quarta-feira, novembro 15, 2023

"Jogos Vorazes: A cantiga dos Pássaros e das Serpentes" ( The Hunger Games: The Ballad of Songbirds and Snakes)

"Jogos Vorazes: A cantiga dos Pássaros e das Serpentes" ( The Hunger Games: The Ballad of Songbirds and Snakes), direção de Francis Lawrence, é a história do ditador de Panem, Coriolanus Snow, anos antes de ele chegar ao poder, e do surgimento da heroína Katniss Everdeen (Jennifer Lawrence), protagonista dos quatro filmes anteriores.
A trama é ambientada cerca de 60 anos antes dos eventos dos filmes anteriores, e mostra Coriolanus Snow (Tom Blyth) aos 18 anos, quando era ainda um estudante universitário. Ele é escolhido para ser tutor de um dos jovens selecionados de diferentes distritos para disputar os Jogos Vorazes, que estão em sua décima edição e enfrentam problemas de audiência.
O futuro ditador, tem de cuidar da jovem Lucy Gray Baird (Rachel Zegler), selecionada como tributo do Distrito 12, para disputar os Jogos. Aos poucos, vai surgindo uma empatia entre os dois e Snow passa a se preocupar cada vez mais com a garota, fazendo o possível para que ela consiga sobreviver à disputa. No entanto, quanto mais se envolve com Lucy, e mais uma série de eventos vão fazendo com que ele comece a sofrer mudanças em seu comportamento, passando a descobrir a sua verdadeira natureza.
Apesar de o filme ser direcionado a um público adolescente, ele é extremamente violento, não poupando cenas de mortes cruéis e muito sangue escorrendo. Também se destaca a direção de arte, mostrando uma Panem que lembra e muito aquele visual dos países da Cortina de Ferro das décadas de 1950 e 1960, com suas largas avenidas, prédios imponentes e estátuas gigantes.
A direção de Francis Lawrence, que já tinha estado à frente dos três últimos filmes da franquia, cria um bom clima de tensão nos Jogos. Destaque ainda para os sempres ótimos Peter Dinklage como o reitor Highbottom e Viola Davis na pele da dra. Volumnia Gaul.
Ah, em determinados momentos, o filme parece descambar para um musical, com o excesso de cantoria de Rachel Zegler, que usa a sua própria voz em várias canções. Mas no geral, "Jogos Vorazes: A cantiga dos Pássaros e das Serpentes" agrada, apesar de ser um pouco longo demais.
Cotação: Bom
Duração: 2h38min
Chico Izidro

quinta-feira, outubro 26, 2023

“Assassinos da Lua das Flores” (Killers of the Flower Moon)

“Assassinos da Lua das Flores” (Killers of the Flower Moon), dirigido por Martin Scorsese, é baseado no best-seller homônimo do escritor David Grann e também baseado em uma história real ocorrida nos anos 1920. Com suas mais de três horas de duração, o épico retrata o que aconteceu com o povo nativo norte-americano Osage, que vivia no centro-oeste dos Estados Unidos, mais exatamente em Oklahoma.
De uma população encurralada e sofrendo pelo preconceito e dizimação, os Osage acabaram encontrando petróleo em suas terras. Eles se tornaram o povo com a maior riqueza per capita do mundo. Porém, a fortuna acabou sendo mais uma maldição do que benfeitoria. Os brancos acabaram aparecendo nas terras, e se aproveitando das leis e ingenuidade do povo Osage, começaram a roubar o dinheiro dos nativos. E entre 1921 e 1925, mais de sessenta Osage morreram em circunstâncias misteriosas – na realidade eles eram assassinados. O caso foi investigado pelo FBI, agência que tinha acabado de ser criada na época, e dirigida pelo racista J. Edgar Hoover.
A trama do filme de Scorsese foca no personagem Ernest Burkhart (Leonardo Di Caprio, excelente), um veterano da I Guerra Mundial, que convencido pelo tio, o pecuarista William Hale (Robert De Niro), a se casar com a Osage Mollie Kile (Lily Gladstone, também excepcional), para tomarem posse das riquezas da família da nativa. William até se apaixona por Mollie, com quem teve três filhos. Ao longo do relacionamento, no entanto, o ex-soldado tentou matar a esposa a envenenando.
“Assassinos da Lua das Flores” mostra como a ganância se sobressaiu ao preconceito racial, pois muitos homens brancos, apesar da repulsa, casavam com as nativas. No entanto, eles miravam apenas a fortuna dos Osage. O filme é excelente, com a sempre fantástica reconstituição de época proporcionada nas obras de Scorsese, que saiu da sua zona de conforto, no caso a temática máfia italiana de Nova Iorque.
Detalhe que os incidentes contados no filme ocorreram muito próximo de Tulsa, também em Oklahoma, onde em 1921, houve um violento linchamento da comunidade afro-americana, que vivia um fantástico boom econômico, o que incomodou deveras a população branca, que invadiu o lado preto da cidade e matou centenas de pessoas, além de queimar as propriedades – o acontecimento, inclusive, é citado no longa-metragem de Scorsese. Histórias puras. Tristes, mas que devem ser sempre lembradas e estudadas.
Cotação: excelente
Duração: 3h26min
Chico Izidro

segunda-feira, outubro 16, 2023

"Meu Nome É Gal"

"Meu Nome É Gal" é uma cinebiografia de uma das maiores cantoras que o Brasil já teve, Gal Costa (1945/2022), interpretada por Sophie Charlotte, com direção de Dandara Ferreira e Lô Politi. O filme acompanha a trajetória de Maria da Graça Costa Penna Burgos antes de se tornar a famosa cantora, sendo a história se passando entre 1966 e 1971, quando ela saiu de Salvador e decidiu se aventurar no Rio de Janeiro, com pouco mais de 20 anos.
Na Cidade Maravilhosa ela é acolhida por seus pares Caetano Veloso (Rodrigo Lellis), Gilberto Gil (Dan Ferreira), Maria Bethânia (a codiretora do filme, Dandara Ferreira) e a atriz Dedé Gadelha (Camila Márdila), que a ajudam a dar os primeiros passos na carreira. O longa mostra a atriz tendo de vencer a timidez, o surgimento de seu apelido Gal, o nascimento do movimento musical Tropicália, a relação dela com a mãe Mariah (Chica Carelli), e acaba quando da realização de seu show Fa-Tal.
Porém, "Meu nome é Gal" acaba sendo muito decepcionante. A trama é contada de forma apressada, e muito poderia ter asido feito, devido a vida de Gal Costa, tão rica e cheia de detalhes. O longa-metragem tem ainda problemas na parte técnica como a sincronia labial entre as músicas e o movimento labial dos atores.
Além disso, tendo apenas 87 minutos de duração, o filme termina de forma abrupta, quase preguiçosa. Em alguns releases, consta que "Meu Nome é Gal" tem 120 minutos - ou seja, aonde foram parar os outros 33 minutos? Apesar de tantas falhas, Sophie Charlotte traz uma boa apresentação, conseguindo transmitir a timidez e a beleza simples da homenageada. Mas Gal Costa merecia um trabalho mais carinhoso. Muito mais.
Cotação: ruim
Duração: 87 minutos
Chico Izidro

quinta-feira, outubro 12, 2023

"O Exorcista: O Devoto" (The Exorcist: Believer)

