"Godzilla e Kong: O Novo Império" (Godzilla and Kong: New Empire), dirigido por Adam Wingard, traz os dois poderosos titãs lutando junto, depois de terem se enfrentado. Agora, cada um vive em seu território - Godzilla domina os monstros na superfície, enquanto que King Kong governa na “Terra Oca”, um mundo do centro do planeta e local de origem de todas as criaturas gigantes.
Os dois vivem em relativa paz com os humanos, tanto que Kong está lá sossegado. Mas Godzilla vem à tona para brigar com outro monstro que aparece em Roma. E Kong é obrigado a subir depois que o seu dente canino começa a lhe incomodar.
Porém, a equipe que monitora a Terra Oca passa a notar pequenos incidentes, e os humanos, liderados pela cientista interpretada por Rebecca Hall, decidem investigar, seguindo o gorila até a Terra Oca para tentar descobrir o que está acontecendo. E acabam dando de cara com moradores de uma sociedade que se acreditava extinta e um outro macaco gigante, Skar, que está determinado a dominar o planeta. E é aí que os dois titãs acabam unindo forças - e destruindo muitas cidades pelo caminho, inclusive o Rio de Janeiro, colocado a baixo sem dó nem piedade.
"Godzilla e Kong: O Novo Império" apresenta um trabalho impressionante de animação digital e efeitos especiais. Porém, todo este trabalho é desperdiçado numa história mal escrita, com personagens estereotipados (o podcaster vivido por Brian Tyree Henry, o Paperboy de Atlanta é a vítima da vez). Sem contar as cansativas lutas entre os monstros, muitas filmadas em movimentos tão acelerados que é quase impossível saber quem está lutando com quem.
E pensar que há pouco tempo assisti "Godzilla Minus One", produção da japonesa Toho, uma verdadeira obra-prima mostrando o lagartão destruindo Tóquio enquanto um ex-piloto kamikaze tentando reconstruir a sua vida num Japão sofrendo com o final da II Guerra Mundial. O filmaço custou menos de 15 milhões de dólares, enquanto que "Godzilla e Kong: O Novo Império" foi orçado em 135 milhões de dólares. Com o perdão do trocadilho, uma verdadeira bomba.
Cotação: ruim
Duração: 1h55min
Chico Izidro
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