sexta-feira, abril 03, 2009

THE SPIRIT



O filme The Spirit traz para as telas o herói criado pelo gênio Will Eisner nos anos 40 do século passado. Eisner, para quem não sabe, é considerado o pai da Graphic Novel, que teve o seu auge na segunda metade da década de 1980. The Spirit é Denny Colt, vivido pelo desconhecido - pelo menos por estas bandas - pelo ator Gabriel Macht. Após ser morto, ele ressurge das cinzas para combater o crime em Central City, principalmente o vilão Octopus (o excepcional Samuel L. Jackson) e sua assessora Silken Floss, a deliciosa Scarlet Johannsson. Outra deusa presente nas telas é Eva Mendes, que vive o amor perdido de Colt, Sand Saref, uma mulher obcecada por joias.
Frank Miller até tenta manter o humor presente nos quadrinhos, porém escorrega na falta de originalidade. Já que The Spirit parece uma continuação de Sin City, com suas cores escuras vermelhas e pretas. O efeito até é legal, mas mostra falta de criatividade.

MONSTROS VERSUS ALIENÍGENAS



Mais um daqueles desenhos animados feitos para adultos, por mais que se tente vendê-lo como infanto-juvenil. Monstros e Alienígenas, de Rob Letterman e Conrad Vernon, é hilário, com "trocentas" citações e piadas hilárias, que só quem tem certa cultura cinematográfica ou televisiva consegue pescar.
Os Monstros vivem em instalações do governo americano, controlado pelo general W.R. Monger, que há 50 anos comanda um tipo de Arquivo X. Sua última captura foi a jovem Susan, que no dia de seu casamento, é atingida por um meteorito. Como efeito colateral, ela se transforma numa mulher de 15 metros. Certo dia, ela e outros seres aprisionados são convocados pelo governo para combater alienígenas que pretendem dominar a Terra.
Os desenhos são perfeitos - note quando ocorrem os closes em alguns personagens. Parecem de carne e osso.

GRAN TORINO



O quase octagenário Clint Eastwood (78 anos) declarou que Gran Torino é seu último filme. Calma. Ele não vai se aposentar. Apenas passará a dirigir suas obras e não mais atuar. Gran Torino, por um lado, pode ser visto como um tremendo merchandising de um dos últimos sonhos americanos - um legítimo carro made in USA. E que serve como parábola para o incrível conflito entre as diversas etnias que habitam os Estados Unidos.
Eastwood é Walter Kowalski, um velho recém viúvo, que ainda resiste em morar num bairro de Detroit (centro da indústria automobilística dos States), que outrora era cheio de brancos e nos dias atuais virou local de moradia de orientais e chicanos. Kowalski, veterano da Guerra da Coreia, na década de 50 do século passado, no início pega "nojo" de seus vizinhos vietnamitas e seus estranhos hábitos. Com o passar do tempo e a violência imperando no bairro, ele acaba virando amigo dos irmãos Thao (Bee Vang ) e Sue Lor (Ahney Her ). Em certo momento, Gran Torino acaba descanbando para o sentimentalismo, lembrando até Menina de ouro, mas nunca forçando o choro fácil do espectador. E sim a reflexão de que existe espaço para todos no planeta.

PAGANDO BEM, QUE MAL TEM?



O título nacional e simplesmente lamentável. Daquelas pérolas que é melhor esquecer. O original de Pagando Bem, Que Mal Tem? é Zack e Miri Make a Porno, ou Zack e Miri fazem um Pornô, direção de Kevin Smith. E ele acerta a mão, lembrando os bons momentos de Barrados no Shopping, O Balconista e Procura-se Amy, nesta comédia quase romântica. Os amigos Zach (Seth Rogen, de O Virgem de 40 Anos e Ligeiramente Grávidos) e Miri (Eizabeth Banks, do seriado Scrubs) são daqueles amigos inseparáveis, que nunca ficaram juntos. Dividem o mesmo teto, as fraquezas, as tristezas, as alegrias e claro, as contas. Até que um dia, eles se vêm totalmente falidos. Cortam a luz e a água da casa e eles entram em pânico. Até que surge uma idéia: fazer um filme pornô, pois todo mundo quer ver e a grana entra fácil...
Então eles saem em busca de pessoas que topem fazer o tal filme, e nesta leva entra inclusive a ex-atriz pornô e ícone oitentista Tracy Lords. E claro que Kevin Smith aproveita para descarregar dezenas de piadas do mundo da cultura pop. Hilariante. E apesar de algumas cenas de nu frontal, nada é agressivo. Pelo contrário, tudo é feito com muito humor.

PASSAGEIROS



Está aí um filme que não leva a lugar nenhum. Passageiros (Passengers, de Rodrigo Garcia, filho de Gabriel Garcia Marquez) pretende-se um filme de suspense. Mas até os seus 85 minutos nada acontece. Anne Hathaway é a psicóloga Claire, que recebe a incubência de tratar de cinco sobreviventes de um acidente aéreo. Aos poucos, cada um deles vai sumindo, enquanto ela se envolve romanticamente com o único sobrevivente que se negou a fazer o tratamento: o doidão Eric (Patrick Wilson, de Pecados Íntimos e Watchmen). Então nos cinco minutos finais, Garcia decide fazer uma pegadinha a lá M. NIght Shyamalan. E se o original perdeu força ao longo dos anos – o que se salva mesmo é Sexto Sentido – a cópia se mostra de uma mediocridade total, não escapando aí nem a atuação medíocre de Hathaway e os coadjuvantes, incluindo Dianne West. Fuja.

DIA DOS NAMORADOS MACABRO



Há muito tempo esgotada a fórmula de serial killers como Freddy Krueger, Jason Vorhees, Michael Myers (da cine-série Halloween), o cinema trash decidiu pela parte dois de Dia dos Namorados Macabros (My Bloody Valentine Day, de Patrick Lussier), e agora em versão 3 D. A história não difere muito das outras de terror. Um psicopata sai matando a torto e direito jovens incautos, que insistem em andar por lugares ermos. Nessa "nova história", o jovem Tom (Jensen Ackles) volta á cidade em que terríveis crimes ocorreram 10 anos antes. Ele foi um dos poucos sobreviventes do massacre e logo que põe o pé na localidade, os assassinatos recomeçam, das formas mais crueis - e o matador utiliza sempre uma picareta.
O que vale aqui são os efeitos 3 D, com facas, barras de ferro, picaretas e enxadas saltando da tela e parecendo ir em direção ao espectador. Mas nada que assuste. A não ser o tédio e a mediocridade do roteiro.

“Downton Abbey: O Grande Final” (Downton Abbey: The Grand Finale)

Foto: Universal Pictures "Downton Abbey: O Grande Final” (Downton Abbey: The Grand Finale), direção de Simon Curtis, promete ser o últ...