quinta-feira, setembro 26, 2024

“O DIA QUE TE CONHECI”

Foto: Filmes de Plástico
“O DIA QUE TE CONHECI”, dirigido por André Novais Oliveira, gira em torno do bibliotecário Zeca, um homem de seus quase 40 anos, com claros sinais de irresponsabilidade. Ele mora com um primo, a quem pede para o acordá-lo, pois tem dificuldades de levantar pela manhã para ir trabalhar.
Certo dia, Zeca acorda atrasado e sai correndo de casa. Aqueles dias em que nada dá certo – o trajeto até a escola onde trabalha em outra cidade nos arredores de Belo Horizonte leva cerca de uma hora e meia. E o ônibus ainda estraga.
Ao chegar no trabalho, a supervisora da escola, Luísa (Grace Passô) entra na biblioteca, mas não com boas notícias. E apesar de ser um funcionário querido pelos alunos, mas devido aos seus constantes atrasos, Zeca acaba despedido. O personagem recebe a demissão de forma tranquila.
Então é aí que o filme realmente começa. Pois o espectador está curioso em saber quem Zeca vai conhecer. Luísa vai encontrar uma amiga e oferece carona para o bibliotecário. Os dois, apesar de serem colegas na escola, quase não se conheciam. E ao longo do dia, começam a conversar e aos poucos as coisas vão se encaixando, como por exemplo Zeca descobrir o porque de sentir tanto sono fora de hora.
“O Dia Que Te Conheci” é um filme simples, com atores fugindo dos padrões de beleza cinematográfica, e diálogos interessantes. Mas é aí que ocorre o acerto. E curto, sem muita encheção de linguiça. Bonito de se ver, e trazendo a esperança de que todo mundo pode encontrar, repentinamente, um par para chamar de seu.
Cotação: ótimo
Duração: 1h10min
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=jL1qKWTMN-k

quinta-feira, setembro 19, 2024

“A SUBSTÂNCIA”

Foto: Imagem Filmes e MUBI
A Substância, longa dirigido por Coralie Fargeat e estrelado por Demi Moore e Margaret Qualley, chega nesta quinta-feira, dia 19 de setembro, aos cinemas brasileiros.
O filme mescla terror e crítica social, explorando a obsessão doentia da indústria de Hollywood pela juventude e beleza.
A trama segue Elisabeth Sparkle (Demi Moore), uma atriz em decadência que, em busca de juventude eterna, se submete ao uso de uma substância aparentemente milagrosa que promete criar uma nova e melhorada versão de si mesma.
É a partir de então que surge Sue (Margaret Qualley), trazendo consigo consequências inimagináveis que se manifestam de forma grotesca, à medida que as personagens embarcam em uma espiral de insanidade e destruição.
A seguir, cinco motivos para assistir “A Substância” nos cinemas:
1 - Autoria e protagonismo feminino. Após o sucesso de seu longa "Revenge" (2017), a diretora e roteirista francesa Coralie Fargeat se consolidou como uma diretora visionária nos gêneros de terror e thriller. Nesta sua nova criação, a cineasta traz sua habilidade única de misturar violência, suspense psicológico e horror corporal aliados a uma estética visual impactante.
2 - Retorno de Demi Moore aos cinemas.
3 - Temáticas necessárias e pouco exploradas. O filme explora temas como controle, manipulação e as dinâmicas de poder de gênero, inserindo-se em uma narrativa relevante e pouco explorada no cinema.
4 - Atmosfera visual e sonora impressionantes. Além de trazer um enredo complexo e subversivo, o filme também é visualmente excepcional, contando com uma paleta de cores e direção de arte impecáveis, que enfatizam o ambiente opressivo do filme, bem como o aspecto artificial e plástico da indústria de Hollywood. Além disso, a trilha sonora aliada ao design de som envolvente e bizarro elevam o clima de tensão e potencializam a experiência cinematográfica, criando assim uma atmosfera totalmente imersiva. O filme também traz em seu visual referências a grandes clássicos do cinema como “O Iluminado” (1981), “Videodrome” (1983), 2001: Uma Odisseia no Espaço (1968) e “Cidade dos Sonhos” (2001).
5 - Mistura de gêneros cinematográficos. O longa é um híbrido de ficção científica, horror e drama psicológico, oferecendo um respiro de criatividade e ousadia às produções contemporâneas.
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=PFeEGaxoQVU

“A MENINA E O DRAGÃO”