Eu sou a favor de que filmes clássicos não devem ser refeitos ou ganhar sequências. É um sinal para desastre total. Deixa quieto. Mas parece que a indústria cinematográfica não aprende. Então depois de assumir a retomada da franquia "Halloween", criada por John Carpenter e Debra Hill em 1978, David Gordon Green decidiu revisitar o clássico de terror "O Exorcista", de 1973, dirigido por William Friedkin, do romance homônimo de William Peter Blatty. Ou seja, há exatos 50 anos. Assim, Green soltou "O Exorcista: O Devoto" "O Exorcista: O Devoto" (The Exorcist: Believer), uma espécie de reboot do longa lançado há exatos 50 anos.
O filme conta a história de Victor Fielding (Leslie Odom Jr.), que perdeu a esposa em um terremoto no Haiti e, por isso, teve que cuidar sozinho da filha Angela (Lidya Jewett). Passados 13 anos, Angela sente a falta da mãe, e ao lado da amiga Katherine (Olivia O'Neill) decide fazer uma experiência na floresta para tentar conversar com espíritos. As duas acabam desaparecendo, voltando três dias depois, sem saber o que aconteceu.
Mas logo, se percebe que as garotas estão possuídas por uma força malígna. A partir daí, os pais se unem para tentar livrar as duas da possessão demoníaca, sendo ajudados por um padre, um pastor, uma representante de uma religião africana, uma beata e um ateu. E o filme naufraga vergonhosamente. Nada lembra o clássico setentista, e de onde saiu o sub-título "o devoto"? Quem é o devoto, por favor?
O filme é muito ruim, com cenas escuras - uma técnica utilizada com frequência nos filmes atuais, para esconder os efeitos especiais ruins, e provocando o sono no espectador. A única referência ao clássico de 1973 é a presença fugaz de Ellen Burstyn e Linda Blair, reprisando os seus papéis de Chris McNeill e Regan, respecticvamente. David Gordon Green entrega uma obra que não tem forças para continuar a pretendida franquia. Sim, a ideia é começar uma nova trilogia. Poupe-nos.
Cotação: ruim
Duração: 1h51min
Chico Izidro

domingo, outubro 08, 2023

"O Protetor 3: Capítulo Final" (The Equalizer 3)

"O Protetor 3: Capítulo Final" (The Equalizer 3) é, como diz o título, o terceiro e último filme da saga protagonizada por Denzel Washington e dirigida por Antoine Fuqua. Na cinesérie, Washington interpreta o ex-agente da CIA Robert McCall, que se torna uma espécie de vigilante após se aposentar, sempre buscando vingança em favor dos fracos e oprimidos da sociedade.
Nesta terceira parte, passada cinco anos após os eventos do segundo filme, após desbaratar uma quadrilha numa ilha na Sardenha, McCall acaba sendo ferido, e vai parar numa pequena aldeia no litoral do sul italiano. Ele é bem recebido na localidade, que de certa forma, parece ter parado no tempo. E enquanto se recupera dos ferimentos, passa os dias caminhando e tomando café.
Porém, logo McCall descobre que os moradores vivem sob o controle da Máfia local, tendo de pagar por "proteção", sofrendo sérias retaliações em caso de não contribuir. E à medida que os mafiosos começam a machucar e a destruir as propriedades dos aldeões, o ex-agente vê que não consegue ficar indiferente e começa a colocar em práticas as suas habilidades, caçando um por um dos criminosos.
Ao mesmo tempo, ocorre outra história paralela, onde o FBI investiga a origem do tráfico de drogas descoberta por McCall na Sardenha, e passa a seguir o ex-agente. E a investigação é comandada por Dakota Fanning, que interpreta a agente Emma Collins - para quem não ser recorda, a atriz protagonizou ainda criança ao lado de Washington o violento "Chamas da Vingança", em 2004.
"O Protetor 3" é um baita filme de ação, com com algumas sequências de luta bem coreografadas, e cenas de mortes bastante fortes (algumas não são para estômagos fracos). E mais uma vez, Washington está ótimo como McCall, entregando uma performance cativante - o método que o agente usa para lutar e matar seus oponentes é muito interessante. No final, ocorre uma pequena homenagem ao Napoli, campeão do Calcio depois de 33 anos, com uma pequena festa no centro da cidade com torcedores comemorando um título do time local, que por sinal, tem as cores azul e branca.
O diretor Antoine Fuqua deixa claro que esta deve ser a última história de McCall. "Eu achei apropriado dar adeus a Robert McCall dessa maneira, na Itália, em uma cidadezinha onde ele encontrou um lar. Não acho que temos mais a dizer, no momento, sobre Robert McCall. Nós vimos sua jornada e ele finalmente encontrou sua paz, e esse é um bom jeito de terminar", completou.
Cotação: ótimo
Duração: 1h49min
Chico Izidro

quarta-feira, outubro 04, 2023

"Resistência" (The Creator)

"Resistência" (The Creator), dirigido por Gareth Edwards, de "Rogue One" e "Godzilla", é um filme de ficção científica de orçamento modesto, mas visualmente impressionante e aborda temas pontuais, como por exemplo, Inteligência Artificial e como ela pode interferir com a vida humana. O longa-metragem retrata um mundo onde robôs inteligentes coexistem em harmonia lado a lado com a humanidade, em ocupações como policiais, médicos e até outras funções.
No entanto, esta paz acaba quando um robô detona uma bomba atômica em Los Angeles, dizimando milhões de pessoas. O governo dos Estados Unidos e outras nações ocidentais não encontram outra forma de retaliação a não ser banir qualquer forma de IA. Porém, alguns países asiáticos continuam a desenvolver a inteligência artificial.
O personagem principal é Joshua, interpretado por John David Washington, um ex-agente das forças especiais norte-americanas, que tem um braço e uma perna robóticas. Além disso, ele se ressente da falta da mulher, aparentemente morta em um ataque ocidental contra os robôs, e que esperava um filho dele, que trabalhava infiltrado na ocasião.
Então, ao descobrir que ela ainda está viva, aceita missão de entrar em território inimigo, com dois objetivos. Um é encontrar a esposa e dois, a missão: destruir uma arma, que é uma inteligência artificial que tem a forma de uma garotinha, vivida por Madeleine Yuna Voyles. Joshua se vê em um dilema - ele não quer eliminar a IA, se virando contra seu governo, que acaba sendo o vilão da história.
"Resistência" tem um visual deslumbrante, ficando evidente que Gareth Edwards bebeu em outras obras cinematográficas, tendo em seu DNA "Apocalypse Now", "Platoon", "Star Wars", "O Exterminador do Futuro", "Blade Runner" e "IA". Além disso, o diretor decidiu filmar quase tudo em locações reais, em vez de estúdio, utilizando por países como Nepal, Tailândia, Japão, Indonésia, Camboja e Vietnã. Somente na pós-produção é que entraram os efeitos especiais.
Enfim, "Resistência" é um grande filme, abordando com muita eficácia o que o avanço da tecnologia e o seu uso inapropriado pode trazer para a humanidade.
Cotação: ótimo
Duração: 2h15min
Chico Izidro

domingo, outubro 01, 2023

"Jogos Mortais X" (Saw X)

