gala, no tapete vermelho, o Festival prestou homenagem a Rodrigo Santoro, que recebeu o Troféu Kikito de Cristal em reconhecimento a sua trajetória de destaque no cinema brasileiro e internacional. Ele também eternizou as suas mãos na Calçada da Fama de Gramado. Ainda neste mês, no dia 22, Santoro completará 50 anos e celebrará mais de três décadas de carreira, marcada por trabalhos como “Bicho de Sete Cabeças”, “Abril Despedaçado”, “300”, “Simplesmente Amor”, “Che”, além das séries “Lost” e “Westworld”. O homenageado construiu uma trajetória que transita com naturalidade entre Hollywood e o Brasil, levando o cinema nacional a novas plateias e se firmando como um dos intérpretes mais versáteis de sua geração.
A homenagem foi seguida pela exibição de "O Último Azul", longa dirigido por Gabriel Mascaro e estrelado por Denise Weinberg, Rodrigo Santoro, Adanilo e Miriam Socarrás.
Para marcar a noite de estreia nacional do filme no Brasil, o emblemático tapete vermelho de Gramado teve sua cor substituída pelo azul. Vencedor do Urso de Prata no Festival de Berlim deste ano, o longa também conquistou o Prêmio do Júri Ecumênico e o troféu de Melhor Filme Ibero-americano de Ficção no Festival Internacional de Cine en Guadalajara, onde Weinberg recebeu o prêmio de melhor interpretação. Situado na Amazônia, o longa apresenta um Brasil quase distópico, em que o governo transfere idosos para uma colônia habitacional para “desfrutar” seus últimos anos. A narrativa acompanha Tereza (Weinberg), uma mulher de 77 anos que decide embarcar em uma última jornada antes do exílio compulsório, contando com a presença de Santoro em um papel central. Poético e político, o filme reflete sobre resistência, envelhecimento e laços humanos, em uma viagem que atravessa os rios da região.
E também está disponível no site oficial do evento a Mostra Sedac de Cinema Acessível, apresentada pelo Iecine-RS e que segue no ar até o encerramento do festival, em 23 de agosto. A seleção reúne três longas com recursos de audiodescrição, legendagem e Libras, reforçando o compromisso do festival com a democratização do acesso ao cinema. São histórias diversas e potentes: ‘O Mercado de Notícias’, de Jorge Furtado, propõe uma reflexão sobre ética no jornalismo e a importância da informação de qualidade; ‘Memórias de um Esclerosado’, de Thais Fernandes e Rafael Corrêa, mescla documentário e ficção para narrar, com sensibilidade e humor, o cotidiano de um cartunista que vive com esclerose múltipla; e ‘Chama a Bebel’, de Paulo Nascimento, apresenta ao público adolescente uma trama sobre inclusão, respeito às diferenças, proteção ambiental e combate ao bullying.
Veja o trailer de “O Último Azul”:

quarta-feira, agosto 13, 2025

“OS CARAS MALVADOS 2” (The Bad Guys 2)

Foto: Universal Pictures
“OS CARAS MALVADOS 2” (The Bad Guys 2), é uma animação com direção de Pierre Perifel e Juan Pablo Sans, cuja história transcorre cinco anos após os eventos da primeira parte, que mostrava uma gangue de ladrões formada por um grupo de animais.
Agora, nesta segunda parte, o Sr. Lobo e seus companheiros, uma piranha, um tubarão, uma cobra e uma tarântula, decidiram se tornar honestos, e viver uma vida longe dos crimes. Porém, encontram dificuldades em ser aceitos pela sociedade, devido aos seus passados.
E quando lutam para ganhar a confiança das pessoas, eles são envolvidos em um crime quando um bando de mulheres bandidas os força a fazer um serviço perigoso. A trupe, então, com contrariedade, aceita realizar o que é pra ser um último trabalho fora da lei.
A aventura animada diverte o espectador, seja ele criança ou adulto, através de piadas bem sacadas, personagens simpáticos e divertidos.
Cotação: Bom
Duração: 1h44
Trailer:

“OS ENFORCADOS”