Foto: Imagem Filmes
“A MENINA E O DRAGÃO”, direção de Jianping Li e Salvador Simó, estreia nesta quinta-feira em todo o Brasil. Baseado no romance de Carole Wilkinson, o filme conta a história de Ping, uma jovem órfã que vive em uma época em que a antiga amizade entre dragões e humanos foi quebrada, e a caça aos dragões se intensificou.
Isolada em uma fortaleza remota, ela acaba encontrando um dragão, e juntos eles partem em uma fuga desesperada em busca de um ovo – o último ovo de dragão – que foi roubado por um poderoso feiticeiro. O filme acompanha essa jornada cheia de desafios, unindo os dois em uma emocionante aventura repleta de diversão e surpresas, cativando o público com sua narrativa envolvente.
A atriz Bella Chiang é a voz de Ping na versão dublada. Ela já estrelou 'As Aventuras de Poliana' e 'Escola de Gênios', e é bastante conhecida pelo público adolescente. "Minha experiência foi incrível e, ao mesmo tempo, desafiadora. Dar a voz para a Ping, uma garota tão destemida, teimosa e corajosa foi trabalhoso! Muitas reações e falas que requisitavam um grande esforço por conta da ação da cena. No geral, eu me diverti muito e foi surreal viver, mesmo que por uma tela, um pouquinho da jornada da Ping”, destacou Chiang.
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=O5fnsDFHgx4

quarta-feira, setembro 18, 2024

“O BASTARDO”

Foto: Pandora Filmes
“O BASTARDO”, direção de Nikolaj Arcel, destaca a Dinamarca do século XVIII, contando a história do Capitão Ludvig Kahlen, interpretado por Mads Mikkelsen. Ele é um militar, herói de guerra muito orgulhoso, mas empobrecido. Ao retornar para casa, decide colonizar uma área completamente inóspita na Jutlância, em nome do rei, onde era muito difícil plantar.
Ao lado de um casal que fugiu de um senhor feudal, Frederik De Schinkel (Simon Bennebjerg), um nobre vaidoso, Kahlen começa a trabalhar nas terras. Ao mesmo tempo, ele acolhe uma menina cigana, a inquieta Anmais Mus (Melina Hagberg), abandonada por seu povo, e que acaba afastando os colonos, supersticiosos, que acreditam que a garota traga má sorte para todos.
Porém, o seu sucesso começa a atrair a ira de De Schinkel, que decide transformar a vida de Kahlen num verdadeiro inferno.
Arcel, cujo trabalho inclui sucessos como "O Amante da Rainha" e "A Royal Affair", descreveu "O Bastardo" como seu projeto mais pessoal até hoje, uma reflexão sobre ambição, poder e os caprichos do destino. “Quando tive a experiência totalmente transformadora de me tornar pai há alguns anos, comecei a rever meus filmes anteriores, incluindo as memórias de fazê-los, por uma nova perspectiva. Embora eu continue orgulhoso do trabalho, pelo menos da maior parte, ele reflete a visão de um homem com um único propósito; uma dedicação apaixonada à criação de histórias e arte”, disse.
“O Bastardo surgiu desse acerto existencial e é, de longe, meu filme mais pessoal até hoje. Ajudado pelo brilhante romance de Ida Jessen, Anders Thomas Jensen e eu queríamos contar uma grande e épica história sobre como nossas ambições e desejos inevitavelmente falharão se forem tudo o que temos. A vida é caos; dolorosa e feia, bela e extraordinária, e muitas vezes somos impotentes para controlá-la. Como diz o ditado, "Fazemos planos e deus ri", concluiu.
“O Bastardo” é um filmaço. As cenas de ação, poucas, são bem coreografadas, os diálogos inteligentes. E os momentos de reflexão e solidão do herói, com um olhar sempre triste de Mikkelsen quase cortam o coração. E destaque para a atuação da pequena Melina Hagberg.
Cotação: excelente
Duração: 2h08min
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=WeOPOpU4gOE

terça-feira, setembro 17, 2024

“MEU CASULO DE DRYWALL”