"Jogos Mortais X" (Saw X), direção de Kevin Greutert, é o décimo filme da franquia de terror iniciada em 2004, sob o comando de James Wan. Este novo filme se passa entre o primeiro e o segundo episódios, onde o serial killer John Kramer, conhecido como Jigsaw (Tobin Bell), está com pouco tempo de vida devido a um câncer no cérebro. Após ser interpelado por um colega do grupo de apoio, ele fica sabendo de um tratamento inovador e viaja ao México para ser submetido ao procedimento, realizado pela dra. Cecila Pederson (Synnøve Macody Lund, uma sósia mais nova da Vera Fischer).
Porém, após passar por uma cirurgia, Kramer acaba descobrindo que tudo não passou de uma farsa, e que o esquema foi feito para enganar pessoas doentes e vulneráveis, que entregavam todo o dinheiro para tentarem uma cura. Ou seja, não houve nenhum procedimento médico e Kramer segue doente.
Indignado e furioso, o serial killer recruta sua pupilo Amanda (Shawnee Smith, quase irreconhecível devido a intervenções plásticas). Os dois, então, saem à caça de todos os envolvidos no golpe. Eles são colocados em um galpão, onde Jigsaw armou suas armadilhas, para que aprendam a não "brincar" com quem não devem, ou morram tentando escapar. E os instrumentos de tortura construídos pelo sádico assassino são caprichados, provocando muitas cenas fortes, com horror físico que chega a causa mal-estar no espectador.
Porém, desta vez o roteiro faz com que a gente torça pelo assassino e sua seguidora, ao invés dos torturados - que se mostram pessoas sem nenhum caráter e aproveitadoras da fragilidade humana. A história, basicamente, transcorre toda dentro de um galpão.
E claro, apesar de agradar aos fãs, tem alguns furos. Por exemplo, a rapidez com que Jigsaw constrói as suas armadilhas, ou então o desleixo dos vigaristas. Apesar de toda a produção para enganar as vítimas, eles deixam pistas absurdas quando abandonam um hospital no meio do nada no México...
Mas apesar destes detalhes, "Jogos Mortais X" agrada em cheio o seu público.
Cotação: bom
Duração: 1h58min
Chico Izidro

terça-feira, setembro 26, 2023

"O Som da Liberdade" (Sounds of Freedom)

O filme considerado o mais polêmico do ano, "O Som da Liberdade" (Sounds of Freedom), dirigido por Alejandro Monteverde, já está em cartaz no Brasil. A produção custou 14,5 milhões de dólares e arrecadou mais de 180 milhões de dólares nos cinemas dos Estados Unidos, superando blockbusters como "Indiana Jones e a Relíquia do Destino" e "'Missão: Impossível - Acerto de contas Parte 1". A trama é baseada na história real de um ex-agente do governo, Tim Ballard, que resgatava crianças vítimas de sequestro para uma rede de pedófilos. "O Som da Liberdade" caiu nas graças da direita norte-americana e alvo de esquerdistas.
O filme, conforme os direitistas, foi feito por encomenda para um setor ignorado por Hollywood. Já a esquerda o classifica como uma ferramenta de recrutamento da extrema direita, que promove a teoria conspiratória QAnon sobre uma seita de pedófilos de Hollywood e o Partido Democrata, que sequestraria crianças e sugaria o sangue delas.
Tim Ballard é interpretado por Jim Caviezel (o Jesus de "A Paixão de Cristo"). Ele é um ex-agente do Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos, que largou tudo para criar a organização Operation Underground Railroad (OUR), focada em combater o tráfico sexual de menores.
Na história, dois irmãos hondurenhos são sequestrados por traficantes e enviados para diferentes lugares - o garoto é comprado por um pedófilo norte-americano e a garota por um chefe da organização terrorista colombiana FARC. Então Ballard se embrenha nas selvas colombianas para resgatar a garotinha - os incidentes teriam ocorrido em 2013, mas descobriu-se que estes irmãos nunca existiram, sendo pura criação dos roteiristas.
Não fosse a teoria da conspiração, "Som da Liberdade" passaria batido. O filme é ruim, mal editado, com cenas que deixariam Silvester "Rambo" Stallone com vergonha - a primeira parte do filme até funciona, mostrando o desespero de crianças sendo sequestradas, pais sem saber o que aconteceu com os filhos. Mas na parte final, encenada nas selvas da Colômbia são de um constrangimento terrível, com cenas completamente inverossímeis.
Cotação: ruim
Duração: 2h15min
Chico Izidro

terça-feira, setembro 19, 2023

"Sem Ar" (The Dive)

"Sem Ar" (The Dive), filme alemão de suspense, é dirigido por Maximilian Erlenwein e um remake do sueco "Além das Profundezas" (Breaking Surface, 2020), de Joachim Hedén. A trama foca em duas irmãs, aliás, as únicas personagens presentes na ação, Drew (Sophie Lowe) e May (Louisa Krause), onde uma delas fica presa no fundo do mar, com pouco tempo de oxigênio.
O filme começa com as duas se dirigindo para uma praia afastada, ao som do clássico “Only You (And You Alone)“, do The Platters. Elas costumam fazer um mergulho anual no local, mas desta vez tudo vai dar errado. Dew e May mergulham, porém uma avalanche acontece, prendendo May embaixo de uma rocha a 28 metros de profundidade.
Drew, então, tem poucos minutos para voltar à superfície, descobrindo que vários equipamentos foram soterrados. Ela tem de levar oxigênio para a irmã e ainda tentar encontrar socorro nas proximidades.
O filme mostra com perfeição o desespero de Drew, que corre, corre, e tudo vai dando errado, enquanto May precisa manter a serenidade para economizar oxigênio. E sua mente começa a lhe trazer eventos do passado - neste momento é que surge a figura do pai delas.
"Sem Ar" não me deu tanto desespero e angústia, pois eu sofro é do medo de altura, tendo sofrido muito com "A Queda" (2022) e "A Travessia" (2015). Mas o filme constrói muito bem o medo e o desespero, sendo a água o grande vilão - não existe a figura de monstros assustadores, como tubarões e outros animais marinhos.
E tanto Sophie Lowe quanto Louisa Krause conseguem transmitir o pavor, o medo e a tensão de sofrer um acidente grave. Elas têm uma química muito boa, deixando com seus olhares e gestos o espectador apavorado.
Cotação: bom
Duração: 1h31min
Chico Izidro

domingo, setembro 17, 2023

"A Noite das Bruxas" (A Haunting in Venice)

