Como disse um colega ao final da sessão para a Imprensa de "Venom - Tempo de Carnificina" (Venom: Let There Be Carnage), dirigido por Andy Serkis, "não dá para levar a sério, e afinal é apenas uma história em quadrinhos". Nada mais certo, a gente acaba ficando muito exigente e esquece que é apenas uma ficção e a própria produção tenta não se levar a sério.
E o acerto deste filme acaba sendo Tom Hardy na pele de Eddie Brock, jornalista que convive em seu corpo com o simbionte Venom. E os dois vivem às turras, como se fossem um velho casal, conseguindo as melhores piadas e cenas do longa metragem, sendo muito divertido acompanhar os diálogos da dupla.
Venom passa, ainda, quase todo o tempo dizendo que quer comer cérebros, não se contentando mais com a dieta de galinhas e chocolate. Mas destaque também para o vilão interpretado por Woody Harrelson, o Serial Killer Cletus Kasady, um dos mais assustadores dos últimos tempos.
A trama foca principalmente na vingança, depois que Brock consegue ajudar a polícia a desvendar os crimes cometidos por Cletus - que havia escondido os corpos de suas vítimas. O assassino é condenado à morte, mas acaba tendo o corpo invadido por outro simbionte, o Carnificina, e nada mais posso contar, para evitar o spoiler. Mas ele foge da prisão e vai atrás da amada, a mutante Frances Barrison (Naomie Harris), cujo poder é a voz potente e destruidora. E depois, Cletus parte em busca da vingança contra Brock, atacando as pessoas amadas pelo repórter, como a ex-namorada Anne, interpretada por Michelle Williams.
Mas "Venom - Tempo de Carnificina" em sua parte final sofre um atropelamento. Tudo se resolve de uma forma apressada, desnecessária, com pouco desenvolvimento. Antigamente eu dizia que havia faltado dinheiro para a produção, hoje em dia não sei explicar a causa da facilidade com que o herói consegue vencer o vilão. Porém, é tudo tão ridículo que até fica bom, se o espectador abraçar o exagero.
Cotação: regular
Duração: 1h37min
Chico Izidro
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