Foto: Gullane +
“MEU CASULO DE DRYWALL”, direção de Caroline Fioratti, trata de um tema pesado, que é a depressão invisível na adolescência. O filme acompanha 24 horas na vida de Virgínia (Bella Piero), uma adolescente que comete suicídio durante a sua própria festa de 17 anos, e a reação de seus pais e amigos no dia seguinte.
A mãe, Patrícia (Maria Luisa Mendonça), após saber da morte da filha, chega à beira da loucura, sendo que ainda fica evidente que ela é vítima de abusos praticados pelo marido, Roberto (Caco Ciocler), que ainda a acusa de ser a culpada pela morte de Virgínia.
A melhor amiga da garota morta, Luana (Mariana Oliveira), se questiona se é culpada pela morte de Virgínia e se poderia ter feito algo para evitar o suicídio. Além do que, a garota, a única negra do condomínio, sabe que sua beleza é alvo de desejos de homens mais velhos. Já o namorado de Virgínia, Nicollas (Michel Joelsas – acho que está na hora de ele começar a tentar fugir do estereótipo de seus personagens, que são sempre garotos filhos de pais com posses), tenta ignorar o acontecimento, sendo que ele esconde algo sobre sua sexualidade.
A trama se passa toda dentro de um condomínio de classe média, onde as pessoas vivem praticamente alheias ao que acontece no mundo lá fora, e até entre elas.
“MEU CASULO DE DRYWALL” tenta alertar sobre as dores silenciosas que as pessoas carregam em suas vidas, mesmo quem vive com um sorriso no rosto. E também sobre a urgência de os pais conseguirem enxergar os sentimentos dos jovens – para eles não basta apenas as roupas mais caras, as melhores escolas. Os pais devem dar mais atenção e carinho a seus filhos.
A diretora Caroline Fioratti diz ter sido muito inspirada nos filmes da norte-americana Sofia Coppola. “Ela me inspirava muito com seus filmes. ‘As Virgens Suicidas’, com seu olhar sensível para a adolescência, suas dores e máscaras, e ‘Encontros e Desencontros’, no retrato da solidão em uma metrópole de concreto”, afirmou. Mas algo que sempre chamou sua atenção na obra da filha de Francis Ford Coppola foi como a melancolia se combinava com uma busca por conexão humana e por mudança – uma pulsão que depois também passou a integrar a filmografia de Fioratti, tanto nos longas, quanto nos curtas e nas séries.
Além de Sofia, Caroline Fioratti diz ter sido muito inspirada nos filmes também fez questão de citar ‘Elefante’, do diretor Gus Van Sant, como uma das suas inspirações. “Ele coloca isso na tela, além de fazer um trabalho narrativo muito interessante com cruzamentos e jogo temporal”, disse, pontuando que a dinâmica da trama de “MEU CASULO DE DRYWALL” partiu justamente daí.
“Impossível não mencionar também ‘Kids’, de Larry Clark, pelo trabalho com o elenco jovem e a ousadia de mostrar um retrato duro e monstruoso com muita compaixão”, completou a diretora. Como o filme de Fioratti, a trama do longa lançado em 1995 também se desenrola durante 24 horas na vida dos seus protagonistas.
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=JgMojPokFVI

segunda-feira, setembro 16, 2024

“NÃO FALE O MAL” (Speak No Evil)

Foto: Universal Filmes
Eu tenho uma bronca com remakes...tem filme que não merece releitura, Hitchcok, Spielberg e Woody Allen agradecem. Assim como sou contrário a regravações de discos clássicos. Só de pensar no crime que o Roger Waters protagonizou ao fazer uma leitura nova e equivocada de “The Dark Side of the Moon”...acho que um dos raros acertos foi com o Exodus regravando “Bonded By Blood” em 2008, com a voz de Rob Dukes – o disco virou “Let There the Blood”, e é sensacional, pois ocorreu apenas o uso da tecnologia atual, deixando as músicas mais limpas.
Bem, aí os europeus fazem clássicos excepcionais, mas como os norte-americanos têm preguiça de legenda, Hollywood vai e pega os filmes e faz a sua versão (houve até o atentado imperdoável com o argentino Segredo dos Seus Olhos). Geralmente estragando tudo, pois uma das exigências do mercado é o final feliz.
Recordo muito do franco-holandês “O Silêncio do Lago”, de 1988, que tinha um final angustiante. Aí os caras refizeram a obra nos EUA em 1993. E mexeram no principal, que era exatamente a última parte.
Então em 2022, os dinamarqueses fizeram um dos melhores filmes de terror dos últimos anos, “Speak no Evil”. Mas a teimosa Hollywood decidiu mexer nesta obra também, soltando “NÃO FALE O MAL” (Speak No Evil), direção de James Watkins.
A história é praticamente a mesma, mas agora sendo uma família norte-americana como protagonista, vivida por Mackenzie Davis e Scoot McNairy, que aceita o convite de um casal inglês, interpretado por James McAvoy e Aisling Franciosi, que ela conheceu numa viagem à Itália, para passar o final de semana em seu sítio no interior da Inglaterra. No começo, os britânicos parecem ser pessoas maravilhosas, acolhedoras. Mas aos poucos, os visitantes começam a notar coisas estranhas no local.
Até o meio do filme, vai tudo correndo bem. Até que ocorre a virada, e a direção consegue transformar um longa de terror psicológico em uma trama de ação, com os hóspedes correndo pela casa, fugindo de um bando de psicopatas. O medo deu lugar ao histerismo.
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=mSzsQuRQ9Z8