Foto: Paris Filmes
“OS ENFORCADOS” é dirigido por Fernando Coimbra (O Lobo Atrás da Porta, Narcos, Perry Mason), e foca no submundo do crime, dos patrões do jogo do bicho.
A trama tem como protagonistas o casal Valério (Irandhir Santos) e Regina (Leandra Leal, simplesmente deslumbrante), que vivem confortavelmente numa mansão que está constantemente em obras na zona oeste do Rio de Janeiro, graças ao império do jogo do bicho construído pelo pai e pelo tio dele.
Valério, que acredita ter mantido suas mãos limpas, precisa lidar com as pendências de sua família, em um meio que obedece a leis próprias. Incentivado pela ambiciosa mulher, ele tenta uma jogada que ambos consideram infalível. A ideia é dar um golpe no tio, vivido por Stepan Nercessian, e assumir o controle dos negócios do parente. Mas para tanto, o tio deve desaparecer.
Então a trama entra numa vibe de “Fargo”, com as situações se atropelando e se agravando, fazendo com que Valério e Regina se afundem cada vez mais em desconfianças e mentiras.
“‘Os Enforcados’ é, antes de tudo, sobre um casamento”, afirmou o diretor Fernando Coimbra. “O casal sela um pacto e faz um plano de vida que é incapaz de cumprir. Só que esse plano, aqui, se faz a partir de um crime. Um último crime que os levaria em direção à realização dos seus sonhos. Mas a realidade é muito diferente do sonho, e as coisas desandam”, disse.
O cineasta inspirou-se em “Macbeth”, de William Shakespeare, mas quis contar a história pela perspectiva de Lady Macbeth. Em “Os Enforcados”, como na peça, os dois personagens se veem presos em uma escalada de ambição e violência, em uma tragédia à brasileira, com uma boa dose de humor ácido. “O jogo do bicho é um pano de fundo para retratar esse universo corrupto que eles habitam. Mas o filme é construído em cima dos personagens”, diz o diretor. “Ele disseca essas personalidades em todas as suas camadas e explora essa dinâmica de jogo de poder que a grande maioria das relações passionais tem.”
A ideia do filme começou a surgir ainda durante as filmagens de “O Lobo Atrás da Porta”, quando Coimbra passava pela Barra da Tijuca a caminho de locações. “A gente tem um índice de criminalidade gigante, uma desigualdade de renda absurda, mas o audiovisual tende a olhar para o crime na parte baixa da pirâmide: a periferia, o subúrbio, a comunidade. E onde está o dinheiro? Boa parte da nossa elite é extremamente corrupta. São aqueles que se declaram cidadãos de bem, mas na verdade fazem muita coisa ilegal para enriquecer”, lembrou.
Cotação: ótimo
Duração: 2h03
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=doi7yU5YKew

“NO CÉU DA PÁTRIA NESSE INSTANTE”

