terça-feira, janeiro 24, 2012

Sherlock Holmes - O Jogo das Sombras

O sagaz detetive inglês Sherlock Holmes, para ser mais palatável ao público jovem do Século XXI, agora age mais com o físico do que com o intelecto. Não que esta característica tenha sido abandonada. Está lá, vigorosamente. Mas a ação recebe mais atenção do que a investigação dedutora em Sherlock Holmes - O Jogo das Sombras, de Guy Ritchie (ex-marido de Madonna e também diretor de Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes). O detetive é vivido mais uma vez por Robert Downey Jr., que mais uma vez enfrenta seu principal rival, o gênio do mal e professor universitário James Moriarty (Jared Harris, filho de Richard Harris). Desta vez o vilão pretende provocar uma guerra mundial para lucrar com uma empresa de armamentos militares. Sherlock Holmes - O Jogo das Sombras é de uma vertiginosidade irritante, mas com boa fotografia e cenas em câmera lenta que remetem a John Woo. Downey Jr., sabe-se, é um excelente ator e dá um ar debochado ao seu Sherlock, que ao contrário dos romances e contos de Arthur Conan Doyle, não tranca-se num quarto escuro, com depressão e usando cocaína. Ao contrário, o detetive vive nas ruas, usa diversos disfarces, até mesmo de mulher, e é um expert em artes marciais, até dando uma surra em quatro marginais em um beco de Londres. Ao seu lado está o ex-oficial do exército britânico John Watson (Jude Law). Seu personagem quer sair da sombra do parceiro, casar e ter uma família. O que provoca enorme ciúme em Sherlock, mas nunca sugerindo, apesar de muita gente jurar ter notado, uma relação homossexual entre os dois. Watson tem um problema na perna e isso provoca um dos maiores furos no filme. Em uma cena de explosão em uma floresta, o inspetor corre mais do que Jesse Owens e Emil Zatopeck juntos quando foge das bombas que caem ao seu redor. E o filme é isso. Muitas explosões, tiroteios, correrias e pouco espaço para a dedução. E quando aparece, são em momentos em que Sherlock consegue prever o que acontecerá dentro de alguns minutos, como se fosse um visionário. Ele consegue até calcular (adivinhar) o momento em que um guarda irá disparar um tiro que poderia matá-lo. Por isso, instantes antes troca a bala do rifle por um batom! Totalmente inverossímel. Cotação: regular Chico Izidro

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