quinta-feira, setembro 05, 2024

“OS FANTASMAS AINDA SE DIVERTEM - BEETLEJUICE BEETLEJUICE” (BEETLEJUICE BEETLEJUICE)

Foto: Warner Bros.
“OS FANTASMAS AINDA SE DIVERTEM - BEETLEJUICE BEETLEJUICE”, direção de Tim Burton, é a continuação direta do clássico “Beetlejuice - Os Fantasmas se Divertem”, lançado em 1988.
A história da vez transcorre cerca de 30 anos depois dos eventos vividos pelo casal Adam (Alec Baldwin) e Barbara (Geena Davis) com a então adolescente Lydia Deetz (Winona Ryder, que continua sendo a namoradinha linda da América), agora adulta, e mãe da jovem e rebelde Astrid (Jenna Ortega).
Lydia acabou se tornando uma paranormal, e apresentadora de um programa de televisão onde ajuda pessoas a se livrarem de fantasmas indesejados. Mas a morte repentina e trágica de seu pai, Charles (Jeffrey Jones, que ficou fora da sequência devido a escândalos sexuais em que se envolveu, tanto que a morte do personagem é feita através de uma animação) faz com que ela reencontre a sua madrasta, Delia (Catherine O’Hara), e sua filha, Astrid (Jenna Ortega, que caiu bem no papel, porém lembrando muito sua outra personagem icônica, a Wandinha Wednesday).
Elas voltam à mansão assombrada para os eventos do funeral de Charles. E Astrid, ao explorar o sótão da casa, descobre a misteriosa maquete da cidade e, inadvertidamente, reabre o portal para o mundo dos mortos.
Mas quem, inadvertidamente, traz de volta Beetlejuice (Michael Keaton), é o noivo de Lydia, Rory (Justin Theroux). O retorno do fantasma transforma novamente a vida dos Deetz em um verdadeiro inferno. E eles têm de achar uma forma de se livrar do excêntrico personagem.
Michael Keaton, com 73 anos, segue com uma energia fantástica, elevando cada cena em que surge. O ator se entrega ao personagem com uma vivacidade intensa, mostrando muito humor físico e com tiradas muito engraçadas. E desta vez, ele ganha muito mais tempo de tela do que no original, onde apareceu por apenas 17 minutos.
Mas apesar de o novo filme respeitar bastante o original, sem invencionices, há um excesso de personagens, o que acaba atrapalhando o desenvolvimento de alguns. Como, por exemplo, Monica Bellucci, atual namorada de Burton, por exemplo, interpreta Delores, uma ex-amante de Beetlejuice, claramente inspirada em Morticia Addams, e que pretende se vingar do fantasma, mas desaparece do filme por muito tempo, devido ao excesso de subtramas – o que deixa “OS FANTASMAS AINDA SE DIVERTEM - BEETLEJUICE BEETLEJUICE” desconexo algumas vezes.
E para encerrar, o título brasileiro é completamente equivocado, desde o primeiro, lá em 1988. Afinal de contas, os fantasmas não estão se divertindo. Eles estão sofrendo, e muito. Quem foi o gênio que enxergou alegria neles?
Cotação: regular
Duração: 1h44min
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=9nrKoM6jNt0

quarta-feira, setembro 04, 2024

“A VINGANÇA DE CINDERELA”