Foto: Ocean Films
“NO CÉU DA PÁTRIA NESSE INSTANTE” é um documentário dirigido por Sandra Kogut, e gravado ao longo de todo o ano eleitoral de 2022, que teve a vitória de Lula sobre Jair Bolsonaro, então o mandatário desde 2019.
Aquele ano conturbado, apenas dois anos depois do início da pandemia da Covid-19, mostrou uma população angustiada, dividida entre bolsonaristas e esquerdistas.
A narrativa do documentário é construída em meio a um Brasil em ebulição, marcado pela disseminação de fake news, medo do futuro e desconfiança nas instituições.
O filme acompanha de perto os meses turbulentos do período eleitoral que culminaram na invasão do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do STF, no dia 8 de janeiro de 2023. Através do olhar e da vivência de alguns personagens envolvidos no processo das eleições, mergulhamos num Brasil de tensão e expectativa, onde coexistem realidades paralelas, que têm dificuldade de se enxergar mutuamente. Um registro de um momento na história do país onde a democracia esteve seriamente em jogo.
A proposta do documentário é colocar em foco aqueles que geralmente permanecem nos bastidores: cidadãos anônimos, voluntários e trabalhadores do processo eleitoral que fizeram a democracia acontecer em meio à crise. Com personagens espalhados por cidades como Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Curitiba, Belém e Anajás (na Ilha de Marajó), a produção apostou em uma estrutura híbrida de filmagem, utilizando recursos como videoconferências para registrar os depoimentos em tempo real, inclusive durante os acontecimentos de 8 de janeiro.
Para Sandra Kogut, o filme é uma forma de olhar para um passado recente com o distanciamento necessário para compreendê-lo. “Sabia que era um momento importante para nós brasileiros, com tanta coisa séria em jogo. Um dia vamos querer explicar para nossos filhos o que foi esse momento que, às vezes, parecia tão absurdo. Pensava: coitado dos professores de história no futuro”, comenta a diretora.
“Quanto mais o tempo passa e vamos entendendo o perigo que a nossa democracia correu nas últimas eleições, mais rica é a experiência do filme. Ele vai ganhando novas camadas, ganhando mais complexidade. Porque as eleições de 2026 já estão ali na esquina, o assunto já dominou o noticiário, e ao mesmo tempo estamos vivendo os desdobramentos e as consequências da tentativa de golpe nas últimas eleições. O país está de olho. E a experiência do filme nos faz mergulhar nisso tudo de novo. Acho importante poder fazer isso nesse momento.”, completou a diretora.
Cotação: ótimo
Duração: 1h44
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=YJpEs6dctqg

sexta-feira, agosto 08, 2025

“DRÁCULA: UMA HISTÓRIA DE AMOR ETERNO” (Dracula: A Love Tale)

Foto: Paris Filmes
O FRANCÊS LUC BESSON RESOLVEU RECONTAR A HISTÓRIA DO CONDE VLAD em “Drácula: Uma História de Amor Eterno” (Dracula: A Love Tale). A trama fez algumas alterações na história criada por Bram Stocker, lançado em 1897. Ao invés da sombria e nevoenta Londres, a ação ocorre agora em Paris do Século XIX e nada do Professor Van Helsing aqui – agora o caçador de vampiros é o padre interpretado por Christoph Waltz, que está em busca do Conde Drácula (Caleb Landry Jones).
O vampiro não superou a morte de sua amada esposa Elisabeta (Zoë Bleu Sidel) no Século XV, assassinada pelos turcos. Desiludido por ter seguido as regras de deus e se achando traído, ele renunciou ao cristianismo e, amaldiçoado, se transformou em um vampiro, que vaga pelo mundo solitário, mas armando um exército de vampiros.
Até que contrata os serviços do jovem advogado Jonathan Harper (Ewens Abid), cuja esposa, Mina, lembra sua falecida Elisabeta. Então, Drácula decide ir atrás de Mina, pois acredita que ela possa ser a reencarnação de Elisabeta.
A versão de Besson segue alguns passos do livro de Stocker, mas toma muitas liberdades criativas. O que não desmerece o filme, mesmo porque já houve muitas versões da história, que é de terror, mas também de amor infinito.
Porém, o diretor poderia ter mais cuidado na preparação do visual do Conde Drácula. Simplesmente, ele ficou igual ao vampiro interpretado por Gary Oldman em “Dracula de Bram Stocker”, dirigido por Francis Ford Coppola em 1992.
Cotação: bom
Duração: 2h09
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=DJLDHYN5rs8

“A HORA DO MAL” (Weapons)

