quinta-feira, abril 10, 2008

JUÍZO



Juízo, filme de Maria Augusta Ramos, perde muito de seu impacto logo nos créditos iniciais. A diretoria do documentário colocou lá: os jovens infratores, por força da lei, não podem ter suas imagens reproduzidas. Então ela teve de buscar meninos e meninas das comunidades cariocas para atuarem no papel dos criminosos. Passado isso, vamos ao filme, que é um assustador retrato da adolescência perdida no Brasil, aqui mais especificamente no Rio de Janeiro. Jovens que, sem muita perspectiva na vida, recorrem ao mundo do crime. No documentário, pode-se ainda ver o trabalho do Poder Judiário - principalmente com a juíza Luciana Fiala de Siqueira Carvalho, um caso a parte. Talvez por estar diante das câmeras, ela se mostra por demais histriônica. Personagem real na história, chama a atenção por "pitos" fantásticos nos menores. Podemos ver, também, o interior das instituições, onde os infratores são encarcerados. E onde passam o tempo sem ter o que fazer. Ou seja, o futuro não é muito promissor para eles. Triste retrato brasileiro.

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