Baseado em livro de Agatha Christie, lançado em 1969, Kenneth Branagh interpreta pela terceira vez o detetive belga Hercule Poirot em "A Noite das Bruxas" (A Haunting in Venice), sucessor dos filmes "Assassinato no Expresso do Oriente" (2017) e "Morte no Nilo (2022)".
"A Noite das Bruxas", além de protagonizado é também dirigido também por Kenneth Branagh. Desta vez a trama se passa em uma única noite, em Veneza, poucos anos após o término da II Guerra Mundial, com Hercule Poirot aposentado. Porém seu sossego acaba quando ele é procurado por uma antiga amiga, a escritora Ariadne Oliver (Tina Fey), que convence o detetive a participar de uma sessão espírita na mansão decadente de Rowena Drake (Kelly Reilly), que perdeu a filha de forma trágica um tempo atrás. A sessão espírita é comandada por uma médium, vivida por Michelle Yeoh. Poirot, sempre cético, tenta desmarcarar a mulher.
No entanto, novo crime acaba acontecendo na casa, forçando o detetive a sair de sua zona de conforto, e tentar desvendar os incidentes, envoltos em uma mística sobrenatural. Algumas pessoas na mansão acreditam na presença de espíritos, e cabe a Poirot desvendar o mistério.
O filme é sombrio, e apesar da aura sobrenatural, não é feito para dar sustos, e sim fazer o expectador refletir e tentar descobrir, através de pistas, o ou os assassinos. Enfim, "A Noite das Bruxas" é muito bom, por causa de seus elementos misteriosos e suas reviravoltas sensacionais.
E eu como fã de carteirinha da escritora inglesa, sempre acho excelente ver nas telas as obras da Rainha do Crime. O meu filme preferido é "O Vingador Invisível" (And then There Were None), de 1945 - no Brasil o livro foi batizado de "O Caso dos Dez Negrinhos".
Cotação: ótimo
Duração: 1h44min
Chico Izidro

quinta-feira, setembro 07, 2023

"A Freira 2" (The Nun II)

"A Freira 2" (The Nun II) é a sequência de filme lançando em 2018, e que faz parte da franquia "Invocação do Mal". No primeiro volume, um padre atormentado e uma noviça, Irene (Taissa Farmiga), foram enviados pelo Vaticano a Romênia para investigar o suicídio de uma freira. Os dois acabaram se confrontando com uma força demoníaca, em forma de freira.
Agora, nesta continuação dirigida por Michael Chaves, a trama ocorre quatro anos depois dos eventos anteriores, tendo início numa cidadezinha francesa em 1956. Um padre é morto de forma brutal na igreja local, e a Irmã Irene novamente vivida por Taissa Farmiga, a irmã mais noiva da atriz Vera Farmiga.
Vivendo em um convento, ela é convocada novamente pelo Vaticano para investigar uma série de mortes envolvendo membros da Igreja. Os indícios apontam para o demônio Valak, que possuiu o jovem Maurice, também conhecido como Frenchie (Jonas Bloquet), e que trabalha em um internato para meninas na França - no final do primeiro filme, Maurice acabou possuído pelo espírito da freira e continuou os crimes sem que tivesse consciência de seus atos. A Irmã Irene parte para a missão, e acaba sendo seguida pela rebelde Irmã Debra (Storm Reid), para combater o demônio novamente.
Feito o resumo do filme, ele parece ter um roteiro muito bom, e que provocaria sustos e mais sustos, afinal se propõe a ser uma obra de terror. Mas infelizmente, após um começo promissor, tudo é perdido em sequências sem o mínimo sentido. E qual a necessidade de todo o filme de terror ter cenas gravadas em plena escuridão, onde o espectador mal consegue visualizar o que acontece na tela? E o término é pessimamente construído.
"A Freira 2" não acrescente nada ao universo de "Invocação do Mal". Enfim, não se faz mais filmes de terror como antigamente.
Cotação: ruim
Duração: 1h50
Chico Izidro

sexta-feira, setembro 01, 2023

A israelense Golda Meir, nascida na Ucrânia, foi uma das primeiras mulheres chefe de estado, praticamente no mesmo período de Indira Gandhi na India. A pioneira foi Khertek Anchimaa-Toka, em Tuva, na Oceania, em 1940. Ela se tornou primeira-ministra de Israel em 1969, aos 70 anos de idade. Em sua carreira política, ela já havia sido embaixadora na hoje extinta União Soviética, ministra do Interior, Relações Exteriores e do Trabalho.
E quatro anos depois de assumir a nova função, já aos 75 anos, enfrentou o seu maior desafio, quando um dia antes do feriado judaico de Yom Kippur, o Egito e a Síria lançaram um ataque surpresa a Israel. Sem esquecer que um ano antes, o governo de Golda Meir já havia sofrido com os eventos da Olímpiada de Munique, quando os terroristas do Setembro Negro vitimaram vários atletas israelenses (veja o filmaço Munique, dirigido por Steven Spielberg).
Bem, este período conturbado da Guerra do Yom Kippur é o mote do filme "Golda - A Mulher de Uma Nação" (Golda), dirigido por Guy Nattiv (Skin - À Flor da Pele), e magistralmente protagonizado por Hellen Mirren. Que desta forma se candidata fortemente a conseguir o seu segundo Oscar - ela já o fez quando viveu Elizabeth II em “A Rainha” (2007).
O filme mostra os bastidores da guerra, e como Golda Meir, uma fumante inveterada, teve de mostrar mão de ferro, ao tomar as suas decisões. Afinal, muitas vidas e até o destino do país estavam em suas decisões. E Golda ainda sofria hostilidade, afinal de contas, estamos falando dos anos 1970, onde os os membros do gabinete exclusivamente homens, se mostravam extremamente hostis a ela.
Pegos de surpresa, afinal era feriado em Israel, com as tropas desmobilizadas, os invasores obtiveram muito sucesso nos primeiros dias. Porém, a guerra acabou sendo vencida pelos israelenses. O conflito durou 19 dias, mais do que a Guerra de Suez (ou Guerra do Sinai) em 1956 e a Guerra dos Seis Dias em 1967 juntos. Israel teve mais de 2500 mortos em combate. Outras centenas de foram capturados nos primeiros dias de luta, sendo que dezenas deles foram terrivelmente torturados e mortos.
Cinco anos depois da vitória de Israel na Guerra do Yom Kippur, em 1978, israelenses e árabes acertaram um acordo de paz em Camp David, nos Estados Unidos. Na ocasião, o Egito finalmente reconheceu a derrota e existência do Estado de Israel, retomando assim as relações diplomáticas entre os países - isso provocaria o assassinato do líder egípcio Anwar Al Sadat em 1981, considerado traidor do povo árabe. Mas isto é outra história.
Antes de finalizar, agradecer o convite da Wizo RS (Organização Sionista Internacional de Mulheres) e da StandWithUs Brasil, que me convidaram para a pré-estreia de "Golda - A Mulher de Uma Nação" em sessão exclusiva no Espaço de Cinema Bourbon Country.
Cotação: ótimo
Duração: 1h40min
Chico Izidro

quinta-feira, agosto 31, 2023

"As Tartarugas Ninja: Caos Mutante" (Teenage Mutant Ninja Turtles: Mutant Mayhem)

