quarta-feira, abril 20, 2016
“Amor Por Direito” (Freeheld)
“Amor Por Direito” (Freeheld), dirigido por Peter Sollett, é um filme para mentes abertas, pois traz como foco um casal de lésbicas lutando por seus direitos – não, elas não lutam pelo casamento gay, mas sim por igualdade. Julianne Moore quase repete sua personagem de Still Alice, onde ela é diagnosticada com Alzheimer. Aqui ela vive a policial Laurel Hester, que desenvolve um violento câncer nos pulmões. Laurel trabalha num pequeno condado de Nova Jérsei e acaba conhecendo a mecânica Stacie Andree (Ellen Page).
As duas logo engatam um relacionamento e acabam comprando uma casa. Vai tudo indo bem, as duas mantém o romance em segredo, afinal Laurel trabalha num ambiente extremamente machista e preconceituoso, até que acontece o pior. Laurel fica doente e é obrigada a se afastar para tratamento. Que não funciona. A policial, então, quer que quando morrer, Stacie seja beneficiária de sua pensão. Afinal compraram uma casa e esse seria o jeito de Stacie conseguir pagar as prestações, além de não ficar desassistida. O problema é que os vereadores locais, os tais freehelders do título original do filme, não querem apoiar a união homossexual e passam a negar as solicitações de Laurel.
Fica até um lugar comum elogiar a atuação de Julianne Moore, que vive com convicção a lésbica Laurel – o filme é baseado em fatos reais, ocorridos nos primeiros anos do Século XXI. Ellen Page está em seu habitat, ela é assumidamente homossexual e militante da causa LGBT, adotando aqui um gestual extremamente masculino. Também vale destacar o comediante Steve Carell como o advogado judeu e ativista gay Steven Goldstein, bastante afetado e trazendo muito humor a um filme de tema pesado. Já Michael Shannon vive o policial Dane Wells, parceiro de Laurel, sempre com uma cara desconfiada e mau humorada, que não esconde a tristeza pela policial ter escondido dele sua opção sexual e a apoiando desde o início, apesar de nadar contra a corrente.
“Amor Por Direito” acaba emocionando, por trazer uma história trágica, mas que ajuda a abrirmos mais nossas mentes e ver que todos somos iguais.
Duração: 1h44min
Cotação: ótimo
Chico Izidro
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