segunda-feira, março 20, 2023

"SHAZAM! FÚRIA DOS DEUSES" (Shazam! Fury of Gods)

"Shazam! Fúria dos Deuses", direção de David F. Sandberg, é a sequência do primeiro filme do do adolescente orfão Billy Batson (Asher Angel), que ao pronunciar uma palavra mágica, SHAZAM!, ele se transforma no super-herói adulto Shazam (Zachary Levi), poder que recebeu de um antigo mago. A brincadeira está em como se comporta um garoto dentro de um corpo de um adulto com poderes. Billy se diverte com os seus superpoderes, mas logo acaba descobrindo que precisa usá-los para combater o mal - alguém lembrou aí de Homem-Aranha com o seu tradicional lema? "Com grandes poderes, vêm grandes responsabilidades".
Neste segundo filme, Shazam, ao lado de seus companheiros, todos garotos que moram com ele em um semi-orfanato e que também se transformam em super-heróis, tem de lutar contra um trio de deusas, Hespera (Helen Mirren), Calipso (Lucy Liu) e Anthea (Rachel Zegler), filhas do deus grego Atlas. O trio chega para recuperar a magia das divindades, não se importando em exterminar quem apareça na frente delas.
E aí começam os problemas. A trama, apesar de trazer muito humor, repete a batida fórmula de invasão e destruição da Terra pelos vilões. E as sequências de brigas são mais do mesmo, mesmo contando com a presença de heróis mágicos e criaturas como mantícoras, ciclopes e um dragão.
E o que muito incomodou foi o personagem de Zachary Levi. A sua versão de Shazam está no corpo de um garoto de quase 18 anos, então não tem nenhum sentido o super-herói ter atitudes de um pré-adolescente, quase um bobão, dando a impressão de não ter crescido intelectualmente.
"Shazam! Fúria dos Deuses" acaba sendo um filme cansativo, repetitivo, sem nada de novo para mostrar. Ah, insiste até mesmo na batida história do bullying colegial e também no super-herói incompreendido (tudo o que Shazam e seus amigos realizam é visto como negativo pela população e mídia!!). Chato.
Cotação: fraco
Duração: 2h10m
Chico Izidro

quinta-feira, março 09, 2023

"PÂNICO VI" (Scream VI)

E a franquia iniciada em 1996 chega agora a mais um capítulo, "Pânico VI" (Scream VI), com direção da dupla Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillett. A trama agora está ambientada um ano depois dos eventos do quinto filme, com o grupo de sobreviventes formado por Sam (Melissa Barrera), sua irmã Tara (Jenna Ortega, agora famosa devido ao estrondoso sucesso do seriado Wandinha, e que agora ganhou mais espaço) e os irmãos Mindy (Jasmin Savoy Brown) e Chad (Mason Gooding) deixado a cidade de Woodsboro para viver na cosmopolita Nova Iorque.
Sam ainda está muito traumatizada, enquanto que Tara quer tocar a vida na universidade e nas festas. Mas o pesadelo ressurge, com a aparição de um novo Ghostface, mais violento e sem medo de fazer aparições no meio das pessoas - o ataque a uma loja de conveniências e a um apartamento são notáveis. E quem acaba por aparecer também é a jornalista sensacionalista Gale Weathers (Courtney Cox, a inesquecível Monica, de Friends e que conseguiu estragar seu outrora lindo rosto com diversas intervenções plásticas).
A ausência destacada é de Sydney Prescott, a principal personagem da franquia, pois Neve Campbell se recusou a voltar para a sexta parte devido a questões salariais. Deste modo, Courtney Cox se torna a única pessoa a participar de todas as produções da franquia.
"Pânico VI" segue com suas mortes violentas, referências a outros filmes de terror, muito humor e muito suspense, isto não dá para negar. Porém deixa um rastro de incoerências nas suas mais de duas horas, e não traz nada de novo quando da revelação do assassino serial Ghostface. Porém tem uma cena memorável, ambientada num vagão de metrô. O filme não é ruim, mas acaba sendo o mais do mesmo.
Cotação: regular
Duração: 2h02min
Chico Izidro

domingo, março 05, 2023

"Belas Promessas" (Les Promesses)

