quinta-feira, julho 11, 2013

"O Homem de Aço"

O começo moderninho de "Homem de Aço", dirigido por Zack Snyder, me incomodou um pouco. Pensei, lá vão eles mexer com a mitologia do herói nascido em Kripton e criado na Terra. Porém a atualização na história de Kal-El/Clark Kent mostra-se acertada. O problema é já desde sempre a amada Lois Lane, repórter investigativa vivida pela gata Amy Adams saber a identidade secreta do Super-Homem.

No mais, a história parte desde o nascimento de Kal-El, a terrível destruição de seu planeta natal, e sua vinda para a Terra, onde é adotado pelos Kent, Jonathan (Kevin Costner) e Martha (Diane Lane). Na Terra, já batizado Clark (Henry Cavill) é obrigado a ficar praticamente invisível, pois seus superpoderes se destacariam entre os mortais. Não bastasse se esconder, Clark Kent ainda é procurado pelo General Zod (Michael Shannon), um dos poucos sobreviventes de Kripton, e que tem em Kar-El a chave para reconstruir o planeta e a a sua civilização.

As duas horas e meia de "Homem de Aço", juntam assim, as tramas dos filmes do super-herói protagonizadas pelo inesquecível Christopher Reeve em 1978 e 1980. Interessante é a forma como a trama é desenvolvida. Para fugir da esquematização nascimento, fuga de Kripton, crescimento e a transformação em Super-Homem, a parte relacionada à infância e a adolescência de Clark é inserida, intervalada, em forma de flash-backs ao longo do filme. Que em sua ótima meia-hora põe na tela uma das mais violentas e brutais brigas de todos os tempos, com Super-Homem e Zod não deixando pedra sobre pedra.

Henry Cavill (O Conde de Monte Cristo) mostra-se um bom interpréte de Super-Homem, depois do fracasso de Brandon Routh no filme de 2006, assim como Amy Adams (Encantada) como Lois mostra porque Clark Kent perdeu a cabeça por ela. Os dois pais do herói são vividos por ícones do cinema. Se em 1978, Jor-El foi Marlon Brando, um dos maiores atores de todos os tempos, agora na pele de Jor-El está Russell Crowe (Gladiador), ótimo, e o pai terráqueo, Jonathan fica a cargo de Kevin Costner. Escolhas acertadas. O General Zod não é nenhum pouco caricato, entrando na linha daqueles vilões marcantes e assustadores. Vivido por Michael Shannon (O Abrigo), não é de todo mal. Zod é um militar idealista, que deseja apenas ver o ressurgimento de sua raça, mesmo que para isso outra deva desaparecer. A interpretação de Shannon é espetacular.

Filme para ser visto e revisto, tamanhos detalhes que ele contém.

Cotação: ótimo
Chico Izidro

Nenhum comentário:

“QUEER”

Foto: Paris Filmes “QUEER”, dirigido por Luca Guadagnino a partir de um roteiro de Justin Kuritzkes, é baseado em romance homônimo de 1985...