Foto: A2 Filmes
“A VINGANÇA DE CINDERELA”, com direção de Andy Edwards, é uma brincadeira com o famoso conto de fadas do escritor francês Charles Perrault, escrita em 1697. Aqui, a coisa perde seu lado romântico em favor de muita crueldade (como se a história original não tivesse) e sangue jorrando pela tela.
A trama segue a vida desafortunada da jovem Cinderela (Lauren Staerck), que após a morte do pai, fica sob a guarda da madrasta, vivida por Stephanie Lodge. E a mulher, que favorecendo as duas filhas, pratica todo o tipo de abuso com a adolescente órfã, que é espancada, torturada, é obrigada a fazer todos os serviços braçais da casa.
A história vai seguindo à risca o conto, até que chega à parte do baile onde o rei pretende conseguir uma garota para casar com o seu filho. Porém Cinderela é impedida de comparecer à festa. Na noite do evento, a jovem recebe então a visita da fada madrinha (Natasha Henstridge), que transforma Cinderela, para ela poder ir ao baile, onde, claro, vai encantar a todos e principalmente o príncipe.
Porém, a presença de Cinderela na festa provoca a ira da madrasta e de suas filhas, que planejam um castigo cruel. Afinal, o príncipe fica encantado com ela, que foge, deixando para trás o sapatinho de cristal.
A punição que Cinderela é submetida tem direito até a chicotadas. Isso desperta na garota uma raiva e ajudada pela fada madrinha, ela parte para uma vingança violenta – o filme neste momento vira completamente trash, gore. Muitas facadas, machadadas, olhos arrancados, gargantas cortadas, cabeças esmagadas. A sutileza é deixada de lado na segunda parte, quando Cinderela é possuída por muita sede de vingança.
O que significa? O mais do mesmo, com atuações exageradas, beirando o histrionismo. Afinal, um filme feito para não ser levado a sério, mesmo pretendendo explorar temas de justiça e vingança.
Cotação: regular
Duração: 85 min
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=6fB5s0b9L8k

DOCUMENTÁRIO “OTHELO, O GRANDE” ESTREIA NESTA QUINTA-FEIRA NO RS

Foto: Primeiro Plano
Dirigido por Lucas H. Rossi dos Santos e produzido por Ailton Franco Jr, "Othelo, O Grande" estreia nesta quinta-feira, dia 5 de setembro. Com classificação indicativa de 12 anos, o documentário terá exibição no Rio Grande do Sul em cinemas de Porto Alegre e Caxias do Sul. Vencedor do Prêmio de Melhor Documentário no Festival do Rio 2023, "Othelo, O Grande" tenta responder essas perguntas através do próprio Otelo. Nascido Sebastião Bernardes de Souza Prata, o Grande Otelo, é um dos maiores atores e comediantes da história do Brasil, testemunha da luta por espaço de pessoas negras no cinema brasileiro.
Com mais de 300 horas de material à disposição, a obra chegou em seu corte final após minuciosa análise feita por seus realizadores. O longa revela ao público e apresenta para as novas gerações as diversas facetas do artista.
Otelo trabalhou com cineastas como Orson Welles, Joaquim Pedro de Andrade, Werner Herzog, Julio Bressane, Marcel Camus e Nelson Pereira dos Santos, entre tantos outros, e usou esse espaço para moldar sua própria narrativa e discutir o racismo institucional que o assombrou por oito décadas, duas ditaduras e mais de uma centena de filmes.
Narrado em primeira pessoa e utilizando imagens raras de arquivos, feitas em pesquisas na Cinemateca Brasileira e em vários outros arquivos no Brasil e nos Estados Unidos, o filme é produzido pela Franco Filmes, em coprodução com Globo Filmes, GloboNews, Canal Brasil, RioFilme e Baraúna Filmes, e conta com distribuição da Livres Filmes.
Brilhante, vencedor contra todas as probabilidades, se tornando um dos maiores atores brasileiros do século XX. Negro, órfão e neto de escravizados, ele desafiou o racismo estrutural ao eternizar seus personagens no cinema e na TV, abrindo caminhos para as futuras gerações de artistas negros.
O filme oferece uma visão íntima e pessoal do homem que se tornou um ícone, deixando um legado inestimável na cultura brasileira. “Eu gosto de imaginar Otelo como um Exu, um orixá que abriu os caminhos para que pessoas negras pudessem estar aqui hoje, trabalhando com arte e cultura no Brasil, inclusive eu. A partir disso, o papel dele é de extrema importância, pois ele conseguiu abrir essa trilha para nós e colaborou não só como artista, mas como um Griô (ancestral que tem por vocação preservar e transmitir as histórias e conhecimentos do seu povo)”, explica Lucas H. Rossi.
A linguagem do filme tem como foco a abordagem do sujeito Sebastião por ele mesmo, em primeira pessoa. Negro, ator, umbandista, pai de cinco filhos e um homem cheio de feridas expostas ao lutar contra o racismo em uma vida marcada por tragédias desde a infância até a sua morte.
Esse filme tem o objetivo de humanizar, desconstruir e desmistificar sua história com o humor típico de Grande Otelo. A escolha de fazer um filme todo de material de arquivo e de colocar Otelo para contar sua própria história foi um gesto para deixá-lo conduzir sua própria narrativa e não deixar que ninguém interferisse nela.
Ao abrir mão de trazer depoimentos de fora, a produção capta essencialmente a alma de seu protagonista, se afastando de possíveis narrativas exóticas e mistificadas sobre o artista. A necessária homenagem reabilita a imagem de Otelo para um público que tem deixado cair no esquecimento a memória desse talento ímpar.
“Este documentário é também uma releitura política sobre Otelo e um resgate histórico da memória deste ícone da cultura brasileira que, como sempre, proporcionou ao público negro brasileiro excelentes oportunidades para se reconhecer nas telas", disse Rossi.
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=ycLcyWuhhDE

