quarta-feira, abril 20, 2016

“No Mundo da Lua” (Atrapa La Bandera)



Esta produção espanhola, dos estúdios Telecinco, em termos de animação, não deixa nada a dever a Pixar e a Dreamworks. Mas para por aí. “No Mundo da Lua”, dirigido por Enrique Gato, naufraga e muito.

A história é centrada em Michael, um garoto de 12 anos, que faz parte de uma família de astronautas, que se verá as voltas contra um ganancioso empresário, que pretende desmentir que o homem tenha estado na Lua, para poder utilizar elementos naturais do satélite natural da Terra. Para impedir que o vilão chegue a Lua, a presidente dos Estados Unidos ordena que a NASA organize uma nova viagem ao satélite, mas como a corrida espacial está paralisada, os americanos têm de reaproveitar um antigo foguete. Para ativá-lo, a NASA terá de recorrer a veteranos astronautas, que sabem como operá-lo.

É a chance que Michael tem de reunir o seu pai e o avô, ambos sem se falar a 40 anos, por motivos que são explicados ao longo do filme. E por facilidades do roteiro, Michael e o avô acabam indo parar no espaço para combater o vilão. Ah, e a NASA já faz uniformes de astronautas para crianças e os deixa dentro das naves.

“No Mundo da Lua” só funciona para o público infantil, não sendo nenhum pouco atraente para adultos – a única graça é encontrar nos personagens homenagens a personalidades do meio artístico, como por exemplo, um faxineiro que é a cara de Stanley Kubrick. No mais, as falas são fracas, os personagens são caricaturais – o gordinho nerd e atrapalhado, o surfista bonitão, loiro e convencido, a garota esperta e descolada, a mãe compreensiva e paciente. Para crianças de 7 a 11 anos, e olha lá.

Duração: 1h35min

Cotação: ruim
Chico Izidro

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