Nunca fui fã dos quadrinhos e nem da animação na TV. Até cheguei a comprar algumas revistinhas anos atrás, porém não me empolguei. No entanto, agora ao assistir "As Tartarugas Ninja: Caos Mutante" (Teenage Mutant Ninja Turtles: Mutant Mayhem), roteiro de Seth Rogen, Evan Goldberg, Dan Hernandez e Benji Samit e direção de Jeff Rowe, acabei curtindo esta versão animada cinematográfica.
O filme apresenta uma nova origem para as quatro tartarugas que sofreram mutação após entrar em contato com uma gosma radioativa: Leonardo, Raphael, Donatello e Michelangelo. E sob o comando do pai de criação deles, o rato Mestre Splinter, eles se tornam ninjas habilidosos. E aqui a perspectiva dos personagens os mostra adolescentes.
E como todos os de sua idade, eles querem circular pela cidade, curtir a vida e comer seu alimento preferido, pizza. Porém, Splinter prefere mantê-los afastados, com medo de que eles sejam agredidos e até "ordenhados", colocando medo nos garotos. Só que os quatro não conseguem ficar passivos diante da ameaça de uma gangue de criaturas Clã do Pé, comandado pelo vilão e arqui-inimigo dos heróis, Shredder. Ah, ia esquecendo de citar a adolescente April O'Neil, que sonha em ser jornalista, e ajuda as tartarugas, mostrando que elas não são seres que devem ser temidos.
A animação é bem feita, a mesma estrutura e o ritmo frenético de "Homem-Aranha no Aranhaverso" (2018). Tem também muita pancadaria, momentos de ternura e boas, muito boas piadas.
Cotação: ótimo
Duração: 1h39min
Chico Izidro

domingo, agosto 27, 2023

"A Chamada" (Retribution)

Em "A Chamada", filme dirigido por Nimród Antal, Liam Neeson segue a sua saga de defender a família. Mas ao contrário de outros filmes estrelados pelo veterano ator irlandês, ele não sai por aí matando malfeitores a torto e direito.
Liam interpreta Matt Turner, um cara que trabalha no mercado financeiro, e por causa disso, dá pouco atenção para a esposa, Heather (Embeth Davidtz) e os filhos, Emily (Lilly Aspel) e Taylor (Jack Champion). Até o dia em que ele sai de casa para levar os filhos para a escola e recebe uma ligação - e uma voz cavernosa do outro lado da linha avisa que há uma bomba embaixo de seu banco, e se ele ou os jovens tentarem sair do carro, tudo irá pelos ares.
E Matt passa a ser instruído para encaminhar determinada quantia em dinheiro para uma conta no exterior, ao mesmo tempo em que vê sócios serem executados. E ele começa a ser visto como suspeito dos crimes. O executivo tem de tentar descobrir o que se passa em sua vida e o que teria feito para sofrer ameaças e se tornar alvo.
A ação se passa, predominantemente, dentro de um carro, que circula pelas ruas de Berlim, na Alemanha. E apesar das cenas de ação, com direito a muitas explosões, desta vez Liam Neeson passa, quase longe daquele seu tipo violento e sem noção. Pois "A Chamada" funciona muito bem até a sua metade, quando o roteiro se perde, e Liam Neeson volta a ser o Liam Neeson que conhecemos, inclusive com o tradicional bordão: "mexeu com a minha família, mexeu comigo, eu vou encontrá-lo e vou matá-lo".
Ah, e o vilão é um ator que até começou bem lá nos anos 1980, mas se especializou em ser o bandidão da vez...o cara aparece e a gente já saca quem ele é na trama. Estava indo tão bem...
Cotação: regular
Duração: 1h31min
Chico Izidro

quinta-feira, agosto 24, 2023

“Drácula: A Última Viagem do Demeter” (The Last Voyage Of The Demeter)

“Drácula: A Última Viagem do Demeter” (The Last Voyage Of The Demeter), dirigido por André Øvredal, é inspirado em um capítulo do livro de Bram Stoker, escrito em 1896, sobre o vampiro surgido na Romênia. O filme foca apenas na viagem do desafortunado navio, que sai do leste europeu em direção a Londres, transportando uma carga misteriosa - na realidade não é spoiler, né, afinal a história é por demais conhecida.
A carga é o próprio Conde Drácula, em um dos caixões, enquanto outros transportam terra e ratazanas. A trama inicia quando o navio é encontrado na costa inglesa, totalmente destruído e com os seus tripulantes mortos. Então ocorre a leitura do diário de bordo, para se determinar o que aconteceu.
O Demeter é uma embarcação comandada pelo capitão Eliot (Liam Cunningham) e que conta com mais alguns homens, seu neto Toby (Woody Normam), e o médico negro Clement (Corey Hawkins). No meio da viagem, eles encontram a jovem Anna (Aisling Franciosi), que estava em um dos caixões - ela servia como alimento de Drácula. E a garota, que vivia na aldeia romena dominada pelo conde, alerta que o mal está no barco, junto com eles.
E aos poucos, começam a ocorrer mortes no barco, começando pelos animais, e depois passando para os humanos. Ninguém está a salvo. O filme é completamente claustofóbico, imagens sempre escuras, mar aberto. E pense você num navio, sem ter para onde escapar? Tem algo de "Alien: O Oitavo Passageiro" presente. Um ser assassino à solta em um ambiente fechado...
E o ser monstruoso está lá no navio. E o Drácula aparece em sua forma animal, com corpo raquítico, e cara e asas de morcego, com uma boca cheia de dentes enormes (assistam Nosferatu, e vejam como a figura lembra bastante a criatura).
“Drácula: A Última Viagem do Demeter” é um ótimo filme de terror, acertando nos planos abertos, mostrando o mar agitado, os closes dos personagens, que aparecem desesperados, sabendo não haver escapatória. A direção de arte também acerta, entregando figurinos e cenários do século XIX que ajudam a contextualizar a história.
Cotação: ótimo
Duração: 1h58min
Chico Izidro

domingo, agosto 20, 2023

"Fale Comigo" (Talk To Me)

O terror "Fale Comigo" (Talk To Me) é dirigido pela dupla de irmãos australianos Danny e Michael Philippou. E é uma história diferenciada, muito superior aos recentes filmes do gênero. A trama foca na jovem Mia (Sophie Wilde, excelente), que sofre com a perda da mãe, que cometeu suícidio. Ela é acolhida por outra família, sendo considerada a irmã mais velha. Porém, na escola se sente deslocada. E para se enturmar, uma noite vai a uma festa na qual nem foi convidada.
E a galera se reúne para brincar de uma versão da clássica "brincadeira do copo". Porém, ao invés do copo, o objeto a ser manipulado é uma mão de origem desconhecida, que tanto pode ser o membro decepado de um bruxo como simplesmente uma escultura em gesso. E ele permite que a alma dos mortos tome controle do corpo dos vivos. Tudo é filmado e transmitido ao vivo, mas ninguém leva a sério as possessões.
As regras da brincadeira são simples: acender uma vela, segurar a mão e dizer: “fale comigo”. Ao criar a conexão, encontrando uma pessoa morta, e sempre putrefata, à sua frente, a pessoa fala “pode entrar”, sendo possuída. Mas o possessor” não pode passar mais de 90 segundos no corpo.
No entanto, Mia, em uma sessão acaba escutando a voz de sua falecida mãe saindo de um garoto possuído. A jovem acaba extrapolando o tempo de conexão, querendo prorrogar mais o contato com sua mãe. E isso se torna fatal, pois o resultado é a abertura de um portal de onde espíritos malígnos escapam, passando a perseguir a ela e conhecidos.
"Fale Comigo" não tem uma ideia original, mas o seu mérito é em como lida com a história, não se preocupando em dar sustos desnecessários. A narrativa cria ainda sentimentos de carência, ausência e vulnerabilidade da jovem Mia. O filme mantém o suspense sempre afiado, e deixa no ar a explicação da origem da mão - dando brecha para uma sequência.
Cotação: ótimo
Duração: 1h34min
Chico Izidro

quinta-feira, agosto 17, 2023

"Besouro Azul" (Blue Beetle)