Foto: Warner Bros.
“A HORA DO MAL” (Weapons) é dirigido e roteirizado por Zach Cregger, em história que remete a duas fábulas, “Peter Pan” e “O Flautista de Hamelin”.
A história começa em uma madrugada de quarta-feira, quando exatamente às 2h17min, 17 crianças saem de suas casas, correndo por livre e espontânea vontade, sem qualquer sinal de violência, muitas flagradas pelas câmeras de vigilância, e nunca mais são vistas. Elas estudam na mesma turma no colégio, e apenas um dos alunos permanece em casa, intacto.
A comunidade passa a procurar respostas para o sumiço das crianças, quem estaria por trás do desaparecimento, teriam sido raptadas, mortas?
Sem encontrar algum sentido, os moradores passam a culpar a jovem professora Justine Gandy (Julia Garner), que se torna o alvo do ódio coletivo. Todas as crianças eram seus alunos, e os pais, certos de que ela é a vilã, insistem em culpá-la, até mesmo a acusando de bruxaria, como se estivessem na Idade Média.
O filme retrata com habilidade a transformação da comunidade, a paranoia que passa a tomar conta dos moradores, que sem respostas, agem irresponsavelmente.
Os destaques ficam por conta das atuações fabulosas de Julia Garner (a Ruth, do seriado Ozark). Sua personagem, mesmo pressionada para ficar em casa para não sofrer agressões, procura entender o que ocorreu, tentando achar pistas para o sumiço das crianças. E Josh Brolin como Archer Graff, um pai arrasado pelo desaparecimento do filho, perde totalmente a noção de realidade, e passa a praticar atos de vandalismo, arriscando provocar algo mais grave. O elenco também conta com Alden Ehrenreich, Austin Abrams, Cary Christopher, Benedict Wong e Amy Madigan, esta simplesmente sensacional, como a tia idosa de um dos personagens.
“A Hora do Mal” é um excepcional filme de terror, explorando medos tanto infantis como adultos. Afinal, toda a criança tem verdadeiro pavor de ser levada por um estranho, enquanto os pais sofrem com a possibilidade de seus filhos desaparecem, sem deixar rastros.
Até mesmo a virada sobrenatural que acontece é muito bem amarrada e apavorante. Para ver e rever.
Cotação: excelente
Duração: 2h08
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=I44Tp3TbtaY

“JUNTOS” (Together)

Foto: Diamond Filmes
“JUNTOS” (Together) é o primeiro longa-metragem do diretor neozelandês Michael Shanks, conhecido pelo curta ‘Rebooted’ (2019), e inspirado em obras de cineastas como de David Cronenberg. A trama traz como protagonistas os produtores do projeto, Alison Brie e Dave Franco (irmão de James Franco), que também são um casal na vida real.
A história é sobre o casal Tim (Dave Franco) e Millie (Alison Brie), que após oito anos juntos, decidem largar a cidade grande e se mudar para um pequeno vilarejo. Ele é um músico frustrado, buscando o sucesso, apesar de já ter passado dos 30 anos, enquanto que Millie é oposto, pois amadureceu, é professora, tem seu carro próprio, emprego fixo.
Mas na pequena cidadezinha, ao fazerem um passeio pela floresta, acabam caindo em uma caverna, ficando ali por quase 24 horas. Ao saírem do buraco, suas vidas começam a ser afetadas drasticamente – algo sobrenatural na caverna invadiu os seus corpos, e o casal começa a sofrer uma transformação. Seus corpos passam a se grudar, mas eles não entendem o que está acontecendo, e começam a ficar à beira da loucura.
“Juntos” une muito bem o terror com momentos de comédia, falando sobre a união de duas pessoas que se amam e se completam – e ajuda o fato de Alison Brie e Dave Franco serem casados na vida real, pois a química é natural.
Cotação: ótimo
Duração: 1h42
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=9DlM58879hs

“A MELHOR MÃE DO MUNDO”