“O DIA QUE TE CONHECI” DIVULGA SEU TRAILER OFICIAL

Foto: Filmes de Plástico
“O DIA QUE TE CONHECI”, dirigido por André Novais Oliveira, acaba de ganhar seu trailer oficial. Com produção da Filmes de Plástico em coprodução com o Canal Brasil e distribuição da Malute, o filme estreia nos cinemas em 26 de setembro, apresentando uma comédia romântica que explora os encontros e desencontros da vida cotidiana.
O filme é protagonizado por Renato Novaes e Grace Passô, que já haviam trabalhado juntos no filme "Temporada", também produzido pela Filmes de Plástico e também dirigido por André Novais Oliveira.
Em “O DIA QUE TE CONHECI”, a química entre os dois é aprofundada, resultando em uma conexão que guia a narrativa de forma natural e envolvente. A trama se passa em um único dia na vida da dupla, e a narrativa se desenrola em torno do cotidiano de Zeca e do inesperado vínculo que ele forma com Luísa após ela lhe dar uma carona, o que dá início a uma série de reflexões sobre a vida e o destino.
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=jL1qKWTMN-k

“A GAROTA DA VEZ” GANHA TRAILER

Foto: Diamond Films
“A GAROTA DA VEZ”, filme baseado em uma história real, marca a estreia da atriz Anna Kendrick na direção. E ela mesma interpreta a jovem protagonista Sheryl Bradshaw, uma atriz que vê no programa de TV “The Dating Game”, programa de TV de sucesso dos anos 1970, uma oportunidade de exposição.
Porém, o que parecia um plano simples para reanimar sua carreira se prova uma decisão perigosa quando ela seleciona o charmoso solteiro nº 3, Rodney Alcala (Daniel Zovatto). Isso porque por trás do semblante gentil do pretendente estava um serial killer cruel em busca de uma nova vítima.
“A GAROTA DA VEZ” estreia em 10 de outubro, distribuído no Brasil pela Diamond Films.
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=oERPKO1D8DM

HELLBOY E O HOMEM TORTO CHEGA AOS CINEMAS NESTA QUINTA-FEIRA

Foto: Imagem Filmes
“HELLBOY E O HOMEM TORTO” é dirigido por Brian Taylor e marca a primeira adaptação cinematográfica que também conta com Mike Mignola, criador original dos quadrinhos, como roteirista. Ao lado de seu parceiro Christopher Golden, o roteiro foi escrito a partir de uma história em quadrinhos homônima.
Na trama, Hellboy, interpretado por Jack Kesy, enfrenta um aterrorizante adversário: o Homem Torto. O vilão, cuja origem é envolta em mistério, possui uma conexão com o passado do protagonista, criando uma série de desafios aterrorizantes para o anti-herói e seus colegas.
A trama se desenrola quando uma antiga entidade, conhecida por sua capacidade de deformar a realidade e as mentes ao seu redor, começa a causar estragos na cidade. Hellboy, com a ajuda de sua fiel equipe da Agência de Pesquisa e Defesa Paranormal (B.P.R.D.), deve desvendar o enigma por trás do Homem Torto antes que a cidade sucumba ao caos absoluto.
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=SoPofOPuHe0

“QUEER”

Foto: Paris Filmes “QUEER”, dirigido por Luca Guadagnino a partir de um roteiro de Justin Kuritzkes, é baseado em romance homônimo de 1985...