Selton Mello é definitivamente o melhor ator brasileiro da atualidade e tem se dedicado exclusivamente ao cinema, até injetando dinheiro em projetos que acredita. Como em O Cheiro do Ralo, filme de Heitor Dhalia (diretor de Nina) e baseado em romance homônimo do escritor e desenhista Lourenço Mutarelli. Mello é Lourenço, um comerciante que se tornou frio no negócio que conduz: ele compra objetos de pessoas com dificuldades e os revende para obter lucro. Só que para negociar, ele virou cínico, mau e solitário. Com os objetos, alguns dos quais ele se apega profundamente, como um olho de plástico, Lourenço recria a sua vida, sendo ele um orfão. O personagem caminhando solitário pelas ruas de um bairro paulistano, numa época indefinida entre os anos 1970 e 2000, é emblemático. E Lourenço acaba se apaixonando pela bunda da garçonete, a atriz catarinense Paula Braun, de um boteco vagabundo aonde costuma almoçar, enquanto sofre com o fedor do ralo do banheiro de seu escritório: "o cheiro é do ralo", repete o personagem a cada cliente que entra em sua loja. E as figuras que o procuram são as das mais variadas, desde uma junkie magérrima, a atriz Sílvia Lourenço, que perdeu vários quilos para atuar, até o jornalista da Folha de S. Paulo Xico Sá. Um retrato do brasileiro comum, a quem Lourenço humilha de todas as formas. O filme tem um humor difícil, pesado, que pode incomodar quem tiver o estômago mais sensível. O autor da história, Mutarelli, faz uma ponta como o segurança da loja.
quinta-feira, abril 19, 2007
O Cheiro do Ralo
Selton Mello é definitivamente o melhor ator brasileiro da atualidade e tem se dedicado exclusivamente ao cinema, até injetando dinheiro em projetos que acredita. Como em O Cheiro do Ralo, filme de Heitor Dhalia (diretor de Nina) e baseado em romance homônimo do escritor e desenhista Lourenço Mutarelli. Mello é Lourenço, um comerciante que se tornou frio no negócio que conduz: ele compra objetos de pessoas com dificuldades e os revende para obter lucro. Só que para negociar, ele virou cínico, mau e solitário. Com os objetos, alguns dos quais ele se apega profundamente, como um olho de plástico, Lourenço recria a sua vida, sendo ele um orfão. O personagem caminhando solitário pelas ruas de um bairro paulistano, numa época indefinida entre os anos 1970 e 2000, é emblemático. E Lourenço acaba se apaixonando pela bunda da garçonete, a atriz catarinense Paula Braun, de um boteco vagabundo aonde costuma almoçar, enquanto sofre com o fedor do ralo do banheiro de seu escritório: "o cheiro é do ralo", repete o personagem a cada cliente que entra em sua loja. E as figuras que o procuram são as das mais variadas, desde uma junkie magérrima, a atriz Sílvia Lourenço, que perdeu vários quilos para atuar, até o jornalista da Folha de S. Paulo Xico Sá. Um retrato do brasileiro comum, a quem Lourenço humilha de todas as formas. O filme tem um humor difícil, pesado, que pode incomodar quem tiver o estômago mais sensível. O autor da história, Mutarelli, faz uma ponta como o segurança da loja.
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“QUEER”
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