quinta-feira, maio 15, 2008
O Melhor Amigo da Noiva
Idéias requentadas e da pior forma possível. Este pode ser o resumo de O Melhor Amigo da Noiva, de Paul Weiland. Com participação do galã do momento Patrick Dempsey (quem diria, hein...no começo da década de 1990 ele era considerado um patinho feio ao protagozinar filmes como Namorada de Aluguel e Loverboy - O entregador de Pizzas e agora tem arrasado na série televisiva Grey's Anatomy) e da bonitinha Michelle Monaghan, a história trata de dois amigos, Tom e Hannah, que são confidentes. Até que um dia ele se descobre apaixonado pela garota, que vai se casar com um duque escocês. Então decide sabotar o casamento da amiga. A dupla até tem uma certa química. Mas, sim, você já viu a trama em O Casamento de Meu Melhor Amigo, com Julia Roberts. O Melhor Amigo da Noiva também evoca outros clássicos recentes, como Harry e Sally - Feitos um Para o Outro, e Amor e Amizade, com Freddie Prinze Jr. Porém, sem o mesmo charme. Talvez corações apaixonados curtam o festival de bobagens e obviedades do roteiro, que ainda por cima, apresenta vários buracos.
Speed Racer
O desenho japonês fez muito sucesso nos anos 1960 e 70. Falo de Speed Racer, praticamente desconhecido das novas gerações. Porém sob a mão dos irmãos Andy e Larry Wachowski, o filme, com um elenco "estelar" e com um visual psicodélico, futurista e baseado em videogames deve atrair uma nova gama de fãs. Com efeitos especiais de última geração, fidelidade ao seu original "cartoonesco", Speed Racer (Emile Hirsch, de Na Natureza Selvagem) é o jovem e promissor piloto que pretende se tornar o melhor do mundo pilotando o extraordinário carro Match 5. E também limpar a imagem do irmão, Rex (Mathew Fox, o Jack de Lost e que ressurge no filme na pele do Corredor X), que todos acreditam ter morrido anos antes num acidente de carro.
O destaque, porém, é o engraçado garoto Paulie Litt no papel do Gorducho, o irmão caçula de Speed Racer, e que consegue repetir na telona os trejeitos do seu original na telinha. Tem ainda Cristina Ricci (Gasparzinho) como a namorada Trixie e John Goodman e Susan Sarandon como os pais do piloto. Apenas para fãs de quadrinhos e games.
O Sonho de Cassandra
Como já escrevi e declarei várias vezes, sou suspeito para escrever sobre Woody Allen. Ele é um de meus cineastas preferidos e lamento sempre o atraso com que seus fimes são lançados no Brasil. Aqui está estreando O Sonho de Cassandra (Cassandra's Dream), quando ele já tem pronto um novo filme, gravado em Barcelona, com a musa Scarlett Johansson.
Em O Sonho de Cassandra, o diretor nova-iorquino passa longe da comédia, gênero onde arrematou grande público nos anos 70 do século passado. A película é muito mais do que um drama, é propriamente uma tragédia, com ares de Crime e Castigo, de Dostoievsky. Dois irmãos, Terry e Ian (respectivamente Colin Farrell e Ewan MacGregor em atuações primorosas) têm sérios problemas, um com jogos de azar e o outro querendo levar uma vida de mauricinho. Mas juntos conseguiram comprar um pequeno barco, o Cassandra, onde se distraem nos finais de semana. Para sair da situação em que se encontram, pedem ajuda a um tio, milionário, porém trambiqueiro (Tom Wilkinson, de Conduta de Risco e que nas poucas cenas que aparece ganha o filme). Ele condiciona a ajudar aos sobrinhos, desde que esses eliminem um conhecido que pode entregar provas de suas falcatruas à Justiça.
Então, o filme discute ética, consciência, o bem contra o mal. Só que desta vez não existe o humor sarcástico no texto de Woody Allen - utilizado mesmo em seus dramas. O Sonho de Cassandra está mais próximo de Match Point, o filme anterior e que tratava de ascenção social e crime, do que suas obras anteriores, em que sempre fazia questão de analisar o mundo judaico nova-iorquino. E talvez aí Woody Allen tenha perdido um pouco o charme, não que O Sonho de Cassandra seja fraco, mas ficou faltando algo. Ainda estou procurando...Dificilmente quem não é fã de Woody Allen vai gostar.
Homem de Ferro
Homem de Ferro não é um dos personagens mais famosos dos quadrinhos...para os brasileiros. Também cria da Marcel, ele perde em popularidade para Homem-Aranha, Thor, Hulk, Capitão América, entre outros. Mas nas mãos de Jon Favreau (que foi um dos namorados de Monica no seriado Friends e que aqui faz uma ponta como um guarda-costas), ganhou um bom filme de ação, ainda mais com a atuação irrepreensível de Robert Downey Jr. (Chaplin). A história original, que se iniciava no Vietnã, foi atualizada para o Afeganistão, onde o figurão da indústria bélica Tony Stark é aprisionado por guerrilheiros. Na prisão, mortalmente ferido, ele cria uma armadura, que além de salvar a sua vida, facilita a sua fuga. De volta aos Estados Unidos, decide que sua empresa não fabricará mais armamentos, o que que é contrariado pela diretoria, controlada por Obadiah Stane (um quase irreconhecível Jeff Bridges, de O Silêncio do Lago). Ao mesmo tempo, Stark aperfeiçoa sua armadura para combater o crime - sua aparição numa vila asiática é sensacional.
Pena em que em sua parte final, o filme perca muito de sua força, transformando-se numa briga clichê entre o Homem de Ferro e outro robô, muito semelhante a Transformers. A trilha é boa, com AC/DC e Black Sabbath.
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“QUEER”
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