"
Besouro Azul" (Blue Beetle), dirigido pelo porto-riquenho Ángel Manuel Soto, e baseado em quadrinhos da DC, trata sobre o jovem Jaime Reyes (Xolo Maridueña), que recé-formado na faculdade, volta para casa, na fictícia Palmera City, sonhando em encontrar um ótimo emprego.
Porém, a casa onde a sua família, de imigrantes mexicanos, reside será ocupada pela empresa Kord, da CEO, Victoria Kord (Susan Sarandon). Na região, ela pretende contruir condomínios de luxo. O garoto, porém, acaba ficando de posse de uma relíquia de biotecnologia alienígena, conhecida como Escaravelho. E ele escolhe Jaime para ser seu hospedeiro simbiótico, dando ao jovem uma armadura superpoderosa e cheia de utilidades armamentistas. No entanto, a armadura está na mira de Victoria Kord, que se utiliza da força do vilão Carapax (Raoul Max Trujillo) para tentar recuperá-la, não importando se tem de destruir.
Jaime, então, tem de se adaptar à estrutura alienígena, e contar com a ajuda da real herdeira das indústrias Kord, Jenny Kord (Bruna Marquezine), além da sua família. E esta é retratada da forma mais estereotipada possível - todos berram muito, são espalhafatosos e inconvenientes. Tem o tio doidão e desempregado, o ator George Lopez, que por outro lado é um gênio da informática, a vovó religiosa, Adriana Barraza, que do nada se torna uma guerrilheira.
"Besouro Azul" ainda é um verdadeiro xerox de outros filmes de super-heróis, pinçando coisas desde o "Homem de Ferro", "Homem-Formiga" e "Homem-Aranha" e "Power Rangers".
Ou seja, o roteiro é ruim, as atuações beiram a tosquice, destacando a vilã vivida por Susan Sarandon, que faz uma atuação caricata ao extremo. O que se salva é o protagonista Xolo Maridueña, do seriado Cobra Kai, apresentando uma ótima química com a nossa brasileirinha Bruna Marquezine, obtendo o melhor de sua personagem, com uma ótima dicção e inglês. Pena que o filme fique muito abaixo da capacidade destes dois.
Cotação: ruim
Duração: 2h08min
Chico Izidro

sexta-feira, agosto 11, 2023

"A Era de Ouro" (Spinning Gold)

"A Era de Ouro" (Spinning Gold), retrata a vida de Neil Bogart, bilionário da indústria da música, que criou a gravadora Casablanca Records, responsável por lançar KISS, Donna Summer, Gladys Knight e The Village People. Foi uma marca impressionante na história da música norte-americana. O filme é dirigido pelo filho de Bogart, Timothy Scott Bogart.
Neil Bogart era um rapaz judeu, de família humilde, mas sempre com a ideia de enriquecer com a música. Ele até tentou ter uma banda, cantar, mas se achou mesmo como empresário, começando a ter sucesso em 1974. Porém, morreu jovem, com apenas 39 anos, vítima de câncer em 1982. Neil é vivido por Jeremy Jordan, conhecido por sua participação no seriado Supergirl.
"A Era de Ouro" (Spinning Gold) é interessante por mostrar a vida de uma pessoa por trás de artistas que gostamos e idolatramos. Porém, sendo uma obra dirigida por um familiar, ocorrem tropeços em seu decorrer, apesar de não passar pano para um cara que traia a esposa, se drogava. Mas passa a impressão de que Bogart era o verdadeiro gênio, tirando o crédito da criação de artistas como uma Donna Summer, um KISS...eles não teriam sido o que foram não fossem as dicas de Bogart...
O longa-metragem tem vários outros problemas, como por exemplo, erros de continuidade. Só que acerta na direção de arte e maquiagem. A melhor parte, no entanto, acaba sendo os créditos finais, quando pode-se ver imagens do verdadeiro Neil Bogart e seu carisma em entrevistas para a TV e vídeos caseiros.
Cotação: regular
Duração: 2h17min
Chico Izidro

quinta-feira, agosto 03, 2023

"Loucas em Apuros" (Joy Ride)

"Loucas em Apuros" é mais um daqueles filmes que ganham um título completamente idiota no Brasil, seguindo aquela tendência oitentista de colocar a palavra louco em tudo. Mas "Loucas em Apuros", no original Joy Ride, dirigido por Adele Lin, é uma comédia feminina, escrachada até não poder mais. Sabem "Se Beber, Não Case?", pois é, coloquem mulheres no lugar dos homens, e está criado o caos, fugindo do politicamente correto e mais.
A trama segue quatro amigas, e tem início na amizade de Audrey (Ashley Park, de "Emily em Paris") e Lolo (Sherry Cola), que se conhecem ainda crianças, por ser as únicas meninas asiáticas em Seattle, e crescem unidas. Mas Audrey é mais focada e se torna uma advogada de certo sucesso, enquanto Lolo é desleixada, aspirando ser artista plástica.
Certo dia, a empresa onde Audrey trabalha, dá uma missão para ela, de fechar um acordo na China, e se conseguir ganhará sociedade. E Audrey nasceu no país oriental, mas adotada ainda bebê por um casal branco norte-americano. Indo para a Ásia, é a oportunidade de tentar encontrar seus pais.
E para a jornada, ela convidam para ir junto a melhor amiga, que seria a tradutora, e a prima, Vanessa "Olho de Peixe Morto" (Sabrina Wu). Já em Pequim se junta a elas Kat Stephanie Hsu, de "Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo", atriz e ex-colega de faculdade de Audrey. As quatro então partem para uma viagem por terras chinesas cercadas de festas, drogas, k-pop e muito sexo. Uma pegada maluca, mesmo, e claro, sendo uma comédia, com muita coisa dando errada pelo caminho. E "Loucas em Apuros" traz até um plot twist interessante, relacionado com Audrey.
As piadas são fortes, muitas beirando a pura baixaria mesmo, envolvendo órgãos sexuais masculinos e femininos, tatuagens, virgindade, orgias. Ou seja, se os homens podem baixar o nível e achar graça, por que as mulheres também não? Sem contar que as quatro estão perfeitamente à vontade em seus papéis, são divertidas e lindas.
Cotação: ótimo
Duração: 1h32m
Chico Izidro

sexta-feira, julho 28, 2023

"Missão de Sobrevivência" (Kandahar)