Foto: Galeria Distribuidora
A MELHOR MÃE DO MUNDO, dirigido por Anna Muylaert, traz à tona um tema terrível, mas realista e muito atual: a violência doméstica.
A história apresenta Gal (Shirley Cruz), uma mulher que vive da coleta de materiais recicláveis (aqui no RS a gente chama estes trabalhadores de papeleiros), mãe de dois filhos, a pré-adolescente Rihanna (Rihanna Barbosa) e o pequeno Benin (Benin Ayo), de apenas 5 anos de idade. Ela mantém um relacionamento com Leandro (Seu Jorge), um policial agressivo e dominador.
Certo dia, cansada das agressões e abusos, Gal decide fugir com os seus filhos, iniciando uma jornada pelas perigosas ruas de São Paulo, dormindo na carroça ou em praças...Gal diz para os filhos que eles estão em uma aventura especial, enquanto procura achar uma solução para os seus problemas, mas sem tentar estragar a infância de Rihanna e Benin. O objetivo é tentar chegar na casa de uma prima, em Itaquera, sabendo que Leandro está em seu encalço.
A trama até evoca o premiado, mas ruim, “A Vida É Bela” (1997), em que um pai judeu inventa uma realidade para proteger o filho do horror do campo de concentração. Em sua jornada, Gal cria aventuras, competições e brincadeiras para que os filhos não sofram por dormirem em uma calçada, não terem o que comer ou tomarem banho na fonte de uma praça.
A atuação de Shirley Cruz é poderosa, forte, transmitindo sofrimento e desespero – principalmente aos notarmos que a atriz impõe a sua personagem um tique nervoso em um dos olhos. As crianças também dão um show de fofura em suas atuações. E Seu Jorge surge cruel, manipulador, cínico.
“A Melhor Mãe do Mundo” dá o protagonismo para uma mulher, símbolo de tantas outras espalhadas por este Brasil, que sofrem com a violência de seus parceiros, a pobreza, a dificuldade de criarem sozinhas seus filhos. O filme é uma porrada de realidade.
Cotação: excelente
Duração: 106min
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=EMbuYuMeWzM

quarta-feira, agosto 06, 2025

“UMA SEXTA-FEIRA MAIS LOUCA AINDA” (Freakier Friday)

Foto: Disney Filmes
MAIS DE DUAS DÉCADAS DEPOIS, Lindsay Lohan e Jamie Lee Curtis voltam a se encontrar como filha e mãe que trocam de corpo em “Sexta-Feira Muito Louca Ainda” (Freakier Friday), dirigido por Nisha Ganatra, sequência de “Sexta-Feira Muito Louca” (2003).
No primeiro filme, uma ainda adolescente Lindsay Lohan vivia Anna, filha de Tess. As duas brigavam muito, e as coisas se intensificaram com o futuro casamento de Tess, viúva. Mas após comerem biscoito da sorte enfeitiçado em um restaurante chinês, trocam de corpos uma com a outra. O longa foi uma refilmagem do filme homônimo de 1976, estrelado por Barbara Harris e Jodie Foster.
Agora, Anna é uma mãe solteira da adolescente Harper (Julia Butters), e se apaixona por Eric (Manny Jacinto). Ele é pai solteiro Lily (Sophia Hammons), colega britânica de Harper, e que não consegue se ambientar em Los Angeles. E as coisas pioram quando Anna e Eric decidem se casar, para desgosto das meninas.
E o que acontece? As coisas saem dos eixos quando com Tess e Anna trocam de corpos com Lily e Harper, em um novo feitiço inesperado. Assim, as meninas e as adultas terão de se entender em corpos que não são seus, num evidente choque de gerações e crise de identidades.
A ideia é mostrar que elas devem aprender com as diferenças, e ter mais compreensão e amor.
O filme é irregular, com passagens extremamente exageradas, com os personagens fazendo caretas...e falta química entre alguns deles. Porém, ela funciona com a dupla principal – Lohan e Curtis se entendem, e parecem muito se divertir em cena. “Uma Sexta-Feira Mais Louca Ainda” é uma sequência que resgata uma nostalgia para quem curte o filme de 2003, e encontra um novo público. Mas poderia ser menos histriônico.
Cotação: regular
Duração: 1h51
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=-uG5hzol0Bw

FILHOS (Vogter)

