quarta-feira, abril 13, 2016

“O Escaravelho do Diabo”



O livro que se baseia o filme foi um sucesso nos anos 1970, saído da coleção Vagalume, sucesso entre a garotada na época. O Escaravelho do Diabo, no entanto, foi escrito como série na revista O Cruzeiro, em 1953, por Lúcia Machado de Almeida. Só 20 anos depois é que viraria livro, vendendo alguns milhões de exemplares.

Pois agora a história chega aos cinemas. “O Escaravelho do Diabo”, dirigido por Carlos Milani, atualiza muitas coisas do livro, ainda mais que nestas décadas o mundo evoluiu demais. Agora a gurizada este cercada de tablets, celulares, ipods.

A trama se passa em uma cidade do interior do Brasil, onde um assassino serial tem como vítimas pessoas ruivas, a quem manda como aviso um escaravelho dentro de uma caixa.

Após o assassinato de seu irmão mais velho, o garoto Alberto (Thiago Rosseti), que no original era mais velho e estudava medicina e agora é apenas um estudante do ensino médio, vira uma espécie de detetive, e vai juntando pistas para tentar encontrar o assassino, ajudando o delegado Pimentel, que sofre de uma doença semelhante ao Mal de Alzheimer e é vivido por Marcos Caruso.

Pena que o filme não tenha a mesma vibração do livro. Sem contar que quanto mais avança o filme, surgem mais e mais situações que beiram o inverosímel. E o garoto Thiago Rosseti é muito fraco, sem as mínimas condições de segurar o seu personagem, que pasmem, consegue circular pelas cenas dos crimes com uma tremenda facilidade, sem nunca ser questionado pelos mais velhos. E pior, o assassino tem ares de O Dragão Vermelho. Chega a ser risível, e ainda mais quando se descobre o motivo de porque ele matar os ruivos.


Duração: 1h30min

Cotação: ruim
Chico Izidro

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