“QUEER”, dirigido por Luca Guadagnino a partir de um roteiro de Justin Kuritzkes, é baseado em romance homônimo de 1985 de William S. Burroughs (o livro foi escrito em 1952 e publicado apenas três décadas depois). O filme traz uma atuação ousada de Daniel Craig, agora aposentado da função do agente 007 James Bond. Ele mesmo disse que nunca poderia ter atuado neste filme quando atuava na cinessérie de espionagem.
A trama mostra o exilado William Lee, vivido por Craig, alter ego de Burroughs, e que vive numa empoeirada Cidade do México nos anos 1940. Homossexual, vive de bar em bar bebendo e procurando parceiros sexuais, até que acaba se deparando com o jovem usuário de drogas Eugene Allerton (Drew Starkey), um militar aposentado da Marinha dos Estados Unidos).
Os dois, aliás, protagonizam uma das cenas mais fortes e eróticas dos últimos tempos, que é para poucos. Em determinado momento, após praticar sexo oral em Allerton, William Lee beija o parceiro, devolvendo um pouco do sêmen para a boca do jovem – em ato conhecido como “snowballing”.
Em determinado momento, em abstinência de drogas, William Lee e Eugene Allerton saem para uma viagem em busca de ayahuasca. Esta é a parte mais cansativa de “Queer”, tirando o ritmo da narrativa, mas não tira o brilho da obra.
“Queer” é ousado, intenso e marcante, até mesmo por causa da atuação de Daniel Craig, que expressa de várias formas a solidão, a paixão e o desespero de uma pessoa jogada no mundo.
Por fim, a trilha sonora de “Queer” conta com Caetano Veloso, que é um dos intérpretes de “Vaster Than Empires”, ao lado de Trent Reznor, canção foi feita exclusivamente para o filme.
Cotação: bom
Duração: 135 min
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=KJ0bfJPrnKg
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