Foto: Mares Filmes
FILHOS (Vogter), dirigido por Gustav Möller (do filme “Culpa“, que deu origem a produção norte-americana “O Culpado”, estrelada pelo astro Jake Gyllenhaal), é uma trama que foca em trauma e busca por vingança.
A história tem como foco central a agente penitenciária Eva (a atriz dinamarquesa Sidse Babett Knudsen), que passa a enfrentar um forte dilema quando o jovem criminoso Mikkel (Sebastian Bull Sarning) é transferido para o presídio onde ela trabalha.
Eva reconhece o rapaz por algo que ele pode ter feito contra ela no passado – o roteiro segura a informação o quanto pode. E a agente, em determinado momento, chega a conversar com seu diretor, dizendo que o trabalho dela pode ser afetado, mas ela não revela o problema.
Na prisão, Eva age como uma mãe para os presos, estimulando o melhor deles, para que voltem ao convívio da sociedade. Porém, com a presença der Mikkel, ela pede para ser transferida ao bloco onde o criminoso está cumprindo pena. Eva, então, muda seu comportamento e de pessoa gentil e atenciosa, começa um jogo de gato e rato com o criminoso, torturando o jovem o quanto pode, negando privilégios para ele, como cigarros, e chega até mesmo a implantar provas falsas contra Mikkel, que responde da forma mais agressiva e repugnante possível. Mas em certo momento, Eva cria uma simpatia por ele, mas nunca sabemos se o sentimento é real ou se ela está fingindo.
Apesar de se passar em um presídio, “Filhos” não é um filme prisional, mas sim sobre relações humanas. Sendo que Sidse Babett Knudsen entrega uma performance intensa e sensacional, passando de fria para emotiva, prendendo a atenção do espectador. Filmaço.
Cotação: Excelente
Duração: 1h40
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=vhIkDyZsS9A

“ATENA”

Foto: A2 Filmes
“ATENA”, dirigido por Caco Souza ("O Faixa Preta" e "Solteira Quase Surtando"), é um thriller de suspense, que vai pegar os gaúchos pela afetividade e proximidade, visto ter sido gravado na serrana Gramado. E trazendo uma história de vingança, com a personagem Atena (Mel Lisboa), que sofreu abusos do pai na infância, e para curar seus traumas, adota a função de uma vigilante – sim, ela sai pela cidade da Serra Gaúcha caçando agressores sexuais, e atuando como uma juíza clandestina, executa os criminosos, enquanto sonha em encontrar o pai abusivo.
Mas como nenhum crime é perfeito, ela vai deixando rastros pelo caminho, e ser investigada por um policial. E também por um repórter investigativo de um jornal local, Carlos (Thiago Fragoso) acaba descobrindo as atividades vingativas da pequena empresária gramadense – Atena é dona de uma pequena butique no centro da cidade.
Através de Carlos, Atena acaba descobrindo o paradeiro de seu pai, escondido e com nova família em Montevidéu, partindo para o Uruguai, para confrontar o seu passado.
O roteiro é até bem interessante, pena que a execução seja falha, com vários furos de roteiro, outros momentos em que o espectador fala: “ops, como assim?”, tal a facilidade em que os personagens se livram de problemas ou se encontram nos momentos mais impossíveis.
Porém, apesar de seus defeitos, “Atena” é um filme necessário, para mostrar os riscos que sofrem as mulheres naquele lugar que deveria ser seu porto seguro, suas casas, e enfrentando ainda a negligência das autoridades.
“A primeira coisa é entender que o medo, a tensão, a urgência — tudo isso já tá no nosso cotidiano. No Brasil, o suspense não precisa de efeito especial, ele tá no olhar da mulher que volta pra casa à noite, olhando por cima do ombro”, disse o diretor Caco Souza. “’Atena’ flerta com a linguagem do thriller, sim, mas o que dá a cara brasileira é o que ela carrega no peito: A raiva contida, o trauma, e a coragem de transformar dor em ação”, completou.
Cotação: regular
Duração: 1h25
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=4nWq_Sq3YEo