O filme tem um título nacional genérico, mostrando a pouca capacidade das distribuidoras nacionais de escolherem um nome decente para uma obra cinematográfica - um dia ainda farei uma matéria sobre aqueles títulos absurdos dos anos 1980. Bem, dito isso, vamos para "Missão de Sobrevivência", no original Kandahar, que é uma cidade afegã.
A trama segue o agente secreto Tom Harris (Gerard Butler), que em Qom, no Irã, infiltra um dispositivo nos cabos telefônicos da cidade, permitindo que a CIA hackeie uma usina atômica iraniana e a exploda. Feita a missão, é hora de Tom voltar para casa, a tempo de ir na formatura da filha.
Porém, ele recebe uma oferta para uma nova missão feita pelo amigo Roman Chalmers (Travis Fimmel, o Ragnar do seriado Vikings), para se infiltrar na fronteira do Afeganistão com o Irã. O salário era atrativo, praticamente garantindo a independência financeira dele e de seus descendentes. E Tom ainda ganha a ajuda do intérprete Mohammad Doud (Navid Negahban).
Porém, tudo dá errado quando os iranianos conseguem identificar Tom, que passa a ser perseguido pelo comando do país inimigo, além de caçadores de recompensas. Para escapar da morte certa, a sua única saída é tentar chegar a uma base americana em Kandahar, onde um avião o aguarda para levá-lo para os Estados Unidos.
"Missão de Sobrevivência", apesar de trazer Gerard Butler, que vem se especializando no cinema Brucutu, como protagonista, o mostra menos heroico como de hábito. Tom é um espião que se vê cercado de inimigos, sem poderes especiais, e contando apenas com suas habilidades especiais. O filme ainda humaniza os inimigos, mostrando as suas famílias e como sofrem com a perda de seus entes queridos, e não apenas dos americanos.
As cenas são muito bem gravadas, movimentadas. A melhor talvez seja uma perseguição noturna de um helicóptero no meio do deserto, com Tom usando binóculos de visão noturna. Destaque também e que há pouco foi visto em outro filme, "O Pacto" (The Covenant), é a importância do trabalho dos tradutores locais nas zonas de conflito do Oriente Médio e Ásia.
Cotação: bom
Duração: 1h59min
Chico Izidro

quinta-feira, julho 27, 2023

"Mansão Mal Assombrada" (Haunted Mansion)

Vinte anos depois de sua primeira versão, estrelada por Eddie Murphy, sai o novo "Mansão Mal Assombrada" (Haunted Mansion), desta vez dirigido por Ric Roman Waugh. Na trama, mãe e filho, Gabbie (Rosario Dawson) e Travis (Chase Dillon) se muda de Nova Iorque para uma mansão antiga de Nova Orleans, cidade conhecida por seu envolvimento com coisas sobrenaturais e no tratamento respeitoso, mas festivo com os mortos.
Porém, o novo lar está repleto de espíritos malignos - os dois até tentam fugir, mas como antes pisaram no interior do imóvel, são amaldiçoados, com um fantasma os perseguindo aonde forem. Então o jeito é tentar conviver com os seres de outro mundo. E recorrem a um ex-cientista espacial, Ben Matthias (LaKeith Stanfield, do seriado Atlanta), que ao perder a esposa, entrou em depressão, e que talvez possa ajudá-los, apesar de seu ceticismo.
Ele também acaba sendo perseguido por um fantasma, e não vê outra alternativa a tentar ajudar mãe e filho. E a eles se juntam ainda um padre trambiqueiro (Owen Wilson), uma vidente (Tiffany Sarac Haddish) e um professor maluco (Danny DeVito).
Jared Leto faz o fantasma-vilão e, pelo lado dos fantasmas bons, destaques para Winona Ryder, que até aparece pouco, mas sempre roubando a cena, e Jamie Lee Curtis.
Já LaKeith Stanfield não parece estar à vontade, tendo sempre a mesma expressão em todos os momentos - seja feliz, triste, depressivo, com medo...o contrário do garoto Chase, que na vida real tem 13 anos, mas interpreta um menino de nove. Ele tem grandes momentos cômicos, com caras e bocas muito divertidas.
Porém, como é um filme feito para a família, não pode aproveitar totalmente o terror que poderia sair dali. Fica perdido no meio do caminho entre comédia e fantasmagórico, o que por vezes acaba provocando o tédio e o sono no espectador.
Cotação: ruim
Duração: 1h59min
Chico Izidro

sexta-feira, julho 21, 2023

"Barbie"

"Barbie", dirigido por Greta Gerwig e roteiro dela com seu companheiro Noah Baumbach, é um filme live-action da boneca mais famosa e vendida do mundo, criada em 1959 nos Estados Unidos. E elas, em todas as suas versões (magras, gordas, loiras, morenas, negras) vivem em um mundo mágico, a Barbieland, todo cor de rosa, em perfeita harmonia. As únicas preocupações das bonecas é o que vestir e curtir intermináveis festas.
Até que uma delas, vivida por Margot Robbie, começa a ter dúvidas sobre a sua existência e questiona até a morte. Ela é a Barbie estereotipada, ou seja, aquela criada para estar sempre linda, loira, magra, sem rugas, sem celulites, está mudando. A boneca já vinha ignorando quase por completo o namorado Ken (Ryan Gosling), e decide encontrar um sentido para a sua vida, deixando a Barbieland e escapando para o mundo real. Mas ao sair, Ken acaba seguindo a boneca, se escondendo no carro conversível dela, e isso vai gerar uma espécie de efeito borboleta.
No mundo real, Barbie toma conhecimento de uma empresa, a Mattel, que lucra milhões vendendo suas bonecas. O CEO é um personagem de tiradas cômicas (Will Ferrell). E esta Barbie também vai descobrir o porque de terem surgido dúvidas em sua mente - elas são propiciadas pela mãe solteira Gloria (America Ferrara), que fica questionando a sua vida vazia e relembrando quando era uma criança.
Ao retornar para Barbieland, Barbie descobre que o seu mundo mágico está dominado pelos Kens. Quando o Ken vivido por Ryan Gosling seguiu a boneca ao mundo real, tomou conhecimento de um mundo dominado pelos homens, e tenta implantar isso na terra dos bonecos.
"Barbie" é uma grande sátira sobre os papéis de gênero no mundo, flertando com a diversidade. No elenco aparecem todos os tipos de Barbie, inclusive uma cadeirante. A Mattel também entrou na brincadeira, pois embora também patrocine o filme, aceitou ser criticada por seu machismo - embora fabrique bonecas, ela é contolada exclusivamente por homens.
E tanto Margot Robbie quanto Ryan Gosling agradam nos papéis de Barbie e Ken. Ele passa muito carisma, e se destaca ainda nas partes musicais. Enfim, é um filme divertido, e que sim, tem seu espaço para a reflexão.
Cotação: bom
Duração: 1h54min
Chico Izidro

quinta-feira, julho 20, 2023

"Oppenheimer"

