sexta-feira, junho 18, 2021

“Espiral: O Legado de Jogos Mortais” (Spiral: From the Book of Saw)

“Espiral: O Legado de Jogos Mortais” (Spiral: From the Book of Saw), dirigido por Darren Lynn Bousman, que também esteve no comando dos filmes 2, 3 e 4 longas da saga original, é mais um thriller de investigação policial, só que usando a estrutura de “Jogos Mortais” como inspiração. A trama surgiu de uma ideia do ator e comediante Chris Rock, fã da cinessérie. E ele interpreta o detetive Ezekiel "Zeke" Banks (Chris Rock), reconhecido por ter revelado um esquema de corrupção policial na delegacia onde trabalha, e por isso sofre o boicote de seus colegas.
Então ele recebe como parceiro, o novato William (Max Minghella, da série The Handsmade Tale), e os dois têm de investigar uma série de assassinatos na trilha de um possível imitador do maníaco JigSaw, que também gosta de brincar com suas vítimas, as convidando para jogar o jogo onde se não seguirem as regras, acabam morrendo de forma violenta. A coisa começa a ficar mais pesada quando Zeke detecta que a série de assassinatos visam os seus colegas de delegacia, e incluindo o seu pai, o ex-chefe de polícia aposentado Markus Banks.
Desta vez, o personagem Jigsaw (Tobin Bell, que morreu no capítulo final da série) não está presente. Com uma mente brilhante para criar armadilhas mortais, agora, ele foi substituído por um fã, que usa dos mesmos recursos (mensagens cifradas, o conhecido boneco e engenhosos quebra-cabeças), cuja vingança está focada num distrito policial. E ele usa como máscara uma cabeça de porco - a imagem faz sentido pelo significado – policiais são chamados pejorativamente de “pigs” (porcos) na língua inglesa.
O filme é repleto de flashbacks e com roteiro que segue regras do thriller policial, com várias viradas na trama, trazendo clichês, mas que são um deleite para o espectador, que se prestar atenção, vai sacar logo a identidade do assassino. Afinal, tudo se trata de vingança.
Chris Rock (recorrente em comédias e criador do seriado Todo Mundo Odeia o Chris), se esforça e tem sucesso no papel de Zeke, sem apelar para as piadinhas. Outro nome de peso é Samuel L. Jackson, no papel do pai do investigador. E de presente, a beleza Marisol Nichols como a chefe de polícia Angie Garza – no meio de tanta violência e sangue, um colírio para aliviar a tensão.
Cotação: bom
Duração: 1h35min
Chico Izidro

quinta-feira, junho 03, 2021

“Invocação do Mal 3: A Ordem do Demônio” (The Conjuring: The Devil Made Me Do It)

Idealizado e dirigido por James Wan, a cinessérie “Invocação do Mal” chega agora a sua terceira parte, com “Invocação do Mal 3: A Ordem do Demônio” (The Conjuring: The Devil Made Me Do It), desta vez tendo o diretor Michael Chaves, de “A Maldição da Chorona” no comando. Os filmes são protagonizados pelo casal de investigadores de atividades paranormais Ed (7 de setembro de 1926 – 23 de agosto de 2006) e Lorraine Warren (31 de janeiro de 1927 – 18 de abril de 2019), que existiram na vida real. Eles são interpretados por Patrick Wilson e Vera Farmiga nos três filmes.
Neste novo exemplar, baseado em fatos reais, a dupla é chamada para investigar e tentar defender o jovem Arne (Ruairi O'Connor), que assassinou o senhorio da casa onde morava, e que estaria possuído por um demônio quando cometeu o crime. O caso ocorrido em 1981 marcou por ser a primeira vez na história dos Estados Unidos que uma pessoa acusada de assassinato alega ter tido uma possessão demoníaca como defesa. Aí aparecem Ed e Lorraine Warren, que decidem ajudar a provar a inocência do rapaz.
O filme aproveita para prestar homenagens ao clássico “O Exorcista”, de 1973. Logo no começo, quando da chegada de um padre, saindo de um táxi, na casa de um garoto possuído. E este mesmo menino tendo o corpo todo distorcido, exatamente como a personagem Regan, vivida por Linda Blair na icônica obra de terror.
Mas é difícil embarcar na teoria de possessão demoníaca. O assassinato do senhorio ocorre durante uma festinha regada a álcool, e certamente drogas. Certamente o rapaz acusado de assassinato estava drogado e em uma alucinação, matou o outro cara. Aí forçaram a barra com o demônio...E o casal vai defender um assassino...tá bom.
Apesar da premissa furada, Vera Farmiga e Patrick Wilson seguem bem em seus papéis, sendo a alma e o coração da franquia. E a empatia deles consegue fazer a trama funcionar, apesar de não dar muitos sustos na audiência.
Cotação: regular
Duração: 1h52min
Chico Izidro

“QUEER”

Foto: Paris Filmes “QUEER”, dirigido por Luca Guadagnino a partir de um roteiro de Justin Kuritzkes, é baseado em romance homônimo de 1985...