segunda-feira, agosto 04, 2025

INICIAM EM CACHOEIRINHA FILMAGENS DE DOCUMENTÁRIO SOBRE O FUTEBOL AMADOR DA REGIÃ

Fotos: Gabriel Silveira
AS GRAVAÇÕES DO DOCUMENTÁRIO "Cancheiros da Caxuxa", que retrata a história do futebol amador de Cachoeirinha, foram iniciadas. Escrito e dirigido pelo jornalista e produtor cultural Douglas Torraca, o filme será lançado em dezembro deste ano. Iniciada em meados do mês de julho,
A obra cinematográfica, que teve suas primeiras gravações feitas em meados de julho, está sendo desenvolvida através de recursos da Lei de Política Nacional Aldir Blanc (PNAB).
Amante do futebol e morador da zona norte de Cachoeirinha, Torraca fala sobre os pontos que motivaram a realização do projeto.
"A ideia de produzir um documentário surgiu após conversas com um grupo de amigos sobre a forte identificação do torcedor local com a várzea. Por uma web rádio local, fomos o primeiro meio de comunicação a transmitir jogos com imagens do Cruzeiro logo que o clube se instalou no bairro próximo onde moro e começamos também a investir na cobertura do Campeonato Amador da cidade. Creio que a comunidade vai se identificar muito com a produção cinematográfica", disse o produtor, que ressaltou que um dos objetivos do projeto é mostrar a importância social que o esporte possui na vida das pessoas desde a faixa até a periferia. "Também traremos relatos de dirigentes e atletas que uniram suas forças em ações para auxiliarem às comunidades locais atingidas pelas enchentes de maio de 2024", enfatizou.
Com duração prevista de 45 minutos, "Cancheiros da Caxuxa” apresenta o cenário do futebol varzeano com relatos inéditos de personagens centrais de uma Cachoeirinha, antes de sua emancipação do município de Gravataí até os dias atuais, traçando um paralelo com o início das atividades da SEC (Sociedade Esportiva Cachoeirinha) e a chegada do Cruzeiro, primeiro time profissional da cidade. Serão mais de 20 entrevistas com ex-jogadores, dirigentes, árbitros, jornalistas e torcedores, que pertencem a este movimento esportivo e cultural que resiste há mais de 70 anos e atravessa gerações.
Além de resgatar memórias e registrar o patrimônio imaterial do esporte na cidade, o documentário acompanha histórias de superação de agremiações, de de árbitros exclusivamente do amador, ex-jogadores profissionais, com passagem pelo futebol varzeano, e um jogador jovem atuante na várzea em busca do sonho de se profissionalizar, conduzem este filme que retrata o maravilhoso universo do futebol não-profissional. "Mais do que contar uma história esportiva, Cancheiros da Caxuxa contribui para preservar a memória coletiva e valorizar o papel social do futebol amador — espaço de convivência, formação e pertencimento para centenas de jovens, famílias e comunidades de Cachoeirinha. Em um momento em que os laços comunitários precisam ser fortalecidos, o documentário se propõe como um instrumento de identidade, reflexão e orgulho local", finalizou Torraca.

sexta-feira, agosto 01, 2025

“O RITUAL” (The Ritual)

Foto: Paris Filmes
“O RITUAL”, DIRIGIDO por David Midell, é mais um filme de exorcismo, e acho que o filão está esgotado. Nada mais vai conseguir superar o genial “O Exorcista”, de 1973.
E outra coisa, apesar de esta nova história trazer em sua descrição como ter sido inspirada em um caso de exorcismo ocorrido no meio-oeste americano em 1928, vamos combinar, né, demônios não existem, são apenas invenções ou delírios da mente humana.
A narrativa gira em torno de Emma (Abigail Cowen), uma jovem que começa a manifestar comportamentos inquietantes. Ela é, então, levada para um convento, onde em meio a freiras, ficará encarcerada, até que a igreja decide pelo exorcismo – e mais um questionamento: por que os demônios sempre decidem possuir corpos femininos? Alguém me disse que os roteiristas consideram serem as mulheres seres mais fracos e por isso, passíveis mais fáceis de possessão.
Os homens chamados para realizarem o exorcismo são os padres Joseph (interpretado por Dan Stevens) e Theophilus (vivido por Al Pacino). Os dois vivendo, simultaneamente, momentos complicados de suas vidas. Um deles questiona a sua fé, enquanto o outro vive lidando com consequências surgidas de um passado conturbado.
A história, de original, não traz nada. E a insistência com fotografia escura, corpos se retorcendo, móveis se deslocando. Acho que deu.
Cotação: ruim
Duração: 1h38
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=kiZl6IiYK7c

“Novembro” (Noviembre)

Foto: Metro Goldwyn Meyer “Novembro” (Noviembre), com roteiro e direção de Tomás Corredor, retrata um dos momentos mais trágicos dos anos 1...