"Oppenheimer", dirigido por Christopher Nolan e baseado no livro biográfico vencedor do Prêmio Pulitzer, "Prometeu Americano: O Triunfo e a Tragédia", de J. Robert Oppenheimer, escrito por Kai Bird e Martin J. Sherwin. A trama mostra a vida do físico Julian Robert Oppenheimer (Cillian Murphy), teórico da Universidade da Califórnia e diretor do Laboratório de Los Alamos durante o Projeto Manhattan e conhecido popularmente como o criador da bomba atômica, e avança nos anos seguintes após o conflito, quando ele teve de enfrentar o Macarthismo, ao ser acusado de comunista.
A ambientação ocorre principalmente nos anos 1940, durante a Segunda Guerra Mundial, quando ao lado de outros cientistas, eles foram confinados no deserto de Los Alamos, no Novo México, e passaram quase dois anos projetando a bomba atômica - a missão era finalizar o projeto antes dos nazistas, que no começo do conflito tinham grande chance de dominar o mundo (a Europa já havia sido quase toda ela dominada pelos alemães).
Como se sabe, o Projeto Manhattan acabou sendo um sucesso. Mas o cientista passou a sentir o peso da culpa, se sentindo responsável pela morte de mais de 100 mil pessoas atingidas pelas bombas em Hiroshima e Nagasaki, no Japão. Oppenheimer exerceu o cargo de presidente da Comissão para a Energia Atômica estadunidense até 1952.
Mas um ano depois, por causa de um vínculo com os comunistas - a sua mulher Kitty foi membro do partido e ele chegou a doar dinheiro para diversas organizações antifascistas, principalmente os republicanos na Guerra Civil Espanhola -, acabou sendo vítima da caça às bruxas de McCarthy, sofrendo um processo do Congresso.
O filme, que intercala cenas coloridas com outras em preto e branco e vai e volta no tempo, foca principalmente num período de quase 20 anos da vida de Oppenheimer. O irlândes Cillian Murphy, que foi revelado em "Extermínio" (2002), tem atuação destacada e muitos já falam que receberá uma indicação ao Oscar. O ator, para se parecer mais com o cientista, adotou uma rigorosa dieta. De acordo com relatos da atriz Emily Blunt, que interpreta a mulher do personagem na trama, Murphy se limitou a comer apenas uma amêndoa todos os dias para se preparar para seu papel.
“Adoro atuar com meu corpo e ‘Oppenheimer’ tinha uma fisicalidade e uma silhueta muito distintas que eu queria acertar”, disse o ator. “Tive que emagrecer bastante e trabalhamos com figurino e alfaiataria”, ressaltou ele, dizendo ainda como as roupas que usa no filme também ajudaram na construção do físico americano.
Além de Murphy, o elenco tem nomes como Emily Blunt, Matt Damon, Robert Downey Jr., Florence Pugh, Gary Oldman, Jack Quaid, Gustaf Skarsgård, Rami Malek e Kenneth Branagh.
"Oppenheimer" é um filmaço, que consegue explorar com extrema qualidade a complexidade da vida do famoso cientista, que era um ser humano igual aos outros, com defeitos e qualidades.
Cotação: ótimo
Duração: 3h01min
Chico Izidro

quarta-feira, julho 12, 2023

"Missão: Impossível – Acerto De Contas Parte 1" (Mission: Impossible – Dead Reckoning Part One)

"Missão Impossível 7: Acerto de Contas Parte 1", direção de Christopher McQuarrie, é o sétimo filme da franquia de ação e espionagem iniciada em 1996, que acompanha o agente norte-americano Ethan Hunt (Tom Cruise) em missões secretas e perigosas ao redor do mundo. Neste novo capítulo, Ethan tem como principal inimigo uma poderosa IA (Inteligência Artificial), com capacidade de apagar os rastros que seus executores deixam, e está sempre um passo à frente dos acontecimentos devido ao seu poder.
Porém, ao invés de tentar destruí-la, diversos governos querem se apoderar dela para poderem controlar o destino do mundo. Assim, Ethan reúne a sua equipe, formada por Ilsa Faust (Rebecca Ferguson), Benji Dunn (Simon Pegg) e Luther Stickell (Ving Rhames) para ir atrás de uma chave que controla a IA. Só que durante a missão, eles têm de combater vários atravessadores, agentes secretos e diretores governamentais.
O filme apresenta diversas sequências fortes de ação, deixando a adrenalina lá em cima. A mais impactante certamente é quando Ethan, de motocicletas, salta do alto de uma montanha com paraquedas e vai parar dentro de um trem. Na cena, o ator dispensou dublês. Outro momento instigante é o descarrilhamento de um trem em uma ponte explodida, onde Ethan Hunt e Grace (Hayley Atwell) fazem malabarismos para não despencarem no abismo.
Mas apesar das fortes cenas de ação, o roteiro é genérico, sem novidades. Mais do mesmo, uma mistura de 007 com Velozes e Furiosos. Porém, é um deleite ver o desfile de atrizes lindas na telona, como Vanessa Kirby, Rebecca Ferguson e Hayley Atwell. Enfim, um deleite para os olhos, em todos os sentidos.
Ah, ia esquecendo. "Missão: Impossível – Acerto de Contas" é dividido em duas partes. Apesar das quase três horas da primeira parte, existe história suficiente para a continuação, ainda sem previsão de lançamento.
Cotação: ótimo
Duração: 2h43min
Chico Izidr
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domingo, junho 18, 2023

"THE FLASH"

Há muito tempo parei de me encantar com filmes de super-heróis, e muitos deles me tiram completamente a paciência. Outros nem quero assistir e mais alguns vejo relaxado, afinal é apenas ficção, sem nenhuma relação com a realidade. E isso que cresci lendo todos as histórias em quadrinhos de super-heróis possíveis. Então não fico discutindo se isso ou aquilo é crível ou não. Não é. É um filme de um personagem de ficção.
Feito o desabafo, vamos ao filme "The Flash", direção do argentino Andy Muschietti, que foca em um dos temas mais recorrentes atualmente no mundo dos super-heróis, o multiverso. O filme foi baseado livremente na HQ "Flashpoint".
Ezra Miller vive The Flash, que após sofrer um acidente, ganha poderes de ser extremamente veloz. O ator faz um personagem extremamente exagerado, Barry Allen, um nerd socialmente desajeitado, cheio de tiques. E ele acaba fazendo uma descoberta que vai trazer prejuízos enormes, pois devido a sua supervelocidade, tem a habilidade de viajar no tempo. Assim, pode tentar desfazer o evento mais traumático de sua vida: o assassinato de sua mãe e a injusta prisão de seu pai, que ocorreram enquanto ele ainda era uma criança.
O problema é que a sua viagem temporal traz consequências catastróficas para o universo. Ao voltar no tempo, The Flash se vê em um efeito borboleta e começa a viajar entre mundos diferentes do seu, encontrando nos diferentes universos uma versão adolescente sua, sua mãe ainda viva. Mas ao mesmo tempo, surge o Coronel Zod (Michael Shannon), que pretende capturar o alienígena vindo do Kripton e dominar o universo.
E em suas viagens, Barry Allen vai encontrando o mordomo Alfred (Jeremy Irons), o Batman (Ben Affleck) e a Mulher-Maravilha (Gal Gadot), até deparar com a melhor versão do homem-morcego, vivido por Michael Keaton, talvez a melhor coisa no filme.
"The Flash" é até divertido, tenta fazer humor, errando muitas vezes, tem muitos problemas, principalmente nos efeitos especiais. Mas é apenas mais um filme de super-heróis, não dá para exigir demais...ops, eu já havia escrito isso.
Cotação: regular
Duração: 2h24min
Chico Izidro

“QUEER”

Foto: Paris Filmes “QUEER”, dirigido por Luca Guadagnino a partir de um roteiro de Justin Kuritzkes, é baseado em romance homônimo de 1985...