Em "Belas Promessas", dirigido por Thomas Kruithof, que assina o roteiro com Jean-Baptiste Delafon, a sempre elegante Isabelle Huppert interpreta Clémence, prefeita de uma cidade na Grande Paris, mas seu mandato está chegando ao final e ela espera abandonar a política. Mas o problema que a sua cidade é cheia de imigrantes empobrecidos e desempregados.
E um conjunto habitacional no bairro de Bernardins está prestes a ser desocupado e destruído. Então seu chefe de gabinete, Yazid Jabbi (Reda Kateb), começa uma luta ferrenha para salvar o local. E naquele momento, Clemencé começa a ser cogitada para assumir um ministério, deixando de lado a sua batalha pelos moradores. Então o filme passa a ser mais de Yazid, que arregaça as mangas e parte para salvar a comunidade.
"Belas Promessas" não é uma obra fácil de se assistir. É lento, com muitas conversas, em uma trama que para quem está acostumado com tiroteios e perseguições, será considerado chato. O importante é que ele traz à tona a luta de pessoas simples contra especulações imobiliárias.
O diretor Kruithof explica que a política é onde tudo acontece, e, por isso, o tema de seu filme o atrai. “Depois das eleições presidenciais de 2017, me interessei pela coragem política e me pareceu que era ao nível local que ainda podíamos acreditar nela, mesmo que a trama do filme atravesse todos os estratos do espectro político”, destacou.
Ele explica que o foco de seu filme não são, na verdade, as ideologias, mas o cotidiano das figuras políticas e suas ações concretas. “Em vez de contar histórias passadas das personagens, queria que estivéssemos logo com elas, queria as apresentar conforme a narrativa avança. Quando o público descobre o problema que têm de resolver, percebemos por pequenas pistas quem são, de onde vêm, um pouco como na vida quando conhecemos alguém”, completou.
Cotação: bom
Duração: 98 minutos
Chico Izidro

quinta-feira, março 02, 2023

"CREED III"

Entre 1976 e 2006, houve a série de filmes “Rocky”, com Sylvester Stallone. E em 2015 surgiu a franquia Creed, com o pupilo do boxeador, vivido por Michael B. Jordan. Agora chega o terceiro longa da franquia “Creed III”, dirigido pelo próprio ator e com roteiro escrito pela dupla Keenan Coogler e Zach Baylin. A trama pretende encerrar por aqui a trajetória de Adonis Creed, o filho de Apolo, algoz e depois parceiro de Rocky nas obras oitentistas.
E "Creed III" começa com um flashback da adolescência de Donnie (Michael B. Jordan) e sua amizade com Dame Anderson (Jonathan Majors), uma jovem promessa do boxe que é mais como um irmão de Adonis. Depois, acontece um salto temporal e o filme chega no presente, mostrando Adonis aposentado e cuidando de sua academia de boxe.
Mas Dame retorna à sua vida, trazendo fantasmas do passado - ao longo da história são mostrados outros flashbacks, explicando que houve uma confusão e Dame acabou sendo preso e condenado a uma longa sentença, pois estava portando uma arma, perdendo a sua chance de obter sucesso no esporte.
Adonis acaba se sentindo responsável pelo amigo e decide ajudá-lo, afinal Dame, apesar de estar com mais de 40 anos, deseja retomar a carreira de boxeador. Mas o auxílio ao antigo parceiro trará consequências terríveis e um grande embate entre eles. Sim, o filme que parecia falar sobre redenção, acaba discutindo sobre rancor, vingança, remorso.
“Creed III” é ainda muito bem filmado - é incrível como Hollywood consegue reproduzir com perfeição lutas de boxe. Muita gente reclamou das cenas em câmera lenta, mnas eu discordo, pois conseguimos ver com precisão os golpes, os olhares dos boxeadores. O problema é o roteiro, que se não chega a ser raso, tropeça nas soluções rápidas e não aprofunda muitas questões. E o "vilão" Dame, vivido por Jonathan Majors, consegue transmitir todo o ódio de alguém que se sente colocado à margem. Ah, e falta Sylvester Stallone. Brigado com os outros produtores, seu personagem nem é citado no filme, aparecendo apenas nos créditos. Pena.
Cotação: bom
Duração: 1h56min
Chico Izidro

“QUEER”

Foto: Paris Filmes “QUEER”, dirigido por Luca Guadagnino a partir de um roteiro de Justin Kuritzkes, é baseado em romance homônimo de 1985...