quarta-feira, outubro 02, 2024

“CORINGA – DELÍRIO A DOIS” (Joker: Folie à Deux)

Foto: Warner Bros.
“CORINGA – DELÍRIO A DOIS” (Joker : Folie à Deux), direção de Todd Philipps, é a continuação do filme de 2019, um sucesso estrondoso, com direito a um Oscar para o protagonista Joachim Phoenix.
Na trama, que se passa em algum momento dos anos 1970, o comediante fracassado Arthur Fleck, que ficou conhecido como o palhaço assassino Coringa (Joaquin Phoenix) aguarda na prisão de Arkham o seu julgamento. Ele matou cinco pessoas, inclusive uma ao vivo em rede nacional – durante o filme, ele revela serem seis os assassinatos, pois sufocou sua mãe com um travesseiro.
Enquanto ele espera pelo julgamento, acaba conhecendo outra prisioneira, Harleen "Lee" Quinzel (Lady Gaga), uma fã apaixonada por ele. Os dois acabam embarcando em um relacionamento, ao mesmo tempo, obsessivo, romântico e doentio.
Porém, o filme não funciona. Primeiro porque é um pretenso musical, com cantorias fora de hora, e o protagonista passando o tempo tendo sonhos, onde fantasia um mundo perfeito para ele e sua amada. E a segunda parte se transforma em um filme de tribunal repleto de clichês.
Além disso, tudo bem “Coringa- Delírio a Dois” ser uma obra com personagens de revistas em quadrinhos, mas é repleto de furos de roteiro.
Só para citar dois, logo no começo, quando o casal se conhece, Arthur pergunta quem é a garota, ela se apresenta e já pergunta o por que de ele estar preso. Aí ele responde: matei cinco pessoas. Na sequência, Lee afirma ter visto o filme sobre o assassino mais de vinte vezes... Se a pessoa viu o filme mais de vinte vezes, não sabia que ele cometeu todos aqueles crimes?
E em uma cena de explosão que mata várias pessoas, o Coringa sai ileso, apesar de a bomba ter explodido logo atrás dele. Nada de sangue, arranhão, roupa reduzida a frangalhos...
Porém, apesar da ruindade do roteiro, os dois protagonistas entregam excepcionais atuações. Joachim Phoenix, esquelético, com um olhar que mete medo – a gente fica pensando quando ele vai matar alguém (a cena do julgamento onde ele tortura psicologicamente um anão é marcante). E Lady Gaga, sucessora do papel vivido por Margot Robbie, ganha um personagem para chamar de seu, com direito a muita cantoria, mesmo que, por vezes, desnecessária. Porém, falta química e muita ao casal. Não deram liga.
Cotação: ruim
Duração: 2h19min
Trailer: https://www.youtube.com/watch?v=exeVIM3j3y0&t=1s

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